segunda-feira, 4 de junho de 2012

A Felicidade na Verdade Santo Agostinho


“Pergunto a todos se preferem encontrar a alegria na verdade ou na falsidade. Todos são categóricos em afirmar que a preferem na verdade, como em dizer que desejam ser felizes. A vida feliz é a alegria que provém da verdade.
Tal é a que brota de Vós, ó Deus, que sois a ‘minha luz, a felicidade do meu rosto’ e o meu Deus. Todos desejam essa vida feliz. Oh! Todos querem esta vida, que é a única feliz; sim, todos querem a alegria que provém da verdade.
Encontrei muitos com desejos de enganar outros, mas não encontrei ninguém que quisesse ser enganado. Onde conheceram eles esta vida feliz senão onde alcançaram o conhecimento da verdade?
Amam a verdade, porque não querem ser enganados; e, ao amarem a verdade feliz, que não é mais que a alegria oriunda da verdade, amam, com certeza, também a verdade. Não a poderiam amar, se não tivessem na memória qualquer noção de verdade. Por que não encontram nela a sua alegria? Por que não são felizes?
Não são felizes porque, entregando-se com demasiado afinco a outras ocupações em que, em vez de ditosos, os tornam ainda mais desgraçados, recordam, apenas frouxamente, aquela Verdade que os pode fazer felizes. ‘Por enquanto ainda há uma luz entre os homens’. Caminhem, caminhem depressa, ‘para que as trevas não os surpreendam’”.
Confissões de Santo Agostinho, Livro X – O Encontro com Deus.

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