tag:blogger.com,1999:blog-21702876255453619542024-02-07T12:34:46.668-08:00JovensFilósofosnoSapopembaEspaço para compartilhamento de textos na área de Filosofia e complemento sugerido pelo seu professor a seus estudos. Boa Leitura!Unknownnoreply@blogger.comBlogger160125tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-44196143831452178522016-10-25T12:44:00.004-07:002016-10-25T12:44:26.867-07:00O Conceito de “Esclarecimento” Segundo Kant <div class="blog_content" style="border: 0px; color: #555555; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div align="right" style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O Conceito de “Esclarecimento” Segundo Kant </div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
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Immanuel Kant escreve um artigo tentando responder a pergunta “O que é <em style="background-color: #ffffcc; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">esclarecimento</em>?” Segundo Kant, <em style="background-color: #ffffcc; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">esclarecimento</em> é a saída do homem de sua menoridade. Menoridade esta que é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. E o culpado dessa menoridade é o próprio indivíduo.</div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
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O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. <em style="background-color: #ffffcc; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Sapere aude</em>! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do <em style="background-color: #ffffcc; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">esclarecimento</em> (KANT, 2005. p. 63-64).</div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Kant afirma que todo individuo vive uma situação de menoridade em algum momento ou fase de sua vida, isso pode acontecer tanto por comodismo como por oportunismo, medo ou preguiça. Mas o que não pode acontecer é o indivíduo permanecer na menoridade a vida toda, renunciando esse processo a si e aos outros.</div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Neste caso, a menoridade é natural, pois se confunde com imaturidade, já que nenhuma pessoa nasce pronta. No entanto, Kant questiona aquelas autoridades (principalmente religiosas) que, através do medo ou do constrangimento, mantêm seus sujeitos em menoridade quando já teriam condições intelectuais de não sê-lo, e ironiza aqueles sujeitos que vivem uma situação de menoridade auto-imposta.</div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma direção estranha, continuem, no entanto de bom grado menores durante toda a vida. São também as causas que explicam porque é tão fácil que os outros se constituam em tutores deles. É tão cômodo ser menor. [...] Não tenho necessidade de pensar, quando posso simplesmente pagar; outros se encarregarão em meu lugar dos negócios desagradáveis (KANT, 2005. p. 64).</div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Pode-se até pensar: “É cômodo ser menor!”. Alguns instrumentos servem de condição para uma perpétua menoridade. Um livro que possa pensar pelo indivíduo ou um pastor que age como se fosse a consciência do mesmo são exemplos de como se pode continuar sendo “menor” e deixando de pensar por si próprio.</div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Para haver <em style="background-color: #ffffcc; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">esclarecimento</em> deve se ter liberdade, mas a limitação da mesma está por toda parte. Em várias situações se pode questionar, mas não se pode desobedecer, um grande exemplo disso é o pagamento do imposto: pode-se questionar este pagamento, mas não se deve deixar de pagá-lo, pois acarretaria diversas conseqüências.</div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
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Para este <em style="background-color: #ffffcc; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">esclarecimento</em>, porém, nada mais se exige senão liberdade. E a mais inofensiva entre tudo aquilo que se possa chamar liberdade, a saber: a de fazer um uso público de sua razão em todas as questões. Ouço, agora, porém, exclamar de todos os lados: <em style="background-color: #ffffcc; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">não raciocineis!</em> O oficial diz: não raciocineis, mas exercitai-vos! O financista diz: não raciocineis, mas pagai! O sacerdote proclama: não raciocineis, mas crede. Eis aqui, por toda a parte a limitação da liberdade (KANT, 2005. p. 65).</div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Portanto, ser esclarecido é, antes de tudo, um compromisso moral com o aperfeiçoamento e bem-estar da sociedade, respeitando as hierarquias sociais existentes. No entanto, por medo, comodismo, oportunismo ou preguiça, poucos se tornam efetivamente esclarecidos, embora tenham condições intelectuais para tanto quando estão em uso privado da razão. </div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Ter <em style="background-color: #ffffcc; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">esclarecimento</em> não é apenas adquirir um profundo conhecimento sobre um assunto, mas combinar isso com a conquista da autonomia, passo moral fundamental apenas dado por uma minoria. Nesse sentido, todos potencialmente podem esclarecer-se, já que possuem capacidade de pensar.</div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Kant se fez a seguinte pergunta: “vivemos numa época esclarecida?” A resposta é direta e concreta:</div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
[...] “Não, vivemos em uma época de <em style="background-color: #ffffcc; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">esclarecimento</em>”. Falta ainda muito para que os homens, nas condições atuais, tomados em conjunto, estejam já numa situação, ou possam ser colocados nela, na qual em matéria religiosa sejam capazes de fazer uso seguro e bom de seu próprio entendimento sem serem dirigidos por outrem. Somente temos claros indícios de que agora lhes foi aberto o campo no qual podem lançar-se livremente a trabalhar e tornarem progressivamente menores os obstáculos ao <em style="background-color: #ffffcc; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">esclarecimento</em> geral ou à saída deles, homens, de sua menoridade, da qual são culpados. Considerada sob este aspecto, esta época é a época do <em style="background-color: #ffffcc; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">esclarecimento</em> [...] (KANT, 2005. p 70).</div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
É claro que Kant responde a esta interrogação ainda no século XIX, mas se estivesse neste século com toda certeza responderia da mesma maneira. É notável que muitos já consigam fazer esse processo, mas ainda é difícil para a maioria deixar a menoridade e pensar por si próprio, como era o desejo de nosso filósofo moderno que, com este pensamento, influenciou grande número de pessoas no período chamado “iluminismo”.</div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="center" style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: underline; vertical-align: baseline;">REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</span></strong></div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
KANT, Imamnuel. <strong style="border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Resposta a pergunta: Que é <em style="background-color: #ffffcc; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">esclarecimento</em>? </strong>Textos Seletos. Tradução Floriano de Sousa Fernandes. 3 ed. Editora Vozes: Petrópolis, RJ. 2005. Pg. 63-71.</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-83125830819057393832016-07-04T19:19:00.004-07:002016-07-04T19:19:56.204-07:00Leandro Karnal e Clóvis de Barros filho Café Filosófico Felicidade ou Morte<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/kjl0TJEZRDw/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/kjl0TJEZRDw?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-68548079745099492302016-07-04T19:19:00.001-07:002016-07-04T19:19:12.016-07:00LEANDRO KARNAL - Mudar é difícil,não mudar é fatal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/oY51CYjWvzk/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/oY51CYjWvzk?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-28933158579846922492016-07-04T19:16:00.001-07:002016-07-04T19:16:48.205-07:00Entendendo a Política ... O PRÍNCIPE, DE MAQUIAVEL<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
XVIII. </div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
DE QUE MODO OS PRÍNCIPES DEVEM CUMPRIR A SUA PALAVRA</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Todos sabem quão louvável é um príncipe ser fiel à sua palavra e proceder com integridade e não com astúcia; contudo, a experiência mostra que só nos nossos tempos fizeram grandes coisas aqueles príncipes que tiveram em pouca conta as promessas feitas e que, com astúcia, souberam transtornar as cabeças dos homens; e por fim superaram os que se fundaram na sua lealdade.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Deve saber-se que há dois modos de vencer um com as leis, outro com a força: o primeiro é próprio dos homens, o segundo dos animais; mas porque muitas vezes o primeiro não basta, convém recorrer ao segundo. Portanto é necessário a um príncipe que seja ao mesmo tempo homem e animal. Os antigos escritores ensinaram encobertamente isto mesmo aos príncipes, escrevendo que Aquiles e muitos outros príncipes antigos foram dados a educar a Quíron centauro para que os guardasse sob a sua disciplina. E ter por preceptor um ser, meio animal, meio homem, outra coisa não significa senão que um príncipe deve saber usar duma e doutra natureza e que uma sem a outra não é durável.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Achando-se, portanto, um príncipe na necessidade de saber proceder como animal, deve escolher a raposa e o leão, porque o leão não sabe defender-se dos laços, nem a raposa dos lobos. E preciso, portanto, ser raposa para conhecer os laços e leão para espantar os lobos. Os que tomam simplesmente a parte de leão não entendem palavra. Não pode, nem deve, portanto, um homem prudente guardar a palavra dada, quando o seu cumprimento se volte contra ele e quando já não existem as causas que o fizeram prometer. Não seria bom este preceito se todos os homens fossem bons; mas como são maus e em igual caso eles não cumpririam contigo, tu também não deves cumprir com eles. Nem nunca faltaram a um príncipe razões para colorir a sua falta à palavra. Disto se poderiam dar infinitos exemplos modernos e mostrar quantas pazes, quantas promessas ficaram írritas e nulas pela falta de palavra dos príncipes; aquele que melhor soube proceder como a raposa, melhor se houve. Mas é necessário saber bem colorir esta natureza e ser grande simulador e dissimulador: os homens são tão simples e obedecem tanto às necessidades presentes que quem engana achará sempre quem se deixe enganar.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Não posso resistir a contar um exemplo dentre os recentes. Alexandre VI não fez outra coisa nem pensou noutra coisa que não fosse enganar os homens e sempre encontrou objecto para poder fazê-lo; nem nunca existiu homem que afirmasse com maior eficácia e assegurasse uma coisa com mais juramentos e que menos a observasse; contudo os enganos saíram-lhe sempre ad votum, porque conhecia bem a arte de enganar.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Por conseguinte, não é necessário que um príncipe possua todas as qualidades mencionadas, mas convém que aparente tê-las. Atrever-me-ei a dizer antes que, tê-las e observá-las sempre, é prejudicial e que aparentar tê-las é útil: como parecer piedoso, fiel, humano, íntegro, religioso, etc., mas ter sempre o ânimo preparado para, na altura que convenha, tu poderes e saberes fazer o contrário.</div>
<div style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Deve ter-se presente que um príncipe, e sobretudo um príncipe novo, não pode observar todas aquelas coisas pelas quais os homens têm fama de bons, tendo mesmo necessidade, para manter o Estado, de proceder contra a fé, contra a caridade, contra a humanidade, contra a religião. E preciso mesmo que tenha o ânimo disposto a mudar segundo o que lhe mandem os ventos e as variações da fortuna e, como acima disse, não se separar do bem podendo fazê-lo, mas saber entrar no mal se for necessário.</div>
<div style="color: #1d2129; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-top: 6px;">
Deve ainda um príncipe ter grande cuidado em que não lhe saia da boca uma só coisa que não esteja cheia das cinco qualidades atrás ditas e que ao verem-no e ao ouvirem-no pareça todo piedade, todo fé, todo integridade, todo religião. E não há coisa mais necessária de aparentar que esta última qualidade. E que os homens universalmente julgam mais pelos olhos que pelas mãos, pois que a todos é dado ver, mas a poucos sentir. Todos vêem aquilo que tu pareces, poucos sentem o que és, e estes poucos não se atrevem a opor-se à opinião dos muitos que têm a majestade do Estado que os defenda; e nas acções de todos os homens e principalmente nas dos príncipes, das quais não se pode recorrer, se atende ao fim. Faça, pois um príncipe por vencer e por manter o seu Estado; os meios serão sempre julgados honrosos e de todos louvados. Porque o vulgo deixa-se sempre levar pela aparência e o sucesso das coisas; e no mundo não há senão vulgo e os poucos só têm lugar quando os muitos não têm em que apoiar-se. Há presentemente um príncipe, que não quero nomear 1, que só prega paz e boa fé e é inimicíssimo duma e doutra; e se fôsse a observar uma e outra, muitas vezes lhe teria prejudicado a reputação ou o Estado.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-27485916836800265852016-05-05T19:44:00.001-07:002016-05-05T19:44:34.841-07:00Palestra “não nascemos prontos”, por Mário Sérgio Cortella<span style="background-color: white; color: #444444; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 24.2px; letter-spacing: -1px;">Palestra “não nascemos prontos”, por Mário Sérgio Cortella</span><br />
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
Brilhante palestra do <strong>filósofo e educador <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mario_Sergio_Cortella" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; font-weight: normal; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;">Mário Sérgio Cortella</a></strong>. É um pouco extensa para muitos, está dividida em 4 partes, mas compensa, muito elucidador a forma como ele comenta aquilo que nos aflita em nosso cotidiano familiar.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
Com a lucidez e abrangência e senso de humor que lhe é peculiar, <strong>Cortella</strong> discorre uma palestra baseada em seu livro <strong>Não Nascemos Prontos – Provocações Filosóficas:</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
O grande desafio humano é resistir à sedução do repouso, pois nascemos para caminhar e nunca para nos satisfazer com as coisas como estão. A insatisfação e um elemento indispensável para quem, mais do que repetir, deseja criar, inovar, refazer, modificar, aperfeiçoar.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
Assumir esse compromisso é aceitar o desafio de construir uma existência menos confortável, porém ilimitada e infinitamente mais significativa e gratificante.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
Livro de <strong>Cortella</strong> que pode ser adquirido <strong><a href="http://www.submarino.com.br/books_productdetails.asp?Query=ProductPage&ProdTypeId=1&ProdId=1375426&ST=SE&franq=139463" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; font-weight: normal; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;">aqui</a></strong>.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
Aliás, quem não tem tempo ou mesmo <em>saco</em> para assistir por completo esta palestra deveria saber os motivos desta desmotivação justamente assistindo.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
Ela realizou-se em um <strong>Seminário sobre Família, Escola e Cidadania: Quais os caminhos? – </strong>que aconteceu em Florianópolis/Santa Catarina em 2007.<strong> </strong>Saiba mais<strong><a href="http://www.interlegis.gov.br/Members/brendaortiz/escola-do-legislativo-de-santa-catarina-promove-seminario/" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; font-weight: normal; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;">aqui</a>.</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>Algumas notas interessantes sobre esta 1ª parte do vídeo:</strong></div>
<blockquote style="background: url("/wp-content/themes/pub/unsleepable/images/quote.png") 5% 0% no-repeat rgb(255, 255, 255); border: none; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 13px 0px; padding: 0px 20px 0px 50px;">
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…os motivos que não nascemos prontos…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…os jovens de hoje: desejos são direitos…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…citação de <strong><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Contardo_Calligaris" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; font-weight: normal; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;">Contardo Calligaris</a></strong> que diz que os jovens de hoje parecem adultos em férias…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…citação de <strong><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Frei_Betto" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; font-weight: normal; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;">Frei Beto</a></strong>…que dizia quando era criança, o que valorizava o tênis que eu usava era que EU usava…EU dava valor ao calçado…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…a ética do óbvio…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…o mundo que nós vamos deixar para os nossos filhos depende muito do tipo de filho que nós vamos deixar para o mundo…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…geração miojo…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…a importância da convivência…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…as coisas para acontecerem demoram um processo, dá trabalho…”</div>
</blockquote>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>Palestra Não nascemos prontos – parte 1</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong></strong><span class="embed-youtube" style="display: block; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="true" class="youtube-player" height="312" src="https://www.youtube.com/embed/89BMhivvRFE?version=3&rel=1&fs=1&autohide=2&showsearch=0&showinfo=1&iv_load_policy=1&wmode=transparent" style="border-style: initial; border-width: 0px; max-width: 100%;" type="text/html" width="500"></iframe></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>Algumas notas interessantes sobre esta 2ª parte do vídeo:</strong></div>
<blockquote style="background: url("/wp-content/themes/pub/unsleepable/images/quote.png") 5% 0% no-repeat rgb(255, 255, 255); border: none; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 13px 0px; padding: 0px 20px 0px 50px;">
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…acatar o prático nem sempre é o certo…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…o almoço de 15 minutos: a gente precisa vir mais é tão gostoso quando a gente sai…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“motel gastronômico…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…os jovens precisam saber que as coisas possuem um processo para existir…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…o controle remoto alterou nossa percepção de…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…pra que serve TV a cabo? Para não assistirmos nenhum canal inteiro…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…o que educava a nossa paciência…e o que deseduca a nossa paciência…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…o ápice do anonimato…”</div>
</blockquote>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>Palestra Não nascemos prontos – parte 2</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong></strong><span class="embed-youtube" style="display: block; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="true" class="youtube-player" height="312" src="https://www.youtube.com/embed/ome3uj0PjlA?version=3&rel=1&fs=1&autohide=2&showsearch=0&showinfo=1&iv_load_policy=1&wmode=transparent" style="border-style: initial; border-width: 0px; max-width: 100%;" type="text/html" width="500"></iframe></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>Algumas notas interessantes sobre esta 3ª parte do vídeo:</strong></div>
<blockquote style="background: url("/wp-content/themes/pub/unsleepable/images/quote.png") 5% 0% no-repeat rgb(255, 255, 255); border: none; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 13px 0px; padding: 0px 20px 0px 50px;">
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…a tecnologia não pode nos submeter…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…o telefone fixo fazia a mediação entre meus amigos e eu…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…você não sabe onde seu filho está, porque ele é móvel como o celular…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…tecnologia não é neutra, ela produz efeitos…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…criar com os filhos outra lógica de comunicação…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…personalidade ética é construída quando nós prestamos atenção…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…os jovens de hoje adoram ensinar…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…tudo é <em>fast</em>…tudo é imediato…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…a sociedade do imediato, ela nos atinge…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…os resultados de procurar o prático ao invés do certo…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…o Deus mercado…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…viver o presente até o esgotamento siginifica…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…a lógica de que o mundo não tem história, e quem não tem história vive o presente até o esgotamento…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…viver a vida no limite do turbinamento…”</div>
</blockquote>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>Palestra Não nascemos prontos – parte 3</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong></strong><span class="embed-youtube" style="display: block; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="true" class="youtube-player" height="312" src="https://www.youtube.com/embed/ggvx6c-_yJk?version=3&rel=1&fs=1&autohide=2&showsearch=0&showinfo=1&iv_load_policy=1&wmode=transparent" style="border-style: initial; border-width: 0px; max-width: 100%;" type="text/html" width="500"></iframe></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>Algumas notas interessantes sobre esta 4ª parte do vídeo:</strong></div>
<blockquote style="background: url("/wp-content/themes/pub/unsleepable/images/quote.png") 5% 0% no-repeat rgb(255, 255, 255); border: none; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 13px 0px; padding: 0px 20px 0px 50px;">
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…construir uma personalidade ética exige de nós…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…o sucesso pela capacidade de amorosidade…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“….amorosidade sem competência é mera boa intenção…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…sinal de loucura neste começo de século XXI: a família sai de casa para comer comida caseira…”</div>
<div style="margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
“…finaliza a palestra com a citação do renascentista francês <strong><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Rabelais" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; font-weight: normal; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;">François Rabelais</a></strong>: conheço muitos que não puderam quando deviam porque não quiseram quando podiam…”</div>
</blockquote>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>Palestra Não nascemos prontos – parte 4</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong></strong><span class="embed-youtube" style="display: block; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="true" class="youtube-player" height="312" src="https://www.youtube.com/embed/i-Oifx9oEcU?version=3&rel=1&fs=1&autohide=2&showsearch=0&showinfo=1&iv_load_policy=1&wmode=transparent" style="border-style: initial; border-width: 0px; max-width: 100%;" type="text/html" width="500"></iframe></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px; text-align: right;">
[via <strong>Youtube no canal de <a href="http://br.youtube.com/user/eliezersc" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; font-weight: normal; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;">eliezersc’s</a></strong>]</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
(a você que não conheço, um muito obrigado por disponibilizar tal palestra)</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>Artigos relacionados:</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>09.11.2008</strong>: <a href="https://estrategiaempresarial.wordpress.com/2008/11/09/mario-sergio-cortella-no-programa-do-jo-soares/" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;">Mário Sérgio Cortella no programa do Jô Soares</a></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>08.08.2008</strong>:<a href="https://estrategiaempresarial.wordpress.com/2008/08/08/mario-sergio-cortella-e-o-estoque-de-conhecimento/" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;"></a></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<a href="https://estrategiaempresarial.wordpress.com/2008/08/08/mario-sergio-cortella-e-o-estoque-de-conhecimento/" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;">Mário Sérgio Cortella e o estoque de conhecimento.</a></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>22.07.2008</strong>: <a href="https://estrategiaempresarial.wordpress.com/2008/07/22/zygmunt-bauman-vida-para-consumo-a-transformacao-das-pessoas-em-mercadoria/" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;">Zygmunt Bauman: Vida para consumo, a transformação das pessoas em mercadoria.</a></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>16.04.2008</strong>: <a href="https://estrategiaempresarial.wordpress.com/2008/04/16/a-educacao-por-icami-tiba-diz-falta-cidadania-familiar/" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;">A educação por Içami Tiba: ‘falta cidadania familiar’</a></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong style="font-size: 13.2px; line-height: 19.8px;"></strong><strong style="font-size: 13.2px; line-height: 19.8px;"></strong><strong style="font-size: 13.2px; line-height: 19.8px;"></strong><strong style="font-size: 13.2px; line-height: 19.8px;"></strong><a href="https://estrategiaempresarial.wordpress.com/2008/08/08/mario-sergio-cortella-e-o-estoque-de-conhecimento/" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;"></a></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 13px; margin-top: 13px;">
<strong>17.02.2008</strong>: <a href="https://estrategiaempresarial.wordpress.com/2008/02/17/a-era-dos-temores-em-medo-liquido-novo-livro-do-sociologo-zygmunt-bauman/" style="border-bottom-style: none; color: #da1071; text-decoration: none !important; word-wrap: break-word;">A Era dos temores em Medo Líquido. Novo livro do maior sociólogo da atualidade, Zygmunt Bauman.</a></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-88011647845425743932016-04-12T18:57:00.001-07:002016-04-12T18:57:09.526-07:00Mundo da Psicologia<header id="branding" role="banner" style="background: rgb(255, 255, 255); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0745098) 0px 1px 2px; color: #404040; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 21.125px; margin: 0.6em 0.6em 0.8em; padding: 32px 32px 19.1875px;"><div class="site-branding" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px 0px 1.3em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<h1 id="site-title" style="border: 0px; clear: none; font-family: inherit; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Mundo da Psicologia</span></h1>
<h2 id="site-description" style="border: 0px; clear: none; color: #7a7a7a; font-family: inherit; font-size: 0.923em; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Psicologia e Saúde de forma prática e direta!</h2>
</div>
</header><div class="hfeed" id="page" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0745098) 0px 1px 2px; color: #404040; font-family: 'Open Sans', 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 21.125px; margin: 0.6em 0.6em 0.8em; outline: 0px; padding: 32px; vertical-align: baseline;">
<div id="main" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div id="primary" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px auto; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: auto;">
<div id="content" role="main" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<article class="post-1234 post type-post status-publish format-standard has-post-thumbnail hentry category-fenomenos category-categoria-todos tag-defesas-do-ego tag-luiz-ricardo-friano tag-mecanismos-de-defesa tag-psicanalise" id="post-1234" style="border-bottom-color: rgb(236, 236, 236); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; clear: both; margin: 0px 0px 1.5em; padding: 0px 0px 2em; position: relative;"><header class="entry-header"><h1 class="entry-title" style="border: 0px; clear: both; color: #333333; font-family: inherit; font-size: 1.538em; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 1.26; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<a href="http://mundodapsi.com/mecanismos-de-defesa/" rel="bookmark" style="border: 0px; color: #333333; font-family: inherit; font-size: 19.994px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Mecanismos de Defesa – As Defesas do Ego</a></h1>
<div class="entry-meta" style="border: 0px; clear: both; color: #666666; font-family: inherit; font-size: 0.923em; font-style: inherit; line-height: 1.385; margin: 0px; outline: 0px; overflow: hidden; padding: 0px 0px 0.6em; vertical-align: baseline;">
<span class="author-link" style="border: 0px; display: block; font-family: inherit; font-size: 11.999px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0.7em 0px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Publicado por <a href="http://mundodapsi.com/author/friano/" rel="author" style="border: 0px; color: #278dbc; font-family: inherit; font-size: 11.999px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" title="Posts de Luiz Ricardo Friano">Luiz Ricardo Friano</a></span></div>
</header><div class="entry-content" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 1em; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 1.538; margin: 1.286em 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="border: 0px; float: right; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 10px 0px 10px 10px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<ins class="adsbygoogle" data-ad-client="ca-pub-8263682272939320" data-ad-format="auto" data-ad-slot="7200349092" data-adsbygoogle-status="done" style="background: rgb(255, 249, 192); border: 0px; display: block; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"></ins></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Um dos aspectos comentados por Freud na psicanálise são os mecanismos de defesa. Do que se tratam esses mecanismos?</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Os mecanismos de defesa tratam-se de ações psicológicas que têm o objetivo de proteger a integridade do ego. Mas por que o ego faz uso deles e do quê exatamente ele deseja se proteger?</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Segundo Freud, nem tudo que nos ocorre é agradável ao nosso consciente e o nosso ego pode considerar uma série de ocorrências como ameaçadoras à sua integridade, ao seu bem-estar. Nesse sentido diante das exigências das outras instâncias psíquicas – Id, que é nosso lado mais instintivo e do superego, que representa nossos valores morais e regras internalizadas – o ego deseja proteger-se para garantir o bem estar psicológico do sujeito frente a esses conteúdos indesejados.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Ainda segundo o pai da psicanálise, os mecanismos de defesa são universais, ou seja, todas as pessoas fazem uso deles, em menor ou maior grau. E eles são importantes para um ego sadio e integrado. Porém, o seu uso exacerbado pode ocasionar um funcionamento psicológico que não é considerado sadio para o sujeito.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Qual o fator essencial que faz o sujeito fazer uso de algum mecanismo de defesa? Segundo a psicanálise, a ocorrência da angústia (<em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">angst</em>, conforme o próprio Freud utilizou o próprio termo no original em alemão) ocasionada pelos conflitos, é a condição <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">sine qua non</em> – é a condição indispensável – para que o sujeito ative algum mecanismo de defesa para proteger a integridade de seu ego.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="http://mundodapsi.com/wp-content/uploads/2014/12/luiz01.jpg" style="border: 0px; color: #278dbc; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><img alt="luiz01" class="size-full wp-image-1237 aligncenter" height="273" src="http://mundodapsi.com/wp-content/uploads/2014/12/luiz01.jpg" style="border: 0px; clear: both; display: block; height: auto; margin: 0px auto 1.625em; max-width: 100%; width: auto;" width="340" /></a></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Quais são os mecanismos de defesa existentes? Segundo Freud, existem pelo menos 15 mecanismos de defesa a disposição do ego. Alguns deles são:</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; color: #333399; font-family: inherit; font-size: 16px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Compensação:</strong></span> é uma forma de o indivíduo garantir um equilíbrio entre as suas características em termos de qualidades e deficiências.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Exemplo:</strong></span> o sujeito não se considera bom em gramática, mas tira excelentes notas em matemática.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; color: #333399; font-family: inherit; font-size: 16px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Negação:</strong></span> o sujeito nega a existência da dor, ansiedade e outros sentimentos que representem o desprazer ao indivíduo.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Exemplo:</strong></span> diante do término de um namoro, o sujeito pode dizer “Está tudo bem. Eu nunca gostei dele (a) mesmo. Estou ótimo (a)!”</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; color: #333399; font-family: inherit; font-size: 16px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Regressão:</strong></span> é um mecanismo onde o sujeito retorna a um estágio anterior à situação que causa desconforto/desprazer ao sujeito. Nessa fase anterior, geralmente o prazer era mais imediato e não havia a existência das circunstâncias atuais que causam desprazer. Pode ser benéfico pois nos permite ter uma outra perspectiva da situação, pois a angústia é temporariamente afastada; porém, se for usado demais, pode levar o sujeito à fantasia e fuga da realidade.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Exemplo:</strong></span> diante do falecimento de um ente querido, o sujeito decide, por exemplo, ficar brincando somente com seus brinquedos, pois isso o trás de volta ao período infantil.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; color: #333399; font-family: inherit; font-size: 16px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Identificação:</strong></span> ocorre quando o sujeito assimila as características dos outros (geralmente de pessoas que são modelos para esse sujeito). O sujeito deseja ter as mesmas características para si mesmo.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Exemplo:</strong></span> crianças que possuem os mesmos comportamentos dos pais.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; color: #333399; font-family: inherit; font-size: 16px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Sublimação:</strong></span> é um mecanismo bastante útil ao lidar com as demandas e conflitos criados pelo Id e superego. Quando o ego não consegue satisfazer uma necessidade imediata, ele gratifica o Id de outra forma, de uma forma que seja mais aceitável pelo superego. É a partir da sublimação, segundo a psicanálise, que podemos nos tornar sujeitos civilizados.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Exemplo:</strong></span> alguém que não pode ter filhos apega-se aos bichinhos de estimação.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; color: #333399; font-family: inherit; font-size: 16px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Racionalização:</strong></span> é quando o sujeito procura respostas lógicas para afastar o sofrimento.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Exemplo:</strong></span> diante de uma situação que cause sofrimento, a pessoa costuma fazer a si mesma tantos questionamentos – e questionamentos dentro dos questionamentos – que acaba deixando o sofrimento de lado. É comum o sujeito criar muitas teorias, e teorias sobre teorias, a fim de tentar explicar e justificar para si mesmo uma determinada situação.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; color: #333399; font-family: inherit; font-size: 16px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Formação reativa:</strong></span> ocorre uma inversão do desejo real. A pessoa tenta de forma lógica explicar os acontecimentos, mas tudo isso é uma forma de disfarçar os verdadeiros desejos, que estão ocultos.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Exemplo:</span></strong> o sujeito possui uma postura e atitude extremamente rígidas com relação à sexualidade, pode estar ocultando seu lado sexual mais libertino e o que a sociedade consideraria imoral.</span></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="http://mundodapsi.com/wp-content/uploads/2014/12/luiz02.jpg" style="border: 0px; color: #278dbc; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><img alt="luiz02" class=" wp-image-1238 aligncenter" height="299" src="http://mundodapsi.com/wp-content/uploads/2014/12/luiz02.jpg" style="border: 0px; clear: both; display: block; height: auto; margin: 0.4em auto 1.625em; max-width: 100%;" width="320" /></a></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: helvetica; font-size: 10px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Fonte: TherapistDev</span></div>
</div>
</article></div>
</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-86225911862873971762016-04-02T09:39:00.001-07:002016-04-02T09:39:02.752-07:00Em tudo é necessário equilíbrio...<div class="post-body entry-content" id="post-body-1028295276918861091" itemprop="description articleBody" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.4; position: relative; width: 930px;">
<br /><div class="post-header" style="background-color: #eefcff; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1.5em;">
<div class="post-header-line-1">
</div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjfg9c3PCleo1JM5LepaFEvi8Ozi-35tut7X9I8ylBXqve-AD4njF7B8fpyLG2GHMuVTjLt_dwKgAPj_cdaBNAGAgh-pv4vLOnnaQEvwHXTCo5JEmIZzD8TyKsnWztCqGX3PiSpg15JhY/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="color: #7c93a1; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjfg9c3PCleo1JM5LepaFEvi8Ozi-35tut7X9I8ylBXqve-AD4njF7B8fpyLG2GHMuVTjLt_dwKgAPj_cdaBNAGAgh-pv4vLOnnaQEvwHXTCo5JEmIZzD8TyKsnWztCqGX3PiSpg15JhY/s1600/download.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" /></a></div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-1028295276918861091" itemprop="description articleBody" style="background-color: #eefcff; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 15px; line-height: 1.4; position: relative; width: 490px;">
<span style="font-family: arial;"><br /><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2170287625545361954" name="more" style="color: #7c93a1; text-decoration: none;"></a><br /><br />Equilíbrio entre:<br />Ser alegre e não extrovertido no sentido negativo...<br />Ser sincero e não machucar...<br />Ser firme nas idéias e não arrogante...<br />Ser humilde e não submisso...<br />Ser rápido e não impreciso...<br />Ser contente e não complacente...<br />Ser despreocupado e não descuidado...<br />Ser amoroso e não apegado...<br />Ser pacífico e não passivo...<br />Ser disciplinado e não rígido...<br />Ser flexível e não frouxo...<br />Ser comunicativo e não exagerado...<br />Ser obediente e não cego...<br />Ser doce e não melado...<br />Ser moldável e não tolo...<br />Ser introspectivo e não enclausurado...<br />Ser determinado e não teimoso...<br />Ser corajoso e não agressivo...<br />Em tudo é necessário equilíbrio...</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-55691818422457072062016-04-02T09:36:00.003-07:002016-04-02T09:36:23.620-07:00TRABALHO BIMESTRAL DE FILOSOFIA - DEBATE FILOSÓFICO<div align="center" class="MsoNormal" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13pt;">Tema: A ciência deve ter limites ou a ciência não deve ter limites?</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13pt;"><img alt="" class="rg_hi uh_hi" data-height="194" data-width="259" height="194" id="rg_hi" sb_id="ms__id3328" src="https://encrypted-tbn1.google.com/images?q=tbn:ANd9GcRsFmSAB039aCvp5lkwkL1IL4XgjTU621SVZ6wzpxwQD94QyOKv" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; height: 194px; padding: 5px; width: 259px;" width="259" /></span></b></div>
<br style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;" />
<div class="MsoNormal" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13pt;">1) Capa; 2) Contra capa; 3) Introdução; <o:p></o:p></span></b></div>
<br style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;" />
<div class="MsoNormal" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13pt;">4) Desenvolvimento da pesquisa: a) O que é a ciência e quais as características do conhecimento científico; b) Benefícios e Malefícios produzidos pela ciência; c) Argumentos favoráveis e desfavoráveis sobre se a ciência deve ter limites ou não (pesquisar a visão dos filósofos, cientistas e grupos morais e religiosos); <o:p></o:p></span></b></div>
<br style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;" />
<div class="MsoNormal" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13pt;">5) Conclusão pessoal com análise crítica<o:p></o:p></span></b></div>
<br style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;" />
<div class="MsoNormal" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13pt;">6) Bibliografia (fontes pesquisadas)<o:p></o:p></span></b></div>
<br style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;" />
<div class="MsoNormal" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13pt;">* Manuscrito ou digitado<o:p></o:p></span></b></div>
<br style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;" />
<div class="MsoNormal" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13pt;">* Até 3 pessoas<o:p></o:p></span></b></div>
<br style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;" />
<div class="MsoNormal" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13pt;">* Pode colocar imagens<o:p></o:p></span></b></div>
<br style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;" />
<div class="MsoNormal" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13pt;">* Seguir a norma da ABNT</span></b></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-19523596731617345252016-04-02T09:35:00.001-07:002016-04-02T09:35:15.680-07:00<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 20px; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;"></span><br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: auto; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">TRABALHO E DEBATE FILOSÓFICO - Ensino Médio</span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: auto; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><div style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">TRABALHO E DEBATE FILOSÓFICO - 2 ANO</span></div>
<span style="line-height: 20px; text-align: start;"><div style="text-align: center;">
TEMA: A pena de morte é a solução para exterminar a criminalidade?</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<img height="285" src="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTW_gfnDbkQiHM4wA_UBjWRpMihkqkVIloFd1fwG6Z_jXrAtSSw" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; padding: 5px;" width="320" /></div>
</span><span style="line-height: 20px; text-align: start;"><div style="text-align: justify;">
1) Capa</div>
</span><span style="line-height: 20px; text-align: start;"><div style="text-align: justify;">
2) Contra capa</div>
</span><span style="line-height: 20px; text-align: start;"><div style="text-align: justify;">
3) Introdução</div>
</span><span style="line-height: 20px; text-align: start;"><div style="text-align: justify;">
4) Desenvolvimento: a)Visão de filósofos, psicológicos, criminalistas e demais pensadores sobre a pe<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">na de morte; b) Origem da violência; c) Dados estatisticas sobre a criminalidade nos países que possuem a pena de morte e os que não possuem d) Argumentos favoráveis e desfavoráveis a pena de morte.</span></div>
</span><span class="text_exposed_show" style="display: inline; line-height: 20px; text-align: start;"><div style="text-align: justify;">
5)Conclusão</div>
<div style="text-align: justify;">
6)Bibliografia </div>
<div style="text-align: justify;">
Seguir normas ABNT</div>
</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-31513982892265748432016-04-01T12:12:00.002-07:002016-04-01T12:12:12.939-07:00TEXTOS DE E SOBRE FREUD<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-outline-level: 1; tab-stops: 57.6pt; text-align: center;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">TEXTOS DE E SOBRE FREUD<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 7.2pt; tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 7.2pt; mso-outline-level: 1; tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: center;">
<b>A - Textos de autores sobre Freud<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 7.2pt; mso-outline-level: 1; tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 7.2pt; mso-outline-level: 1; tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: center;">
<b>1. Tópicos da teoria psicanalítica freudiana<i><o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoHeading9">
Prof. Laerte M. Santos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l0 level1 lfo6; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>1.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]-->Freud
nasceu em 1856 na Áustria e faleceu em 1939 em Londres.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l0 level1 lfo6; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>2.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]-->Fundador
da PSICANÁLISE ou TEORIA PSICANALÍTICA que é o campo de hipóteses sobre o
funcionamento e desenvolvimento da mente no homem. Se interessa tanto pelo
funcionamento mental normal como pelo patológico.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l0 level1 lfo6; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>3.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]-->Freud
demonstrou que o homem <u>não é apenas um ser racional</u>. Há impulsos
irracionais que nos influenciam.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l0 level1 lfo6; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>4.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]-->Estes
impulsos irracionais se manifestam através do INCONSCIENTE<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l0 level1 lfo6; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>5.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>INCONSCIENTE</b> = parte maior de nossa
psique, não é uma coisa embutida no fundo da cabeça dos homens e nem um lugar e
sim <u>uma energia e uma lógica em tudo oposta à lógica da consciência</u> que é a <u>parte menor e mais frágil da nossa
estrutura mental</u>. Podemos imaginar a consciência como a ponta de um <i>iceberg </i>e a montanha submersa abaixo
como o inconsciente. "A percepção que temos do mundo é consciência; as
lembranças, inclusive a dos sonhos e devaneios são consciência. A memória é
consciência e só há memória de fatos mentais conscientes. " (pág. 46, <i>O que é psicanálise</i>, Fábio Herrmann)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l0 level1 lfo6; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>6.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>Características do INCONSCIENTE</b>:
opostas às características da consciência. Por isso desconhece o tempo, a
negação e a contradição. Suas manifestações não são percebidas <u>diretamente</u>
pela consciência por isso requer <u>deciframento e interpretação</u>. (Exemplo:
nos sonhos o inconsciente se revela através de um <u>conteúdo manifesto</u> = o
que aparece na consciência - e de um <u>conteúdo
latente</u> = o conteúdo real e oculto). "<u>O inconsciente... é uma
interpretação ao contrário</u>" (pág. 40, <i>O que é psicanálise</i>, Fábio Herrmann). Se como veremos o princípio
básico do funcionamento da mente é, segundo Freud, o de evitar desprazer, o
INCONSCIENTE é então <u>o lugar teórico das representações recalcadas ou o
próprio processo de recalcamento, que impede certas idéias de emergir</u> na
consciência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l0 level1 lfo6; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>7.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>A sexualidade tem uma importância
fundamental na psicanálise</b> mas não tem um sentido restrito, ou seja, apenas
genital. Tem <u>um sentido mais amplo</u> = <u>toda e qualquer forma de
gratificação ou busca do prazer</u>. Então a sexualidade neste sentido amplo
existe em nós desde o nosso nascimento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l0 level1 lfo6; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>8.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]-->A
partir deste sentido amplo da sexualidade podemos entender <u>os princípios
antagônicos</u> que fazem parte da teoria psicanalítica freudiana: A) <b>EROS</b> (do grego clássico, <i>vida</i>)
<b>X</b> <b>THANATOS</b>
(do grego clássico, <i>morte</i>) B) <b>Princípio do Prazer X
Princípio da Realidade</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- <b><i>Eros</i></b> = Eros não é apenas
o deus do amor, mas <u>é sobretudo a tendência à promoção de laços, tendência a
estabelecer ligações</u>. Ligado às
pulsões de vida, impulsiona ao contato, ao embate com o outro e com a
realidade. Sendo a vida tensão permanente, conflito permanente coloca-nos no
interior de afetos conflitantes e pode não ser a realização do princípio do
prazer. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- <b><i>Thanatos</i></b> = é o princípio
profundo do desejo de não separação, de retorno à situação uterina ou fetal,
quer o repouso, a aniquilação das tensões. Está vinculado às <i>pulsões da morte</i> pois somente esta
poderá satisfazer o desejo de equilíbrio, repouso e paz absolutos. Quer a
abolição das tensões, o grau zero de energia. A pulsão de morte "designa
uma categoria fundamental de pulsões que se contrapõe a pulsões de vida e que
tendem para a redução completa das tensões, isto é, tendem a reconduzir o ser
vivo ao estado anorgânico".(LAPLANCHE E PONTALIS, 1983; p.407).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No entanto a vida, expressa por
EROS, é uma vitória sobre a força conservadora do inorgânico. Sobrevive-se
porque o organismo uma vez "jogado na vida" quer se conservar e fazer
seu próprio percurso até a morte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- <b><i>Princípio do Prazer</i></b> = é o
querer imediatamente algo satisfatório e querê-lo cada vez mais. "É a
tendência que, em busca da descarga imediata da energia psíquica, não quer
saber de mais nada - nem do real, nem do outro, nem mesmo da sobrevivência do
próprio sujeito" (pág. 95, "Sobre Ética e Psicanálise", Maria
Rita Kehl). “... Se o Princípio do Prazer busca a descarga imediata de qualquer
excitação – e à recordação deste percurso que vai da carga de excitação (<i>desprazer</i>) à sua descarga (<i>prazer</i>), chamamos <i>desejo</i> – isto eqüivale a dizer que busca um estado de <i>não-tensão,</i> de <i>não-desejo</i>, de repetição de um eterno mesmo. (Maria Rita Kehl, “O
Desejo”, Cia de Letras, pág. 370, 1990) .Não está necessariamente ligado a <i>Eros</i> mas de forma mais profunda a <i>Thanatos</i> pois "se o desejo do homem
for o repouso, o imutável, a fuga do conflito, somente a morte (<i>Thanatos</i>) poderá satisfazer tal
desejo." (pág. 63, "Repressão Sexual", Marilena Chauí)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>- <b>Princípio da Realidade</b></i>
= princípio que nos faz "compreender e aceitar que nem tudo o que se
deseja é possível, que se for possível nem sempre é imediato, que nem sempre
pode ser conservado e muitas vezes não pode ser aumentado." (pág. 63, <i>op. Cit</i>., Marilena Chauí). Impõe-nos
limites internos e externos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l3 level1 lfo8; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>9.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>Psicanálise e Agressividade -</b> Freud
presumiu na nossa vida mental a existência de dois impulsos, <u>o sexual</u> e
o <u>agressivo</u>. Os dois impulsos <u>se
encontram normalmente fundidos</u>. Assim um ato de crueldade pode possuir um
significado sexual inconsciente como um
ato de amor pode ser um meio inconsciente de descarga do impulso
agressivo<u>. A agressividade tem uma origem biológica e social na teoria
freudiana</u>. A agressividade faz parte das pulsões de morte mas não está
ligada exclusivamente a <i>Thanatos.</i>
Está também ligada a <i>Eros</i> fazendo
parte das pulsões eróticas. Isto acontece por exemplo quando tentamos modificar
o outro ou o mundo para torná-los mais compatíveis com o princípio do prazer.
No limite é uma tendência destrutiva mas também "<u>representa a vocação
humana para a rebeldia</u>." (pág. 473, <i>Os sentidos da Paixão</i>, Maria Rita Kehl). Toda civilização faz um
pacto pelo qual se reprime grande parte da agressividade em troca das vantagens
da convivência humana. Mas o preço que
pagamos é o de <u>um rebaixamento geral dos instintos de vida</u> e o excesso
de repressão pode levar às doenças psíquicas. O ideal para Freud "<u>seria
um equilíbrio entre a realidade psíquica do homem e as exigências da vida em
sociedade</u>". (pág. 116 da apostila, Texto: <i>O caso de Romualdo e a violência</i>)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l3 level1 lfo8; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>10.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>A nossa vida psíquica tem três instâncias
segundo Freud:</b> 1ª) <b>ID</b> = parte
inconsciente formada por instintos e impulsos orgânicos e <u>desejos
inconscientes</u>, (ou <i>pulsões)</i> que
são regidas pelo <i>Princípio do Prazer</i>
e são de natureza sexual no sentido amplo já explicitado acima. O Centro do ID
é o <i>Complexo de Édipo</i>. 2ª) <b>SUPEREGO</b> = parte inconsciente.
Instância repressora do ID e do EGO, proveniente tanto das proibições culturais
e sociais interiorizadas "quanto das proibições que cada um de nós elabora
inconscientemente sobre os afetos." (M. Chauí, op. cit., pág. 66). É o <u>agente
da civilização</u> que tem o papel de dominar o perigoso desejo de agressão do
indivíduo. Através dele a civilização consegue inibir a agressividade humana
introjetando-a para o interior do sujeito propiciando o SENTIMENTO DE CULPA.
3ª) <b>EGO</b> = é a consciência submetida
aos desejos do ID e repressão do SUPEREGO. Obedece ao <i>Princípio da Realidade</i>. Vive sob <i>angústia</i> constante pois busca um equilíbrio entre os desejo do ID e
a repressão do SUPEREGO, busca satisfazer ao mesmo tempo o <b>ID</b> e o <b>SUPEREGO</b>. Quando
o conflito é muito grande e o EGO não consegue satisfazer o ID este é rejeitado
determinando o processo chamado <b>REPRESSÃO</b>.
Mas o que foi reprimido não permanece no inconsciente e reaparece então sob a
forma de <b>SINTOMAS</b> (=<i>representantes do reprimido</i>).<span style="font-size: 7.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l3 level1 lfo8; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>11.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>O SUPEREGO HOJE – “</b>No momento de
acumulação do capital, no <u>momento weberiano do capitalismo</u>, o importante
não era gozar mas sacrificar, acumular, trabalhar. <u>Hoje, ao contrário, o
importante é dispender, gozar, você tem direito ao gozo</u>. Como conseqüência
temos, por exemplo, <u>a cultura do narcisismo</u>, como diria Christopher
Lasch, na qual o sujeito está comprometido em se proporcionar o máximo de gozo.
<u>Mas isso gera uma enorme angústia, pois o gozo é impossível, principalmente
esse gozo pleno que nos exige a cultura da sociedade de mercado: gozar sempre e
muito, tudo que se puder. Cria-se uma dívida com o superego, pois o mesmo
superego que cobra que você não goze, que se sacrifique, cobra que você
goze. </u>Hoje o importante é dispender,
gozar, você tem direito ao gozo. Mas isso gera uma enorme angústia, <u>pois o
gozo é impossível</u>, principalmente esse gozo pleno que nos exige a cultura
da sociedade de mercado: gozar sempre e muito, tudo que se puder.” (Maria Rita
Kehl) <span style="font-size: 7.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l3 level1 lfo8; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>12.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>SUBLIMAÇÃO -</b> Os desejos inconscientes são transformados em
uma outra coisa, exprimem-se pela criação de uma outra coisa: as obras de arte,
as ciências, a religião, a filosofia, as técnicas, as instituições sociais e as
ações políticas. Artistas, místicos, pensadores, escritores, cientistas,
líderes políticos satisfazem seus desejos pela sublimação e, portanto, pela
realização de obras e pela criação de instituições religiosas, sociais,
políticas, etc. Porém, assim como a loucura é a impossibilidade do <b>ego</b> para realizar sua dupla função,
também a sublimação pode não ser alcançada e, em seu lugar, surgir uma <b>perversão </b>social ou coletiva, uma
loucura social ou coletiva. O <u>nazismo</u> é um exemplo de perversão, em vez
de sublimação. A propaganda, que induz em nós falsos desejos sexuais pela
multiplicação das imagens de prazer, é outro exemplo de perversão ou de
incapacidade para a sublimação.<a href="https://www.blogger.com/null" name="NARCISISMO"><o:p></o:p></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l3 level1 lfo8; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>13.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;">
</span></b><!--[endif]--><strong>NARCISISMO</strong><strong><u> </u></strong>-
Sentimento emotivo de amor dirigido ao próprio indivíduo (homem ou mulher). É
termo criado por Freud. Se bem que se trata de um sentimento até certo ponto
natural, especialmente nas crianças, pode entretanto manifestar-se na idade
adulta como uma irregularidade às vezes provocada por conflitos, desajustes
sexuais, decepções amorosas, etc. Segundo a Psicanálise, o Narcisismo leva a
eleger-se a si próprio como objeto de amor, em vez de essa emoção ser dirigida
a outra pessoa do sexo oposto; a libido é dirigida anormalmente ao próprio eu. “A
criança conserva em sua fantasia a <b>fusão
narcísica </b>inicial com a mãe até que alguma experiência de separação venha
desiludi-la. Para o pequeno ser narcisista, tudo aquilo que é recebido como bom
e prazeroso, é sentido como parte de si mesmo, somente quando alguma coisa
frustra a criança, é que ela a sente como parte do mundo externo. A ilusão da
criança de que ela e a mãe são Um, de que ela é tudo o que a mãe deseja se
rompe quando o desejo da mãe se move para outro lugar. Neste instante a criança
percebe que o Grande Outro não é tudo, que não pode estar sempre presente e a
realidade se instala entre os dois que tentavam ser Um.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l3 level1 lfo8; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>14.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>MECANISMOS DE DEFESA:</b> O <i>Ego</i> não é somente consciência. Há <i>funções inconscientes</i> nele, os famosos <i>Mecanismos de Defesa</i>. Através deles o
EGO dribla as exigências do ID e do SUPEREGO. "Diante de uma pulsão
proibida, cuja satisfação daria prazer se o <i>superego</i>
não se opusesse, há que convencer o princípio do prazer de que sucederá dor.
Para efetivar esse truque, o EGO aciona uma espécie de alarma, um pequeno sinal
de angústia, sempre que tal tipo de pulsão se lhe apresenta à porta. Como se
dissesse ao ID: veja como isso que aparece bom, na verdade, dói. E o ID,
enganado até certo ponto, cede energias para contrariar seus próprios fins
pulsionais. Basta então ativar os MECANISMOS DE DEFESA, carregados dessa
energia..." (<i>O que é Psicanálise,</i>
Fábio Herrmann, pág. 52 e 53). <b><u><o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l3 level1 lfo8; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>15.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>Segundo Freud há três fases da sexualidade
humana</b> (lembre-se do sentido amplo da sexualidade) que se desenvolvem entre
os primeiros meses de vida e os 5 ou 6 anos: 1ª) <u>Fase Oral</u> = prazer
através da boca (ingestão de alimentos, sucção do seio materno, chupeta,
etc...) 2ª) <u>Fase Anal</u> = prazer
localizado primordialmente nas excreções e fezes, brincar com massas e com
tintas, etc... 3ª) <u>Fase Genital ou Fálica</u> = prazer principalmente nos órgãos
genitais e partes do corpo que excitam tais órgãos. Momento do surgimento do <b><u>Complexo de Édipo.</u></b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l3 level1 lfo8; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>16.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>COMPLEXO DE ÉDIPO</b> = complexo de
sentimentos e afetos com componentes de agressividade, fúria e medo, paixões,
amor e ódio, oriundos dos desejos sexuais em relação aos genitores de sexo
oposto que acontece entre os 5 e 6 anos de idade. O complexo de Édipo se
manifesta no menino desejando a mãe e querendo eliminar o pai, seu concorrente.
O medo da castração por parte do pai faz
com que renuncie ao desejo incestuoso e aceite as regras ou a <u>Lei da Cultura</u>.
Na menina se manifesta pelo fato de descobrir que não tem o pênis-falo, e com
isto, sente-se prejudicada, tem "inveja do pênis". Ao perceber que a
mãe também não o tem, passa a desvalorizá-la e, nessa medida, se dirige para a
figura do pai, dotado de FALO e, portanto, cheio de poder e fascinação. <i><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l3 level1 lfo8; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>17.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><i> <b>A INVEJA DO PÊNIS-FALO</b> - De acordo com
a interpretação do psicanalista LACAN<b> </b>(nascido em Paris em 1901 e falecido
na mesma cidade em 1981), o que provoca inveja não é o pênis anatômico, mas o <u>PÊNIS-FALO</u>,
o objeto imaginário fálico, que tem o sentido de <u>COMPLETUDE</u> e de <u>PLENITUDE
NARCÍSICAS</u>. Neste sentido <u>o homem
também tem inveja do pênis-falo</u>. Com este sentido o <u>FALO</u> está
presente em todos os seres humanos de tal forma que a falta do pênis nas
meninas e mulheres simplesmente é negada. O falo é, em última análise, <u>o
significado da falta</u>, conforme o define Lacan. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 22.5pt 177.75pt right 343.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 22.5pt 177.75pt right 343.4pt; text-align: justify;">
“Tais
conceitos são importantes para o esclarecimento da idéia ‑ ou da acusação ‑ de
que Freud foi um machista impenitente, defensor da superioridade do homem
sobre a mulher. Freud fala da inveja do pênis, sem dúvida. A mulher teria
inveja do pênis, e sua ausência seria fonte de graves sentimentos de
inferioridade. <u>Entretanto, aquilo que provoca inveja não é o pênis
anatômico, mas o pênis-falo, o objeto imaginário fálico, apto como tal a
investir quem o tenha de um valor de completude e de plenitude narcísicas.
Nessa medida, também o homem tem inveja fálica. </u>Se o seu pênis é o falo,
isto é, se fica preso à etapa de desenvolvimento da libido, será sempre rondado
‑ e roído ‑ pelo medo da castração. Poderá perder o falo para ver-se possuidor
de um pênis apenas, com as chuvas e trovoadas eventuais que isso possa
acarretar. <u>O pênis-falo não pode ser apenas potente: ele tem que ser
onipotente. O homem, nessa medida, pode sentir‑se inferiorizado ‑ ou impotente
‑ na medida em que não alcance um rendimento sexual que testemunhe essa
onipotência</u>. <u>A inveja fálica, de homens e mulheres, pode deslocar-se
para qualquer coisa que teria significado fálico, isto é: qualquer coisa que
implique plena expansão narcísica e pleno sentimento de completude</u>. Esta
coisa pode ser a inteligência, a beleza física, a força do corpo, a voz, a
produção artística, o canto, a fama, a glória, o dinheiro ‑ o que quer que
seja. Dado que o falo é um objeto mítico, imaginário, impossível, urna vez que
não existe nada que possa conferir a quem quer que seja a completude ‑ a não
ser a morte ‑, a inveja fálica, que é o desejo de possuí‑lo, será sempre
presente, numa <u>tentativa de retorno a uma atitude narcísica também
impossível</u>. <i>(Do livro: Os Sentidos da
Paixão, Companhia das Letras, 1987, págs. 307-327)<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 22.5pt 177.75pt right 343.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Mas apesar de o menino
abandonar o desejo pela mãe por medo da castração ela não deixa de acontecer
para ambos os sexos e de forma simbólica de acordo com a interpretação de
Lacan. CASTRAÇÃO no sentido simbólico
significa a impossibilidade de retorno ao estado narcísico do qual fomos
expulsos com o nosso nascimento. CASTRAÇÃO<u> significa a perda, a falta, o
limite imposto à onipotência do desejo. É um processo que já acontece desde o
corte do cordão umbilical. </u> A rigor
quem castra é a mãe. Se a mãe permite a independência da criança, negando
formar um todo narcísico com ela, ela castra. <u>A castração é um evento
absolutamente progressista na nossa vida e que torna possível a vida em
sociedade e a nossa autonomia.</u>
Através da CASTRAÇÃO introduz-se a <u>LEI DA CULTURA</u> que é produto
de Eros e não de Thanatos. A Lei <u>não existe para aniquilar o desejo e sim
para articulá-lo com a convivência social</u>. "<u>É a guardiã do desejo
na medida em que o encaminha no sentido de uma subordinação ao Princípio da
Realidade</u>" (pág. 312, <i>Os
Sentidos da Paixão</i>, Hélio Pellegrino)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l4 level1 lfo7; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->-<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]-->A CASTRAÇÃO nos faz sentir como seres <u>incompletos,
carentes.</u> Mostra-nos que é da brecha entre tudo o que se quer e aquilo que
se pode (princípio de Realidade) que nascem as possibilidades de movimentos do
desejo. Mas o seu exagero pode trazer conseqüências negativas como as neuroses.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l1 level1 lfo9; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>15.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>Psicanálise, razão e consciência</b> - Descobrir a existência do inconsciente <u>não
é esquecer a consciência, a razão</u>, e abandoná-las como algo ilusório e
inútil. <u>É pela consciência, pela razão, que desvendamos e deciframos o
inconsciente</u>. Em outras palavras, <u>a razão não está descartada</u> apesar
das forças irracionais inconscientes. Longe de desvalorizar a razão a
psicanálise exige que o pensamento racional não "faça concessões às idéias
estabelecidas, à moral vigente, aos preconceitos e às opiniões de nossa
sociedade, em que os enfrente em nome da própria razão e do pensamento."
(pág. 356, <i>Convite à Filosofia</i>,
Marilena Chauí) <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l1 level1 lfo9; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b>16.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal;"> </span></b><!--[endif]--><b>Psicanálise e Ética -</b> A psicanálise
mostrou que uma das causas dos distúrbios psíquicos é o rigor excessivo do
SUPEREGO, a CASTRAÇÃO excessiva. Quando isto acontece há dois caminhos não
éticos: ou a transgressão violenta de seus valores pelos sujeitos reprimidos ou
a resignação passiva de uma coletividade neurótica, que confunde neurose e
moralidade." (pág. 356, <i>op. Cit</i>.,
Marilena Chauí). Não éticos porque a violência é introduzida: <u>violência da
sociedade que exige dos sujeitos padrões de conduta impossíveis de serem
realizados e, por outro lado, violência dos sujeitos contra a sociedade, pois
somente transgredindo e desprezando os valores estabelecidos poderão sobreviver</u>.
Em suma é necessária a repressão dos desejos, da sexualidade, para ser possível
a convivência social e a <u>ética "mas por outro lado a repressão
excessiva destruirá primeiramente a ética e depois a sociedade</u>." (pág.
356, <i>op. Cit</i>. Marilena Chauí). Segundo Freud o sujeito da psicanálise <u>é
responsabilizado, sim, por seu inconsciente</u> pois "quem mais, além de
mim, pode se responsabilizar por algo que, embora eu não controle, não posso
deixar de admitir como parte de mim mesmo? Responsabilidade difícil de assumir,
esta - pelo estranho que existe em nós, age em nós e com o qual não queremos
nos identificar. <u>No entanto, eticamente, é preferível que o sujeito arque
com as conseqüências dos efeitos de seu inconsciente, fazendo deles o início de
uma investigação sobre o seu desejo, a que ele permita que tais efeitos se
manifestem apenas na forma do sintoma</u>. Ou, o que é ainda mais grave, que o
sujeito tente se desembaraçar do inconsciente, por meio dos atos de
intolerância que projetam no outro o que o eu não quer admitir em si mesmo. <u>A
passagem por uma análise torna o sujeito não apenas mais responsável pelo
desejo que o habita, mas também preserva
as pessoas que lhe são mais próximas</u>, aquelas que dependem de seu afeto e
de sua compreensão - filhos, parceiros, subordinados etc -, de se tornarem
objetos das projeções e das passagens ao ato de quem não quer assumir as
condições de seu próprio conflito." (pág. 32, <i>Sobre Ética e Psicanálise</i>, Maria Rita Kehl). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoTitle">
<br /></div>
<div class="MsoTitle">
<br /></div>
<div class="MsoTitle">
<br /></div>
<div class="MsoTitle">
<br /></div>
<div class="MsoTitle">
<br /></div>
<div class="MsoTitle">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">2. A
psicanálise e o mundo de hoje<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
(Do livro: <i>Para que serve a psicanálise? -</i> de
Denise Maurano, Jorge Zahar Editor, 2003, págs. 9-18 )<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Eros e Comunicação</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse apelo a se ligar aos outros
participa obviamente da história da humanidade, mas o que <u>chamo a atenção
aqui é para o fato de, na contemporaneidade, termos inflacionado essa
estratégia.</u> Assim, <u>as pessoas recorrem mais facilmente a alguém ao
alcance da mão, ou ao alcance da linha telefônica, do que a um templo religioso
para se amparar</u>. Da mesma forma, também não crêem mais nos poderes da
racionalidade para encontrarem uma fórmula para melhor viver. <u>Parece que
estamos mesmo sob o império de EROS</u>. E Eros não é apenas o deus do amor,
mas, tal como propôs a psicanálise, <u>é sobretudo a tendência à promoção de
laços, tendência a estabelecer ligações. <o:p></o:p></u></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É claro que a forma como isso se
dá, tête-à-tête ou via internet, faz diferença, mas o elemento motivador e a
natureza da busca, creio estarem inalterados, pelo menos por enquanto. O que a
psicanálise chamou de LIBIDO, energia de Eros, cobra incansáveis investimentos,
sobretudo no amor e na sexualidade, e traz em seu rastro a outra face da mesma
moeda: o ódio.<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Falta, linguagem e psicanálise<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<u>Foi a inquietação da falta,
vivida na contemporaneidade como falta de amor, ou insatisfação sexual, que deu
origem á invenção da psicanálise</u>. A psicanálise veio servir para tratar dos
impasses decorrentes disso. Cedo, Freud percebeu que aquilo que fazia sofrerem
as mulheres que ele atendia, e lhes fazia produzir sintomas inexplicáveis aos
olhos dos médicos de seu tempo, não eram senão diferente expressões de um mal
inexorável: o mal de amor. Cedo, ele se deu conta, também, <u>de que o tratamento para isso passava pela
FALA</u>, pelos efeitos do acionamento desse fantástico dispositivo que é a
fala. Através dela<u>, nos incluímos nessa rede que nos envolve e tenta nos
articular uns com os outros.</u> E não importa se se trata de um surdo-mudo:
certamente este também está incluído na estrutura de relações tecidas pela
LINGUAGEM.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É verdade que desde a invenção da
psicanálise até agora muita coisa mudou. Mudaram os costumes, a sociedade
certamente não é mais a mesma, diferente recursos para se lidar com a vida
dominam a cena contemporânea. <u>Porém não creio que tenhamos nos deslocado do
apelo à libido como modo de operar com nossas inquietações</u>. Muito pelo
contrário, como bem observou o inventor americano, acima mencionado<u>, nunca
se produziram tantos artifícios para ampliarmos nossos laços.</u> O sucesso das
SALAS DE BATE-PAPO e toda a correspondência veiculada pela internet o atestam. <u>Isso
sem falar da exploração que o marketing faz da questão, erotizando todo e
qualquer objeto que se apresente ao consumo para melhor veiculá-lo</u>. Assim,
diante da compatibilidade entre a natureza da inquietação que domina a cena
atual e a natureza da invenção psicanalítica, esta última continua sendo um
recurso privilegiado em nossos tempos. <u>Com isso, quero dizer que diante dos
inúmeros sintomas decorrentes do MAL DE AMOR, que constitui a tônica do
mal-estar da atualidade, a psicanálise apresenta-se como opção para tratar dessa
questão</u>. No que se refere a maneira de lidar com as inquietações amorosas,
as mudanças são acessórias, não fundamentais. Daí a pertinência da presença da
psicanálise. Afinal, seja bem ou mal falada, a psicanálise continua sempre
sendo lembrada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Inúmeras propostas apresentam-se
a cada dia para responder a essa idéia de que o "bom exercício da
libido" resolve as dificuldades da vida. Desde o apelo ao consumo, seja de
carros, mulheres, drogas, medicamentos, conhecimento, informação, tecnologia e
tudo quanto se suponha que o dinheiro possa comprar, até as terapias mais
diversas, tudo vai no sentido de sanar aparentemente, apaziguar
imaginariamente, as pressões que movem esse apelo feito a Eros.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que decorre dessa profusão de
estratégias disponíveis na cena contemporânea é que o caminho que um sujeito
trilha desde a constatação de seu mal-estar até chegar a um tratamento
psicanalítico é, freqüentemente, bastante alongado. Muitas vezes ele só recorre
à psicanálise depois de inúmeras tentativas fracassadas de suprimir seu
mal-estar. É como se a sensação de vazio e desamparo, que ocasionalmente
experimentamos de maneira mais grave, fosse um indicativo de uma doença que
acomete a uns poucos desprivilegiados, da qual teríamos a todo custo que nos
livrar o mais rápido possível.<u> Tornamo-nos, assim, presas fáceis de
vendedores de ilusões.</u> Não que eu tenha algo contra as ilusões, muito pelo
contrário: elas são alimentos fundamentais de nossas vidas. Sublinho apenas o
rico da manipulação sórdida, cruel, que se faz nesse campo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>A psicanálise perante a incompletude humana<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na contracorrente dessas
estratégias encontra-se a psicanálise. Por mais que em sua difusão ela tenha
sido propagada das formas mais estapafúrdias,<u> sua proposta, desde seus
suados primórdios no rigor da ética cunhada por Freud, foi a de ser uma
estratégia para tratar desse vazio,</u> <u>que na maior parte do tempo
traduzimos por falta de alguma coisa ou falta de alguém</u>. Sua intenção não
foi a de constituir-se como promessa de saná-lo. Aqui, o tratamento não é a
cura, <u>já que não podemos nos curar da ferida de sermos humanos.</u> Ou seja,
substituindo a idéia de cura como o que estaria na finalização de um
tratamento, por meio da extirpação de um mal, entra em cena <u>o procedimento
investigativo do tratamento psicanalítico</u>, que traz como uma de suas
conseqüências <u>o efeito terapêutico</u>. <u>O vazio é impossível de ser
extirpado, mas cabe-nos encontrar meios menos nefastos de abordá-lo</u>. Como
li num folhetim: "<u>Não se pode mudar a direção do vento, mas pode-se
alterar a posição das velas."</u><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<u>Viver sem se haver com a dor
da falta, seja esta identificada ao que quer que seja, é simplesmente inumano.</u>
Não podemos nos livrar daquilo que constitui propriamente a nossa humanidade, a nossa diferença em
relação aos outros animais. <u>O que pode ser alterado é a maneira como vivemos
a experiência da vida, a posição que ocupamos ao nos defrontarmos com a falta
daquilo que supostamente iria nos tornar completos</u>. Sugiro que a palavra
"psicopatologia" - em sua origem grega,
"psico-pathos-logia" - seja traduzida ao pé da letra: busca de
sentido (<i>logia</i>) daquilo que causa
espanto (<i>pathos</i>) à alma (<i>psico</i>). Sem dúvida que esta incompletude
nos espanta, e podemos reagir a isso, neurótica, psicótica ou perversamente....<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não pensem que estou defendendo
uma posição pessimista, do tipo que toma essa incompletude com um efeito de
fabricação com o qual teríamos que nos conformar. Não concordo com a idéia de
que Freud ou Lacan - psicanalista francês, que se propôs a retornar ao rigor de
Freud - sejam pessimistas. Defendo, sim, essa orientação ética que funda a
proposta psicanalítica, <u>acolhendo a vida não em uma dimensão ideal, como
gostaríamos que ela fosse, mas em sua dimensão real</u>. <u>Sofremos os efeitos
desse real todas as vezes que nos confrontamos com o fato de que as coisas não
estão ao alcance de nossas mãos, como gostaríamos que estivessem.</u> <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Isso é duro? Certamente. A
expressão brasileira "cair na real" é primorosa na indicação da queda
de ilusões que decorre da confrontação com o real, <u>porém, enganar sua existência,
na promessa de que pelas forças da mente ou do que quer que seja poderemos
escapar, intensificará, por conseqüência, nossa fragilidade - e não nossa força</u>.
Afirmar a vida com tudo o que nela há, de alegria e de sofrimento, de leveza e
de dureza, é não à mutilação de nenhum de seus componentes. Mas obviamente, se
é simples falar assim, não é simples viver dessa forma. Somos facilmente
atraídos pela <u>posição ressentida</u>, "que injustiça fizeram contra
mim!". Ou, ainda<u>, pelo vislumbre romântico que suspira por um ideal
jamais passível de realização</u>, sob pena de, caso efetivado, perder todo o
encantamento. Assim estamos nós em nossa radical humanidade, nessa condição de
errantes, suplicantes de algo que nos oriente, que nos complete e acene com a
possibilidade de precisão na adequação de nossas ações, dado que nunca sabemos
direito se o que resolvemos fazer está certo ou não. Como humanos, subvertemos
as determinações do instinto. Não comemos meramente por fome, nossas atividades
sexuais não se limitam ás funções biológicas, nosso sono tampouco. Somos
afetados por inúmeras variáveis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<u>Nosso universo de necessidades
é intermediado pelo das representações</u>. As coisas não são o que são, mas <u>o
que representam para nós</u>. Desta forma, podemos perder o apetite, ou comer
demais, se ficamos tristes; podemos optar pela abstinência sexual por uma razão
ideológica ou moral; podemos perder o sono diante de uma preocupação. O que nos
rege não é propriamente um instinto, mas algo de outra natureza que, que Freud
propõe chamar de PULSÃO.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A adequação de nossa percepção ao
que existe de fato é permeada por esse universo que nomeamos como campo da
LINGUAGEM. Isso quer dizer que, se não temos um acesso direto e objetivo às
coisas, inventamos um estratagema para contornar esse abismo que nos separa do
mundo: <u>inventamos a linguagem</u>. Ou seja, desenvolvemos, mas que qualquer
outro animal, <u>nossa capacidade de nos comunicarmos por recursos simbólicos e
imaginários</u>. Inventamos palavras para designar as coisas, <u>nomear o que
nos falta</u>; criamos ícones para adorar, ideologias <u>para nos salvar do
desamparo</u>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Construímos, com o
desenvolvimento da linguagem, uma rede de elementos através da qual encontramos
meios de nos referendar. Situamos, com isso, o Outro a quem nos dirigimos.
Assim, eu não sou apenas Fulano de Tal, eu sou Fulano, filho de Sicrano, neto
de Beltrano, ou seja, <u>sou parte de uma rede de relações, por onde apreendo
algo da enigmática significação de mim mesmo</u>. Encontro-me dentro de uma
estrutura de parentesco, na qual assumo funções diferentes conforme o elemento
com o qual me relaciono: em relação aos meus pais sou filha, em relação aos
meus filhos ou mãe, e assim por diante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<u>Porém o universo de linguagem
é também o universo da mais absoluta arbitrariedade, afinal as palavras não são
as coisas, e seu sentido deixa sempre margem a diferente interpretações</u>. É
por isso mesmo que os valores aos quais nos agarramos para nos proteger não
necessariamente nos protegem em definitivo. E isso vale tanto para as nossas
vidas individuais como para a história da humanidade.<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 12.0pt; mso-line-height-rule: exactly; text-align: center;">
<b><i>-----------------------<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Narcisismo -</i></b><i> Conta o mito que o jovem Narciso,
belíssimo, nunca tinha visto sua própria imagem. Um dia, passeando por um
bosque, viu um lago. Aproximou-se e viu nas águas um jovem de extraordinária
beleza e pelo qual apaixonou-se perdidamente. Desejava que o outro saísse das
águas e viesse ao seu encontro, mas como o outro parecei recusar-se a sair do
lago, Narciso mergulhou nas águas, foi às profundezas à procura do outro que
fugia, morrendo afogado. Narciso morreu de amor por si mesmo, ou melhor, de
amor por sua própria imagem ou pela auto-imagem. O narcisismo é o encantamento
e a paixão que sentimos por nossa própria imagem ou por nós mesmos porque não
conseguimos diferenciar o eu e o outro.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 7.2pt; tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>3. SONHOS<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
(Do livro “Freud
Básico”, Michael Kahn, ed. Civilização Brasileira, págs 201-231)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Senhoras e Senhores: Um dia, descobriu-se que os sintomas patológicos
de determinados pacientes neuróticos têm um sentido. Nessa descoberta,
fundamentou-se o método psicanalítico de tratamento. Acontecia que, no decurso
desse tratamento, os pacientes, em vez de apresentar seus sintomas,
apresentavam sonhos. Com isso, surgiu a suspeita de que também os sonhos teriam
um sentido.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Sigmund Freud, Conferências
introdutórias<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Freud considerava A interpretação
dos sonhos,<b>(1) </b>publicado em 1900, o
seu livro mais importante. De fato, ele contém riquezas extraordinárias.
Introduz o complexo de Édipo, a distinção entre o processo primário e processo
secundário, as origens infantis do funcionamento adulto e muito mais.
Entretanto, não era porque descrevia essas descobertas significativas que Freud
se orgulhava muito deste livro, mas sim porque, como seu título deixa claro,
anunciava ao mundo que ele realizara, em sua opinião, o que ninguém antes dele
tinha sido capaz de realizar: decifrar o código dos sonhos. Ele sabia que isto
era uma importante façanha, por sua própria dimensão; além disso, estava
convencido de que com isso desvendara a chave para compreender e tratar a
neurose. Se um terapeuta não interpretasse sonhos, Freud passou a acreditar,
ele não estava fazendo psicanálise.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O primeiro <i>insight </i>importante de Freud sobre a natureza dos sonhos foi que, a
exemplo dos sonhos despertos, os sonhos noturnos representam um desejo. Os
sonhos despertos expressam um desejo que a pessoa pode reconhecer. Quando
criança, eu sonhava em ser uma estrela de beisebol do meu time da primeira
divisão da cidade. Não tinha nenhuma vergonha disso. Meus amigos tinham sonhos
semelhantes, e os compartilhávamos livremente. Hoje em dia, sonho
ocasionalmente com poder passar toda uma manhã de domingo numa confeitaria,
lendo o <i>New York Times</i> - sem sentir
nenhuma culpa. Também não tenho vergonha deste sonho. Baseando-se no que
acontece nos sonhos despertos, Freud deduziu que os sonhos noturnos poderiam
também ser uma expressão dos desejos. Ele descobriu que os sonhos infantis são
freqüentemente uma expressão tão flagrante dos desejos quanto os sonhos
despertos. E relatou que uma de suas filhas, após um dia de jejum provocado por
uma enfermidade, sonhou com morangos, omelete e pudim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Freud observou que também em
alguns sonhos de adultos o desejo é tão transparente, que pouca ou nenhuma
análise é preciso para compreendê-lo. Ele relatou que, se comesse comida
salgada no jantar, acordaria invariavelmente com sede à noite. Pouco antes de
acordar, sempre estava sonhando que desfrutava o mais delicioso e satisfatório
drinque imaginável. Então, acordava e tinha de beber algo de verdade. O fato de
estar com sede causava o desejo de beber, e o sonho representava a realização
desse desejo. <b>(2)<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No entanto, essa transparência é
rara. Nos sonhos que mais ricamente iluminam as forças inconscientes, o desejo
está oculto; este foi o importante <i>insight
</i>que Freud teve em seguida. Ele sustentou que o único meio de poder
descobrir o desejo é encorajar o sonhador a fazer associações livremente com os
elementos do sonho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não é difícil perceber por que
Freud considerava a interpretação dos sonhos tão importante. Ele acreditava que
todos os sonhos eram construídos do mesmo modo que os sintomas neuróticos. Como
acreditava que remover um sintoma neurótico dependia da apreensão do seu
significado inconsciente, interpretar um sonho seria um passo em direção à
cura, porque o significado do sonho revelaria parte do significado do sintoma.
O seu elegante sistema acabou se provando simples demais, mas ainda contém <i>insights</i> notáveis sobre o nosso mundo
onírico.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
O MODELO DE FREUD<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Neurose:</i> A neurose é causada pelo recalque de desejos sexuais
inaceitáveis. O recalque não foi suficientemente completo para proteger a
pessoa da culpa inconsciente, daí a aflição da neurose. Os desejos encobertos
estão sob pressão, buscando expressão, e encontram essa expressão nos sintomas
neuróticos. Numa tentativa de ao menos evitar a culpa consciente, o desejo
incompletamente recalcado se disfarça, para poder passar pela censura que,
antes de tudo, o recalcou. Portanto, o sintoma deve ser decodificado para que
revele seu significado inconsciente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Sonhos:</i> Os desejos encobertos permeiam os sonhos. Ao detectar um
relaxamento da censura durante o sono, o desejo recalcado tenta se aproveitar
dessa oportunidade para se manifestar. No entanto, embora relaxada, a censura
não está de folga. Alguma função egóica montando guarda à noite reconhece que o
desejo sem disfarce causaria uma ansiedade suficiente para acordar a pessoa que
dorme. Assim, embora careça do poder de recalcar o desejo que tem em estado de
vigília, essa função dá um jeito de disfarçá-lo e, desse modo, proteger (em
geral) o descanso do indivíduo que está dormindo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os desejos inaceitáveis e
disfarçados causam o problema neurótico e devem ser decodificados. Os desejos
inaceitáveis e disfarçados que produzem o sonho podem ser decodificados,
desmascarando desse modo um dos desejos geradores de sintomas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Podemos compreender por que Freud
chamou a interpretação dos sonhos de estrada soberana para o inconsciente, e
por que ele achava que ela era a chave indispensável para psicanalisar a
neurose.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O modelo de Freud não mais
descreve inteiramente a teoria psicanalítica da neurose. Embora os desejos
sexuais reprimidos provavelmente desempenhem um importante papel em muitos
problemas da vida, eles não são mais considerados como a única causa. Como
vimos em capítulos anteriores, uma ampla variedade de desejos e medos
inconscientes pode gerar problemas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
A ORIGEM DO SONHO<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Freud descobriu que os sonhos
eram uma resposta a algo que o sonhador vivenciara no dia anterior. Alguma
cadeia de associações relacionadas àquele acontecimento (que pode ter sido um
pensamento ou um acontecimento de fato) conduziu a um desejo que tinha de ser
recalcado, por ser inaceitável para o sonhador. À medida que a censura relaxa
durante o sono, o desejo busca se expressar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
O QUE A CENSURA FAZ<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Freud chamou os acontecimentos
lembrados do sonho de seu <b><i>conteúdo manifesto</i></b>. O desejo oculto,
chamou de <b><i>conteúdo latente</i></b>. A <u>censura converte o conteúdo latente no
sonho manifesto, distorcendo-o</u>. Os principais processos pelos quais a
distorção é efetuada são a <b><i>condensação</i></b> e o <b><i>deslocamento</i></b>. O seguinte
estudo de caso é uma ilustração.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
Um cliente meu
sonhou que assistia a uma filmagem. Uma parelha de cavalos estava sendo
conduzida até a beira de um penhasco, com a intenção de forçá-los a pular para
a morte. Embora soubesse que era apenas um filme e que os animais estavam
completamente a salvo, o sonhador teve de virar o rosto quando a parelha se
aproximou da beira do precipício.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
A primeira
associação que ele fez foi de cavalos com "prostitutas".
(Observação: No original, a associação
foi de horses com whores)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
Então ele se
lembrou de uma conversa telefônica com um velho amigo, que ocorrera no dia do
sonho. Muitos anos antes, ele e esse amigo tinham conseguido dinheiro para
pagar a faculdade trabalhando como "parceiros de dança" a bordo de um
cruzeiro. No telefonema do dia anterior, o amigo, relembrando, havia dito:
"Não passávamos de uma dupla de prostitutas, não é mesmo?"<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
Ambos haviam
desfrutado as viagens e o fato de serem tirados para dançar. Meu cliente
lembrou que, em um dos cruzeiros, seu amigo quebrara a regra fundamental e
dormira com uma passageira muito atraente. Ele tinha muita inveja da coragem
rebelde do seu amigo e, acima de tudo, da sua invejável experiência sexual.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Suas associações em relação ao
aparente, mas irreal, perigo que os cavalos corriam:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
Parece que os
cavalos são vítimas de abusos e assassinatos. Tenho certeza que na verdade eles
são estrelas mimadas do cinema. Penso que o mesmo acontece com algumas
prostitutas de classe alta. Todos têm pena delas e pensam nelas como
dependentes de drogas maltratadas e desamparadas. Mas imagino que algumas delas
levam uma vida maravilhosa - de um luxo preguiçoso, imersas no mundo do sexo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu lhe disse que ele parecia
estar com inveja.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sabe de uma coisa, acho que estou
mesmo. Estou realmente farto desta vida burguesa que preparei para mim. Acho
que tenho uma fome secreta pelo submundo, pelos bas-fonds. Adoraria ser uma
prostituta. Adoraria ser uma prostituta sofisticada, como éramos no navio, só
que eu dormiria com os passageiros e seria bem pago. Eu seria bem pago, mas a
recompensa mais importante seria o interminável sexo-sem-responsabilidade.
Estou totalmente farto das minhas responsabilidades burguesas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pararemos por aqui em relação ao
andamento desse sonho. Como a maioria dos sonhos, este contém todo um nexo de
significados, dos quais descobrimos apenas alguns poucos. Alguns psicanalistas
afirmaram seriamente, pelo menos em parte, que se entendêssemos totalmente um
sonho qualquer de um determinado paciente, entenderíamos a análise inteira.
Confesso que fico feliz quando meu cliente e eu trabalhamos juntos um
significado útil para um sonho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No sonho relatado, o resíduo
diurno gerador é a conversa telefônica do cliente com seu amigo e suas últimas
observações sobre eles serem prostitutas. O conteúdo latente é o desejo do
cliente de se eximir das suas responsabilidades e encontrar um paraíso sexual.
"Prostitutas" é deslocado para cavalos. Toda uma saga é condensada
numa única imagem, onde ele assiste à filmagem de uma breve cena de cinema.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Está longe de ser óbvio que a
maioria dos sonhos representa desejos. No entanto, após interpretar inúmeros
sonhos seus e dos seus clientes, Freud estava convencido de que a realização do
desejo caracteriza todos os sonhos. Seus críticos o desafiaram, citando os
sonhos ansiosos e os sonhos punitivos. Ele podia facilmente lidar com esses
últimos, uma vez que o superego fora acrescentado ao seu sistema: os sonhos
punitivos representam a realização de um desejo do superego, uma de cujas
tarefas mais importantes é punir o seu anfitrião pelos desejos que considera
inaceitáveis. Os sonhos ansiosos deram mais trabalho a Freud, e, trinta anos
após a publicação original de <i>O mal-estar
na civilização,</i> ele ainda estava revisando o livro, lutando com o problema.
Hoje em dia, com cem anos de reflexão sobre a questão, provavelmente é seguro
dizer que, embora a teoria da realização do desejo seja muito útil para a
compreensão de um sonho, nenhuma fórmula única pode fazer justiça à riqueza da
nossa vida onírica. Consideraremos isso mais adiante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nos dias que antecederam a
elaboração deste capítulo, eu estivera inutilmente folheando livros e textos de
Freud, para encontrar um outro sonho ilustrativo adequado. Na noite antes de
começar a escrevê-lo, tive um sonho do qual me lembrei inusitadamente bem.
Quase nunca me lembro dos meus sonhos, portanto esse foi um presente inusual do
meu inconsciente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<i>Sou um jogador de um time de futebol
americano e estou dentro do vestiário, prestes a entrar em campo para começar a
jogar. O time é composto de homens e de mulheres. Todos estão vestidos com
roupas do dia-a-dia. Reconheço que as mulheres são ex-alunas minhas. Percebo
que deve haver mais de onze jogadores prestes a entrar em campo. Embora não
seja responsabilidade minha sou apenas um jogador do time-, assumo o dever de
contá-los, enquanto penso: "Cadê o assistente do treinador, que deveria
ser responsável por isso?" Começo a contar cabeças em voz alta, e Mimi
Rollins começa a enunciar números aleatórios em voz alta, para me distrair.
Fico furioso e digo: "Isso é uma grosseria, e, além do mais, não é
engraçado; é uma estupidez." Pronuncio a última palavra com tal ênfase,
que ela me soa desnecessariamente agressiva, dada a banalidade do deslize de
Mimi.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acordei satisfeito e grato por
ter tido esse sonho necessitado. Então me pus a explorar minhas associações.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
Vi Mimi na
semana passada. Ela parecia estar bem. Contar os jogadores é como contar as
cadeiras, antes de os alunos chegarem para a minha aula. Algumas vezes,
enquanto as desempilho e as conto, digo para mim mesmo que realmente não acho
ser essa uma atribuição do instrutor, mas sempre a exerço, de qualquer modo.
Arrependo-me de não ter levado adiante minha carreira de jogador de futebol
americano na faculdade. Considero agora que foi um erro ter parado. Acho as
garotas da equipe atraentes. O que eu disse para Mimi é uma desagradável
paráfrase de uma frase de um dos meus filmes prediletos, dita pela personagem
de Debra Winger, em Shadowlands, para nocautear um trouxa mulherengo:
"Você está tentando ser grosseiro ou não passa de um estúpido?" Mimi
Rollins me conduz a Mimi, da ópera La Boheme. Penso nos meus amigos Bill e
Sarah, e no tempo em que Bill adorava ópera e discos de ópera, e eles eram
fascinados por Pavarotti. Naquela época, Bill e Sarah eram em grande medida meu
pai e minha mãe. Eles me davam de comer e tomavam conta de mim, e certamente me
amavam muito. Eu adorava ficar na casa deles. Depois do falecimento de Sarah,
tudo isso mudou. A minha figura maternal se fora, e as circunstâncias da minha
vida haviam mudado, de modo que eu ia à cidade de Bill e Sarah com menor
freqüência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Minha interpretação:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
Conformar-me-ei
com apenas uma das possíveis interpretações. À medida que reflito sobre o sonho
e as associações, o sonho me parece revelar um poderoso anseio inconsciente de
ser cuidado, de ser uma criança dependente. Em minha vida consciente, sou
compulsivamente responsável e cuidadoso. O sonho diz que tenho muita raiva de
assumir esse papel. Meu pai faleceu quando eu tinha treze anos, e minha mãe
fechou-se em sua dor, deixando-me bastante sozinho por alguns anos. Quando por
fim ela apareceu, foi mais como sedutora do que como cuidadora. Há muito sei
que isso foi psicologicamente custoso, mas meu conhecimento é meramente
intelectual. A intensidade do anseio com o qual essas perdas me deixaram e a
raiva por ter sido abandonado pegaram-me de surpresa, quando interpretei o
sonho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
SIMBOLISMO ONÍRICO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desde o começo do seu trabalho
com os sonhos, Freud estava interessado nos símbolos oníricos. Por exemplo, um
rei e uma rainha em um sonho representam os pais do sonhador; o príncipe ou a
princesa, o sonhador. Freud passou a ter a convicção de que os símbolos,
particularmente os símbolos sexuais, podiam ser fidedignamente interpretados e
podiam elucidar o conteúdo latente do sonho. Ele compreendeu o perigo: ao
interpretar os símbolos, o intérprete corre o risco de impor suas fantasias
sobre o sonhador; por outro lado, as interpretações geradas pela livre
associação do sonhador pareciam mais confiáveis. Entretanto, Freud passou a
acreditar que, apesar dos riscos, o modo mais poderoso de interpretar um sonho
era combinar a livre associação do sonhador com o conhecimento a respeito de
símbolos universais do intérprete.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na primeira edição de <i>A interpretação dos sonhos</i>, havia muito
pouca menção ao simbolismo. Em cada uma das duas edições seguintes, Freud deu
maior atenção a esse assunto. Na quarta edição, havia uma seção inteira
dedicada a ele, um tópico que Freud estudara a fundo e pelo qual se interessava
muito. Seus escritos sobre o simbolismo revelam uma certa ambivalência. Por um
lado, como estava preocupado em que a psicanálise não fosse vista como
excêntrica ou ocultista, encontrava-se extremamente relutante, temendo dar a
impressão de que estava escrevendo um novo "livro dos sonhos". No
tempo de Freud, como no nosso, havia livros que ensinavam o leitor a
interpretar um sonho de modo a obter dele um conselho específico. O conselho
poderia ser sobre amor ou negócios, ou praticamente sobre qualquer assunto;
incluía previsões específicas sobre os resultados de um determinado
empreendimento. Isso era feito por intermédio da tradução de certos símbolos.
Por exemplo, em um desses livros, sonhar com uma carta significava perigo à
frente. Funeral significava noivado. Se o sonho contivesse tanto uma carta
quanto um funeral, o sonhador era instruído a juntar os dois símbolos e antever
problemas para o noivado de alguém. Em certas subculturas americanas, esses
livros ainda são comuns. Freqüentemente, eles trazem recomendações a respeito
de decisões de jogo, embora, como os livros do século XIX, também forneçam
conselhos para a vida. Ao menos desde a época de Freud, a maioria das pessoas
educadas e certamente todos os cientistas avaliam que esses livros não passam
de bobagens supersticiosas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Freud estava ansioso por evitar
qualquer alusão de que estivesse escrevendo mais um desses livros. Por outro
lado, quanto mais ele estudava os símbolos nos sonhos, no folclore, nos dia
letos populares e nas brincadeiras, mais se convencia de que tinha razão em
conferir significado, particularmente significado sexual, aos símbolos
oníricos. Objetos alongados referiam-se ao genital masculino; objetos rasos e
receptivos, ao genital feminino e ao aparelho reprodutor; e subir degraus ou
escadas, ao intercurso sexual.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Freud observou que não é difícil
perceber como escalar pode representar copulação. Assinalou que, na escalada,
chegamos ao topo em uma série de movimentos rítmicos, há uma crescente falta de
ar e, depois, com alguns pulos ligeiros, chegamos embaixo mais uma vez. O
padrão rítmico da copulação é reproduzido na subida da escada. <b>(3)</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A interpretação dos sonhos
começou a incluir cuidadosa atenção às associações do sonhador, assim como uma
cautelosa interpretação dos símbolos oníricos feita pelo analista.
"Cautelosa" quer dizer que, embora os símbolos parecessem possuir um
significado universal, ainda era importante prestar cuidadosa atenção ao
contexto no qual o símbolo aparecia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nos dias que se sucederam à escrita
da primeira parte deste capítulo, procurei exemplos de Freud sobre simbolismo
onírico, mas não fiquei satisfeito com nenhum que encontrei. Então, meu
inconsciente me favoreceu mais uma vez com um sonho relevante, este frouxamente
vinculado aos personagens de uma ópera muito conhecida, <i>A flauta mágica</i>, de Mozart. Nessa ópera, Sarastro é o arquétipo do
bom pai. Ele faz com que Tamino, o herói, e Pamina, a heroína, passem por
algumas perigosas provações de iniciação, mas somente porque quer que eles o
substituam como líderes da sua comunidade. Ele permite que Tamino toque a sua
flauta mágica protetora, à medida que este e Pamina passam pelas provações. A
ária principal de Sarastro diz respeito ao seu compromisso com o perdão e com a
rejeição da vingança.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
O sonho: estou
andando por um campo perto de um rio, quando um homem se aproxima e me pede
para ajudá-lo a consertar um complexo artefato composto de vários tipos de
metal. Começo a desmontá-lo, tirando pinos, esperando ser capaz de lembrar de
onde os tirei, quando chegar a hora de remontá-lo. Desmonto a maior parte dele
e trabalho numa pequena parte de ferro fundido, cujo desmonte é um
quebra-cabeça - uma parte tem de ser deslocada de um modo especial para que a
outra parte se solte. Enquanto trabalho nessa parte, compreendo que estamos
fazendo isso por Sarastro e vejo perto de nós a sua bandeira, que tem o formato
de um chapéu cônico. Espero e escuto, esperando ouvir a grande ária de Sarastro
sair da bandeira. Então compreendo que, quando era menino, Sarastro me levou
para passear pelos campos nas proximidades. Consigo terminar de desmontar a
parte restante, todas as peças caem no chão, e eu acordo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
Associações: A
flauta mágica não é um símbolo fálico qualquer, mas um símbolo de um poderoso
falo. A manipulação do quebra-cabeça é a masturbação. Sarastro fez a flauta
mágica de uma árvore da floresta durante, creio, uma tempestade. Sarastro, o
pai cuidador definitivo, é um amoroso líder filosófico que não acredita em
vingança. Ele voluntariamente entrega sua flauta (= pênis) a Tamino e protege
Pamina da mãe tenebrosa. Quando eu era menino, um dos meus verdadeiros pavores
nos tempos que se seguiram à morte do meu pai era que agora não havia nada me
separando da minha mãe. Tentei me trancar em um quarto, para evitar sua
histeria. Conscientemente, para evitar sua histeria, e inconscientemente, estou
certo, para evitar a súbita proximidade edipiana. Muitas vezes, minha mãe me
parecia tenebrosa e perigosa. Gosto que me peçam ajuda. Sempre ajudo. Faz parte
da necessidade de ser responsável. Tenho certeza que é um redutor da culpa e
talvez da vergonha. Lembrome de certa vez em que estava dirigindo e me sentia
chateado por algum ou outro motivo, quando o motorista de um carro me parou e
me pediu informações, que eu pude fornecer. Meu humor melhorou
consideravelmente depois disso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como em todos os sonhos, existem
muitos significados que podem ser atribuídos. Adiante, uma possível
interpretação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
Anseio por um
pai que apoiará, em vez de desaprovar, a minha sexualidade: masturbação
infantil e heterossexualidade adulta. Anseio por um pai que entusiasmadamente
me tornará o herdeiro do seu poder fálico, um pai que perdoará de fato minha
rivalidade, hostilidade e eventual (amargo) triunfo edipiano. Anseio por um pai
que me protegerá da minha mãe tentadora e perigosa. Se eu for uma pessoa útil,
talvez isso faça com que ele esteja mais disposto a me perdoar e apoiar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Está claro por que Freud
considerava que a interpretação dos sonhos era uma ferramenta de importância
crucial no tratamento da neurose. A neurose é causada por um conflito
inconsciente. Como esse conflito deve ser descoberto e revelado ao paciente?
Embora fosse esperado que as livres associações do paciente sobre outras
questões que não os sonhos revelassem muito a respeito do conflito, para Freud
parecia haver apenas um caminho correto, "a estrada soberana":
interpretação dos sonhos.<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
O ESTADO ATUAL DA
INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um século após a publicação de <i>A interpretação dos so</i>nhos, a relação
entre a psicanálise e a interpretação dos sonhos mudou amplamente. Muitos
psicanalistas não mais consideram esta última um componente central do seu
trabalho. O psicanalista Paul Lippman escreve que, exceto os seguidores de C.
G. Jung, que continuam a enfatizar o trabalho com os sonhos, o caso de amor do
analista com os sonhos parece ter acabado <b>.(4)</b>
Ele atribui este fato às mudanças teóricas ocorridas, inclusive, por incrível
que pareça, uma gradual redução da ênfase na revelação do inconsciente. Isso
está associado com um movimento em direção a um tipo de terapia relacional, na
qual o relacionamento entre o terapeuta e o cliente é examinado não tanto para
revelar o inconsciente, mas para substituir essa revelação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lippman também atribui uma outra
causa a esse afastamento dos sonhos. Ele diz que os analistas sempre foram
ambivalentes quanto a trabalhar com sonhos. E assinala que Freud nos ensinou a
interpretar os sonhos. Isso implicava uma obrigação de superar a censura
onírica e solucionar o enigma onírico. Algumas vezes, freqüentemente de fato, a
censura vence, forçando o analista a se retirar confuso ou encontrar um jeito
de culpar o sonhador. Isso pode acabar fazendo com que o analista se sinta
desconcertado e confuso. Não é surpresa, diz Lippman, que os analistas tenham
ficado aliviados por terem uma boa razão para se libertar do fardo da
interpretação dos sonhos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lippman acrescenta uma
interessante especulação. Vivemos em uma época em que a cultura está se
afastando do mundo natural em direção a um mundo virtual. Aparentemente, as telas
externas estão se tornando mais interessantes para nós do que as internas. Os
sonhos talvez sejam a mais interna de todas, de modo que o fato de os
terapeutas psicodinâmicos estarem se afastando dos sonhos pode ser uma
expressão da propagação do âmbito do mundo eletrônico.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acredito que, para muitos
psicoterapeutas das profundezas, o afastamento da interpretação dos sonhos não
implica uma diminuição do interesse no processo inconsciente do cliente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Embora alguns terapeutas
relacionais estejam se afastando de uma ênfase na revelação do inconsciente do
cliente, isso não e de modo algum verdadeiro para todos eles. Merton Gill. <b>(5)</b> o pai da terapia relacional, e
Heinz Kohut<b>, (6)</b> fundador da escola
da <i>psicologia do</i> <i>self</i>, estavam ambos firmemente convencidos da importância de trazer
à superfície as raízes antigas e encobertas dos problemas existenciais do
cliente. Muitos dos seus descendentes contemporâneos ainda se mantêm
comprometidos com isso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Freud estava tão convicto de
serem os sonhos a estrada soberana para o inconsciente, que certamente ficaria
entristecido de ver a interpretação dos sonhos desaparecer da atual tendência
da prática clínica. Mas ocorre que os sonhos não são de modo algum a única
estrada soberana, e talvez não sejam nem mesmo a mais confiável. Há muito que
se aprender sobre os processos inconscientes do cliente, atentando para os
detalhes de suas histórias, dos padrões sutis de suas vidas e dos modos como
constroem a relação com o terapeuta.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entretanto, os terapeutas
psicodinâmicos provavelmente se precipitaram ao se afastarem dos sonhos. A
reflexão sobre eles enriquece a nossa vida e o nosso trabalho clínico. É
lamentável, como diz Lippman, que os psicanalistas tenham desenvolvido a
compreensão equivocada de que cada sonho encobre um significado ao qual se deve
chegar rapidamente, para que o analista pareça competente. Isso faz com que
tanto o sonhador quanto o ouvinte se afastem rapidamente demais do sonho em si.
Há muito proveito em ponderar ludicamente sobre as imagens manifestas. No primeiro
sonho descrito linhas atrás, eu poderia ter gasto mais tempo no jogo de futebol
e no meu arrependimento por ter abandonado a carreira de jogador universitário.
Poderia ter explorado meus sentimentos a respeito de trabalhar cercado de
muitas mulheres atraentes. Minha atração pelos versos de Shadowlands parece
muito promissora. A interpretação a que cheguei é sem dúvida reveladora e
proveitosa, mas pode ser apenas o começo de uma escavação das riquezas do
sonho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É improvável que a interpretação
dos sonhos venha a ocupar novamente um lugar central na psicoterapia profunda,
exceto naquela praticada pelos junguianos. Para eles, a estrada soberana conduz
a mais do que apenas o inconsciente individual do paciente. Como acreditam que
todos compartilhamos um "inconsciente coletivo" universal, eles vêem
o simbolismo onírico como indício necessário dos aspectos desse inconsciente
coletivo, que estão influenciando o paciente agora<b>.(7)</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar de muitos terapeutas
não-junguianos se afastarem da interpretação dos sonhos, parece provável que
sempre haverá terapeutas psicodinâmicos de todas as escolas que continuarão
fascinados pelos sonhos e considerarão produtivo trabalhar com eles. Talvez os
sonhos não sejam a estrada soberana para o inconsciente, ou pelo menos não a única.
Entretanto, contêm riquezas significativas. Quando um sonho (nosso ou do
cliente) é explorado, menos como um código desafiador e mais como um poderoso
poema pessoal, explorado ludicamente e sem uma preocupação específica pelo seu
significado, pode ser esclarecedor e enriquecedor.<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 7.2pt; mso-outline-level: 1; tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: center;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">4. Freud: A
consciência pode conhecer tudo? - </span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Marilena Chauí<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 7.2pt; tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: center;">
<i>(Fonte: </i>Filosofia<i>, Ed. Ática, São Paulo, ano 2000, pág. 83-87)<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 7.2pt; tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: justify;">
Freud
escreveu que, no transcorrer da modernidade, os humanos foram feridos três
vezes e que as feridas atingiram o nosso <b>narcisismo</b>,
isto é, a bela imagem que possuíamos de nós mesmos como seres conscientes
racionais e com a qual, durante séculos, estivemos encantados. Que feridas foram essas?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: justify;">
A primeira
foi a que nos infligiu Copérnico, ao provar que a Terra não estava no centro
do Universo e que os homens não eram o
centro do mundo. A segunda foi causada
por Darwin, ao provar que os homens descendem de um primata, que são apenas um
elo na evolução das espécies e não seres especiais, criados por Deus para
dominar a Natureza. A terceira foi
causada por Freud com a psicanálise, ao mostrar que a consciência é a menor
parte e a mais fraca de nossa vida psíquica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
Na obra <i>Cinco ensaios sobre a psicanálise, </i>Freud
escreve:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 14.4pt; tab-stops: 14.4pt 28.8pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 28.8pt; tab-stops: 14.4pt 28.8pt; text-align: justify;">
"A
Psicanálise propõe mostrar que o Eu não somente não é senhor na sua própria
casa, mas também está reduzido a contentar-se com informações raras e
fragmentadas daquilo que se passa fora da consciência, no restante da vida
psíquica... A divisão do psíquico num psíquico consciente e num psíquico
inconsciente constitui a premissa fundamental da psicanálise, sem a qual ela
seria incapaz de compreender os processos patológicos, tão freqüentes quanto
graves, da vida psíquica e fazê-los entrar no quadro da ciência... A
psicanálise se recusa a considerar a consciência como constituindo a essência
da vida psíquica, mas nela vê apenas uma qualidade desta, podendo coexistir com
outras qualidades e até mesmo faltar. "<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt 28.8pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;">
<b>A psicanálise - </b>Freud era médico
psiquiatra. Seguindo os médicos de sua
época, usava a hipnose e a sugestão no tratamento dos doentes mentais, mas
sentia-se insatisfeito com os resultados obtidos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
Certa vez,
recebeu uma paciente, <i>Ana O.,</i> que
apresentava<i> sintomas de histeria, </i>isto
é,<i> </i>apresentava distúrbios físicos
(paralisias, enxaquecas, dores de estômago) sem que houvesse causas físicas
para eles, pois eram manifestações corpo<i>rais
</i>de problemas psíquicos<i>. </i>Em lugar de usar a hipnose e a sugestão,
Freud usou um procedimento novo: fazia com que Anna relaxasse num <i>divã </i>e falasse. Dizia a ela palavras
soltas e pedia-lhe que dissesse a primeira palavra que lhe viesse à cabeça ao
ouvir a que ele dissera - posteriormente, Freud denominaria esse procedimento
de "técnica de associação livre".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Freud percebeu que, em certos
momentos, Anna reagia a certas palavras e não pronunciava aquela que lhe viera
à cabeça, censurando-a por algum motivo ignorado por ela e por ele. Notou
também que, em outras ocasiões, depois de fazer a associação livre de palavras,
Anna ficava muito agitada e falava muito. Observou que, certas vezes, algumas
palavras a faziam chorar sem motivo aparente e, outras vezes, a faziam
lembrar-se de fatos da infância, narrar um sonho que tivera na noite anterior.
Pela conversa, pelas reações da paciente, pelos sonhos narrados e pelas
lembranças infantis, Freud descobriu que a vida consciente de Anna era
determinada por uma vida inconsciente, que tanto ela quanto ele desconheciam.
Compreendeu também que somente interpretando as palavras, os sonhos, as
lembranças e os gestos de Anna chegaria a essa vida inconsciente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
Freud descobriu,
finalmente, que os sintomas histéricos tinham três finalidades: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l2 level1 lfo1; tab-stops: 14.4pt list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><i>1.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal;"> </span></i><!--[endif]--><i>contar indiretamente aos outros e a si mesma
os sentimentos inconscientes;<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l2 level1 lfo1; tab-stops: 14.4pt list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><i>2.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal;"> </span></i><!--[endif]--><i>punir-se por ter tais sentimentos;<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l2 level1 lfo1; tab-stops: 14.4pt list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->3.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]--><i>realizar, pela
doença e pelo sofrimento, um desejo inconsciente intolerável.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
Tratando de
outros pacientes, Freud descobriu que, embora conscientemente quisessem a cura,
algo neles criava uma barreira, uma resistência inconsciente à cura. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
Por quê? Porque os pacientes sentiam-se interiormente
ameaçados por alguma coisa dolorosa e temida, algo que haviam penosamente
esquecido e que não suportavam lembrar. Freud descobriu, assim, que o
esquecimento consciente operava simultaneamente de duas maneiras:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l6 level1 lfo2; tab-stops: 14.4pt list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><i>1.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal;"> </span></i><!--[endif]--><i>como resistência à terapia; <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l6 level1 lfo2; tab-stops: 14.4pt list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->2.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]--><i>sob a forma da
doença psíquica, pois o inconsciente não esquece e obriga o esquecido a
reaparecer sob a forma dos sintomas da neurose e da psicose.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
Desenvolvendo
com outros pacientes e consigo mesmo esses procedimentos e novas técnicas de
interpretação de sintomas, sonhos, lembranças, esquecimentos, Freud foi criando
o que chamou de análise da vida psíquica ou psicanálise, cujo objeto central
era o estudo do inconsciente e cuja finalidade era a cura de neuroses e
psicoses, tendo como método a interpretação e como instrumento a linguagem
(tanto a linguagem verbal das palavras quanto a linguagem corporal dos sintomas
e dos gestos).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;">
<b>A vida psíquica - </b>Durante toda sua
vida, Freud não cessou de reformular a teoria psicanalítica, abandonando alguns
conceitos, criando outros, abandonando algumas técnicas terapêuticas e criando
outras. Não vamos, aqui, acompanhar a
história da formação da psicanálise, mas apresentar algumas de suas principais
idéias e inovações.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt 28.8pt; text-align: justify;">
A vida
psíquica é constituída por três instâncias, duas delas inconscientes e apenas
uma consciente: o <b>id, </b>o <b>superego </b>e o <b>ego </b>(ou o <b>isso</b>, o <b>super-eu </b>e o <b>eu). </b>Os dois primeiros são
inconscientes; o terceiro, <u>consciente.</u> (<b><u>observação importante do prof. Laerte</u>: </b>tem também o aspecto
inconsciente manifestado por exemplo pelos mecanismos de defesa)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt 28.8pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: justify;">
O <i>id</i> é formado por instintos, impulsos
orgânicos e desejos inconscientes, ou seja, pelo que Freud designa como <b>pulsões.
</b>Estas são regidas pelo <b>princípio
do prazer</b>, que exige satisfação imediata.
O <b>id</b> é a energia dos instintos
e dos desejos em busca da realização desse
princípio do prazer. É a <b>libido.
<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: justify;">
Instintos,
impulsos e desejos, em suma, as pulsões, são de natureza sexual e <u>a
sexualidade não se reduz ao ato sexual genital, mas a todos os desejos que
pedem e encontram satisfação na totalidade de nosso corpo.<o:p></o:p></u></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 7.2pt 21.6pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
Freud descobriu
três fases da sexualidade humana que se diferenciam pelos órgãos que sentem
prazer e pelos objetos ou seres que dão prazer. Essas fases se desenvolvem
entre os primeiros meses de vida e os 5 ou 6 anos, ligadas ao desenvolvimento
do id:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l5 level1 lfo3; tab-stops: 14.4pt list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->1.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]-->a <b>fase oral, </b>quando
o desejo e o prazer localizam-se primordialmente na boca e na ingestão de
alimentos e o seio materno, a mamadeira, a chupeta, os dedos são objetos do
prazer;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l5 level1 lfo3; tab-stops: 14.4pt list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->2.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]-->a <b>fase anal, </b>quando
o desejo e o prazer localizam-se primordialmente nas excreções e as fezes,
brincar com massas e com tintas, amassar barro ou argila, comer coisas
cremosas, sujar-se são os objetos do prazer;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l5 level1 lfo3; tab-stops: 14.4pt list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->3.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]-->e a <b>fase genital
</b>ou <b>fase fálica, </b>quando o desejo
e o prazer localizam-se primordialmente nos órgãos genitais e nas partes do
corpo que excitam tais órgãos. Nessa fase, para os meninos, a mãe é o objeto do
desejo e do prazer; para as meninas, o pai.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
No centro do <b>id</b>, determinando toda a vida psíquica,
encontra-se o que Freud denominou de <b>complexo
de Édipo, </b>isto é, o desejo incestuoso pelo pai ou pela mãe. É esse o desejo
fundamental que organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de
nossas vidas. O <b>superego</b>, também
inconsciente, é a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao <b>id</b>, impedindo-o de satisfazer
plenamente seus instintos e desejos. É a repressão, particularmente a sexual.
Manifesta-se à consciência indiretamente, sob a forma da moral, como um
conjunto de interdições e de deveres, e por meio da educação, pela produção da
imagem do "eu ideal" isto é, da pessoa moral, boa o virtuosa. O <b>superego</b> ou censura desenvolve-se num
período que Freud designa como <b>período
de latência, </b>situado entre os 6 ou 7 anos e o início da puberdade ou
adolescência. Nesse período, forma-se nossa personalidade moral e social, de
maneira que, quando a sexualidade genital ressurgir, estará obrigada a seguir o
caminho traçado pelo superego. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O <b>ego </b>ou o <b>eu</b> é a
consciência (<i><u>observação do prof.
Laerte</u>: mas também marcado pelo inconsciente</i>), pequena parte da vida
psíquica, submetida aos desejos do <b>id</b>
e à repressão do <b>superego</b>. Obedece
ao <b>princípio da realidade, </b>ou seja,
à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao <b>id</b> sem transgredir as exigências do
superego. O <b>ego</b>, diz Freud, é
"um pobre coitado", espremido entre três escravidões:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l8 level1 lfo4; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->1.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]-->os desejos insaciáveis do <b>id</b>,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l8 level1 lfo4; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->2.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]-->a severidade repressiva do <b>superego</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l8 level1 lfo4; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->3.<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]-->e os perigos do mundo exterior.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por esse motivo, a forma
fundamental da existência para o <b>ego</b>
é a <b>angústia. </b>Se se submeter ao <b>id</b>, torna-se imoral e destrutivo; se se submeter ao <b>superego</b>, enlouquece de desespero, pois
viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter à realidade do mundo,
será destruído por ele. Cabe ao <b>ego</b>
encontrar caminhos para a angústia existencial. Estamos divididos entre o <b>princípio do prazer</b> (que não conhece
limites) e o <b>princípio da realidade</b>
(que nos impõe limites externos e internos).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao <b>ego-eu</b>, ou seja, à consciência, é dada uma função dupla: ao mesmo
tempo <b>recalcar </b>o <b>id</b>, satisfazendo o <b>superego</b>, e satisfazer o <b>id</b>,
limitando o poderio do <b>superego</b>. <u>A
vida consciente normal é o equilíbrio encontrado pela consciência para realizar
sua dupla função. </u>A loucura (neuroses e psicoses) é a incapacidade do <b>ego</b> para realizar sua dupla função,
seja porque o <b>id</b> ou o <b>superego</b> são excessivamente fortes,
seja porque o <b>ego</b> é excessivamente
fraco.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O inconsciente, em suas duas
formas, está impedido de manifestar-se diretamente à consciência, mas consegue
fazê-lo indiretamente. A maneira mais
eficaz para a manifestação é a substituição, isto é, o inconsciente oferece à
consciência um substituto aceitável por ela e por meio do qual ela pode
satisfazer o <b>id </b>ou o <b>superego</b>. Os substitutos são imagens
(isto é, representações analógicas dos objetos do desejo) e formam o imaginário
psíquico, que, ao ocultar e dissimular o verdadeiro desejo, o satisfaz
indiretamente por meio de objetos substitutos (a chupeta e o dedo, para o seio
materno; tintas e pintura ou argila e escultura para as fezes, uma pessoa amada
no lugar do pai ou da mãe).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Além dos substitutos reais
(chupeta, argila, pessoa amada), o imaginário inconsciente também oferece
outros substitutos, os mais freqüentes sendo os sonhos, <u>os lapsos</u> e os <u>atos
falhos</u>. Neles, realizamos desejos inconscientes, de natureza sexual. São a
satisfação imaginária do desejo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<u>Alguém sonha, por exemplo, que
sobe uma escada, está num naufrágio ou num incêndio. Na realidade, sonhou com
uma relação sexual proibida.</u> Alguém quer dizer uma palavra, esquece-a ou se
engana, comete um lapso e diz uma outra que nos surpreende, pois nada tem a ver
com aquela que se queria dizer. Realizou
um desejo proibido. Alguém vai andando por uma rua e, sem querer, torce o pé e
quebra o objeto que estava carregando. Realizou um desejo proibido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A vida psíquica dá sentido e
coloração afetivo sexual a todos os objetos e a todas as pessoas que nos
rodeiam e entre os quais vivemos. Por isso, sem que saibamos por que, desejamos
e amamos certas coisas e pessoas, odiamos e tememos outras. As coisas e os
outros são investidos por nosso inconsciente com cargas afetivas de libido. É
por esse motivo que<b> </b>certas coisas,
certos sons, certas cores, certos animais, certas situações nos enchem de
pavor, enquanto outros nos enchem de bem-estar, sem que o possamos
explicar. A origem das simpatias e
antipatias, amores e ódios, medos e prazeres está em nossa mais tenra infância,
em geral nos primeiros meses e anos de nossa vida, quando se formam as relações
afetivas fundamentais e o <b>complexo de
Édipo</b>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa dimensão imaginária de nossa
vida psíquica - substituições, sonhos, lapsos, atos falhos, prazer e desprazer
com objetos e pessoas, medo ou bem-estar com objetos ou pessoas - indica que os
recursos inconscientes para surgir indiretamente à consciência possuem dois
níveis: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l7 level1 lfo5; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->-<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]-->o nível do <b>conteúdo
manifesto</b> (escada, mar e incêndio, no sonho; a palavra esquecida e a
pronunciada, no lapso; pé torcido ou objeto partido, no ato falho; afetos
contrários por coisas e pessoas)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l7 level1 lfo5; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->-<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]-->e o <b>nível do
conteúdo latente</b>, que é o conteúdo inconsciente real e oculto (os desejos
sexuais).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nossa vida normal se passa no
plano dos <b>conteúdos manifestos</b> e,
portanto, no imaginário. Somente uma
análise psíquica e psicológica desses conteúdos, por meio de técnicas especiais
(trazidas pela psicanálise), nos permite decifrar o <b>conteúdo latente</b> que se dissimula sob o conteúdo manifesto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
Além dos
recursos individuais cotidianos; que nosso inconsciente usa para manifestar-se,
e além dos recursos extremos e dolorosos usados na loucura (nela, os recursos
são os <b>sintomas), </b>existe um outro
recurso, de enorme importância para a vida cultural e social, isto é, para a
existência coletiva. Trata-se do que
Freud designa com o nome de <b>sublimação.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
Na <b>sublimação</b>, os desejos inconscientes
são transformados em uma outra coisa, exprimem-se pela criação de uma outra
coisa: as obras de arte, as ciências, a religião, a filosofia, as técnicas, as
instituições sociais e as ações políticas. Artistas, místicos, pensadores,
escritores, cientistas, líderes políticos satisfazem seus desejos pela
sublimação e, portanto, pela realização de obras e pela criação de instituições
religiosas, sociais, políticas, etc.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
Porém, assim
como a loucura é a impossibilidade do <b>ego</b>
para realizar sua dupla função, também a sublimação pode não ser alcançada e, em
seu lugar, surgir uma <b>perversão </b>social
ou coletiva, uma loucura social ou coletiva. O <u>nazismo</u> é um exemplo de
perversão, em vez de sublimação. A propaganda, que induz em nós falsos desejos
sexuais pela multiplicação das imagens de prazer, é outro exemplo de perversão
ou de incapacidade para a sublimação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
O inconsciente,
diz Freud, não é o subconsciente. <u>Este
é aquele grau da consciência como consciência passiva e consciência vivida
não-reflexiva, podendo tornar-se plenamente consciente. O inconsciente, ao
contrário, jamais será consciente diretamente, podendo ser captado apenas
indiretamente e por meio de técnicas especiais de interpretação desenvolvidas
pela psicanálise</u>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<u>A psicanálise
descobriu, assim, uma poderosa limitação às pretensões da consciência para
dominar e controlar a realidade e o conhecimento</u>. Paradoxalmente, porém,
nos revelou a <u>capacidade fantástica da razão e do pensamento para ousar
atravessar proibições e repressões e buscar a verdade, mesmo que para isso seja
preciso desmontar a bela imagem que os seres humanos têm de si mesmos</u>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
Longe de
desvalorizar a teoria do conhecimento, <u>a psicanálise exige do pensamento que
não faça concessões às idéias estabelecidas, à moral vigente, aos preconceitos
e às opiniões de nossa sociedade, mas que os enfrente em nome da própria razão
e do pensamento.<o:p></o:p></u></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 14.4pt; text-align: justify;">
A consciência é
frágil<u>, mas é ela que decide e aceita correr o risco da angústia e o risco
de desvendar e decifrar o inconsciente</u>. Aceita e decide enfrentar a
angústia para chegar ao conhecimento de que somos um caniço pensante, como
disse o filósofo Pascal.<o:p></o:p></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-19434584908298832872016-03-26T21:10:00.001-07:002016-03-26T21:13:07.393-07:00<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline; widows: 1;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br class="Apple-interchange-newline" />ANALISE DO FILME FREUD ALÉM DA ALMA</strong></div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline; widows: 1;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://pedagogiaaopedaletra.com/wp-content/uploads/2011/06/freud_alem_alma_015b35d.jpg" style="-webkit-tap-highlight-color: rgb(255, 94, 153); border: 0px; color: #e40b3b; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; transition: background-color, color 0.2s linear; vertical-align: baseline;"><img alt="" class="size-full wp-image-5752 aligncenter" src="http://pedagogiaaopedaletra.com/wp-content/uploads/2011/06/freud_alem_alma_015b35d.jpg" height="211" style="border: 0px; display: block; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; height: auto !important; line-height: inherit; margin: 1em auto; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="freud_alem_alma_015b35d" width="300" /></a><br />O filme Freud além da alma ,</strong> retrata os momentos difíceis que Freud viveu no início de sua carreira de médico. É mostrado as descobertas de Freud com as próprias experiências pessoais do psicanalista e a teoria que desenvolveu sobre o Complexo de Édipo.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
Sigmund Freud começa o filme internando uma pessoa com histeria,(doença emocional psíquica) sem a concordância dos outros médicos. A histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais inconscientes surgem na forma dissociação mental ou como sintomas físicos. Na verdade, os sintomas histéricos podem se manifestar em homens e mulheres. Charcot, neurologista francês, que emprega a hipnose para estudar a histeria, demonstrou que idéias mórbidas podiam produzir manifestações físicas. Freud, em colaboração com Breuer, começou a pesquisar os mecanismos psíquicos da histeria e postulou em sua teoria que essa neurose era causada por lembranças reprimidas, Freud ganhou uma bolsa para estudar com Charcot em Paris. Logo na primeira oportunidade Freud vê Charcot fazer um teste com dois histéricos, onde através da hipnose ele faz com que os histéricos eliminem seus problemas causados por traumas e depois faz eles terem outros problemas de histeria, apenas dando ordens enquanto os mesmos estavam hipnotizados. Assim chegamos a conclusão que a hipnose, tanto cura como cria sintomas.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
Freud diz em palestra que a mente pode ser controlada pelo inconsciente e assim recebe o apoio do doutor Brauer que relata o caso de uma jovem que foi curada completamente através do transe hipnótico. Freud e Brauer conversam com a jovem hipnotizada, que conta relatos ao tempo que teve o trauma, em que seu cãozinho bebia água no copo.Depois de exteriorizar a sua irritação reprimida de nojo através de hipnose, pediu água, ela volta ao normal bebendo água, e podia ter um cão ao seu lado, o qual também tinha trauma por achá-lo temível.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
Nesta parte do filme foi retratado o <strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Método Catártico</strong>, no qual o paciente é induzido a hipnose, onde havia algo reprimido através da <strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">repressão</strong> da idéia por ser um evento traumático que inicialmente estava a nível consciente e vai para o inconsciente afetando a vida da pessoa através de um sintoma. Brauer convida Freud para trabalhar ao seu lado e Freud começa a trabalhar com os histéricos.<a href="http://pedagogiaaopedaletra.com/wp-content/uploads/2011/06/freudalemdaalma.jpg" style="-webkit-transition: background-color, color 0.2s linear; border: 0px; color: #e40b3b; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; transition: background-color, color 0.2s linear; vertical-align: baseline;"><img alt="" class="alignleft size-full wp-image-5754" src="http://pedagogiaaopedaletra.com/wp-content/uploads/2011/06/freudalemdaalma.jpg" height="300" style="border: 0px; display: block; float: left; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; height: auto !important; line-height: inherit; margin: 0.3em 1.571em 0.5em 0px; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="freudalemdaalma" width="200" /></a></div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
Freud se assusta com um jovem que diz em hipnose que matara o pai porque amava a própria mãe. Neste caso Freud pede ao jovem para que não se lembre de nada que tinha relatado durante a hipnose por esse caso mexer com ele por ele próprio não saber lidar com isso por ter o mesmo trauma – <strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“O Complexo de Édipo”.</strong> Começa a ter sonhos estranhos, aqui começa a pensar no significado dos sonhos para mais tarde criar a <strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Teoria dos Sonhos.</strong></div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
Devido a seu trauma, Freud diz que vai largar a terapia com hipnose, deixar de lado os “Estudos da Histeria. Mayers, doente, pede para que Freud recomece com seu estudo da histeria, diz que viveu uma vida inteira com problemas psicológicos, Devido à conversa com Mayers, Freud volta a ativa e tenta procurar o jovem que amava a mãe e descobre que ele morreu em um hospício”.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
Freud cria uma teoria sobre neurose, diz que esta teoria tem haver com todos os casos já tratados e que não era só o dele, esta teoria se baseia que todos os traumas são ligados a sexualidade, Freud pede para que Brauer o leve a uma paciente que segundo Brauer não tinha nenhum problema causado pela sexualidade, Brauer vê que Freud tinha razão e passa a acreditar na <strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“Teoria da sexualidade”</strong> como causa da histeria.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
A paciente que parecia estar curada volta a ter recaída, ela cria uma gravidez psicológica, Brauer chega da a ordem com ela em transe e sai rápido, Freud não entende e Brauer diz que ela está apaixonada por ele e que não vai continuar o tratamento, pois isso poder acabar com seu casamento, a mulher de Brauer já estava desconfiada. Nesta parte do filme podemos ver como acontece a<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">transferência,</strong> que na <strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> </strong>teoria psicanalítica é a projeção de sentimentos, conteúdos, em relação a alguma pessoa, no caso o terapeuta, onde o paciente cria fantasias, neste caso específico, a jovem transfere para Brauer a relação que tinha com o pai.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
O pai de Freud falece, e Freud não consegue entrar no cemitério, desmaia e tem um sonho amedrontador. Decide voltar ao cemitério novamente não consegue entrar e volta conversando com Brauer, tenta achar a ligação, tenta desvendar o que foi encoberto de pecado que seu pai fizera. Freud começa a tratar a jovem que Brauer descartara. Assim ele mudou de técnica onde as palavras saiam quase que inconscientemente, era o <strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">método da</strong> <strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Associação livre</strong>. Assim, as esperanças antes depositadas no método catártico da hipnose,</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
Freud tentava buscar saber em que ponto da história daquela jovem o trauma ocorreu, e cada vez mais ele via um trauma na infância, novamente tem o problema da repreensão sexual ter sido na infância. Freud segura uma pulseira da mãe em formato de cobra que o faz sonhar e volta a pensar em quando ele era criança e o que acontecerá para ele ter aquele colapso na frente do cemitério, se lembra dos sonhos e vê a figura da mãe, que o deixou sozinho em uma noite para ir dormir com seu pai, ele ficou frustrado e queria a mãe ali, do lado dele e não com seu pai, teve ciúmes da mãe e se sentiu culpado por achar que desonrou seu pai. A cobra simbolizava a sexualidade. Ela lê o diário que era dos tempos de seu estudo Freud lembra que havia escrito uma vez: “o falso é às vezes a verdade de cabeça para baixo”, ele começa a repensar tudo que havia visto antes, que a pessoa podia mentir ou criar uma situação falsa e no inverso disto estar a realidade, quando a jovem dizia que seu pai a molestou, na verdade ela queria possuir seu próprio pai, seria uma fantasia que ela levou com ela para fase adulta sem saber administrar e que se tornou um trauma, então Freud começa a mudar sua teoria, pois em sua investigação na prática clinica sobre as neuroses, descobriu que a grande maioria de pensamentos e desejos reprimidos referiam-se de conflito de ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida. As descobertas colocam a sexualidade no centro da vida psíquica e é desenvolvido o segundo conceito mais importante da teoria psicanalítica: a sexualidade infantil, que são: 1. A função sexual existe desde o princípio de vida, logo após o nascimento e não só a partir da puberdade como afirmavam as idéias dominantes. 2. O período da sexualidade é longo e complexo até chegar a sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e de obtenção de prazer podem estar associadas, tanto no homem como na mulher. 3. A libido, nas palavras de Freud, é a “energia dos instintos sexuais e só dele.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
Freud conversa com a mãe da jovem e ele diz que teve vontade de matar a filha, mas só quando ela estava dentro do seu ventre, pois ela era dançarina de cabaré e o seu esposo depois que a engravidou nunca mais a tocou e só saia com as prostitutas. Nota-se que existe uma competição entre mãe e filha pela atenção e cuidados do pai.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
Conversando com Brauer, que acha muito difícil por na cabeça dos outros médicos a idéia de que a teoria seria invertida, do sexualismo adulto se tornar o sexualismo infantil, e Brauer pede para Freud retirar este capitulo do livro, Freud não se entrega e diz que vai seguir sozinho de agora em diante e que vai expor a teoria da sexualidade na infância ao conselho de médicos.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
No conselho, Freud começa a expor, frisando como “A Idade da Inocência”, que a criança não tem consciência sexual. Neste momento todos os médicos começam a ironizar as suas palavras e alguns médicos se retiram do recinto. Freud continua a falar mesmo assim, diz que a criança tem um desejo, a mãe, e tem um concorrente, o pai, a criança passa a se ver de frente com um rival, o desejo da criança passa a ser corroído, se transformando em ódio e amor, cita Édipo, que matou o pai e casou-se com a mãe, foi punido (reprimido) e ficou vagando pela vida sem um lar. Sobre o Complexo de Édipo, Freud explica aos médicos que o amor de uma filha pelo pai é o máximo em erotismo infantil, que cada ser humano tem este desafio, de se confrontar com o seu complexo e de supera-lo, se conseguir superar se torna um ser humano completo, Nesta fala de Freud podemos perceber o conceito das fases do desenvolvimento sexual, que são as seguintes:</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Fase oral</strong> a zona de erotização é a boca e o prazer ainda está ligado à ingestão de alimentos e à excitação dos lábios e da cavidade bucal. Objetivo sexual consiste na incorporação do objeto.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Fase anal</strong> a zona de erotização é o ânus e o modo de relação do objeto é de “ativo” e “passivo”.Este controle é uma nova fonte de prazer. Acontece entre <strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">2 e 5 anos o complexo de Édipo</strong>, e é em torno dele que ocorre a estruturação da personalidade do indivíduo.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Fase fálica</strong> – a zona de erotização é o órgão sexual. Apresenta um objeto sexual e alguma convergência dos impulsos sexuais sobre esse objeto. No caso do menino, a fase fálica se caracteriza por um interesse que ele tem pelo próprio pênis em contraposição à descoberta da ausência de pênis na menina. Na menina esta constatação determina o surgimento da “inveja do pênis” e o conseqüente ressentimento para com a mãe “porque esta não lhe deu um pênis, o que será compensado com o desejo de Ter um filho”.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Fase Genital</strong> – Na adolescência é atingida a última fase quando o objeto de erotização não está mais no próprio corpo, mas em um objeto – o outro. Neste momento meninos e meninas estão conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades. Um médico que faz parte do conselho pergunta a Brauer, que também faz parte de tal, se ele concordava com Freud e Brauer após ter defendido o amigo, dizendo que ele é um dos melhores no meio médico para estes assuntos, diz que jamais poderia concordar com tal teoria de Freud, a “Sexualidade Infantil” não existe.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
Freud caminha lentamente e consegue ultrapassar os muros do cemitério, onde caminha até a lapide de seu pai.</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
O filme termina deixando uma pergunta que foi escrita no templo de Delfos, a mais de dois mil anos atrás, lá estava escrito:<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“Conheça a Si Próprio”,</strong></div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
</div>
<div style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #555555; font-family: Helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 22px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></strong></div>
<h5 style="background-color: #fafafa; border: 0px; color: #444444; font-family: Monda, sans-serif; font-size: 18px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; line-height: 1.4; margin: 0px 0px 12px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; widows: 1;">
Autor: Luiz Claudio Perira<a href="https://www.youtube.com/watch?v=k1yIHZamjLI">https://www.youtube.com/watch?v=k1yIHZamjLI</a></h5>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-3373226630647745562015-06-30T06:02:00.002-07:002015-06-30T06:02:54.325-07:00<a href="http://tolentino-filosofia.blogspot.com.br/2010/05/problemas-da-civilizacao-tecnologica.html"><span style="color: #3abb21;">PROBLEMAS DA CIVILIZAÇÃO TECNOLÓGICA</span></a> <br />
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<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Na verdade, a tecnologia em si não é boa nem má. O uso que se faz dela, no entanto, pode trazer benefícios ou prejuízos para a humanidade. Diversos autores com a concepção da técnica como um recurso do qual os homens se utilizam para um aproveitamento mais benéfico, eficaz e eficiente da natureza para sua sobrevivência e subsistência. Sob essa óptica, a tecnologia é vista como uma extensão do processo de adaptação do ser humano à natureza: a relação do homem com a natureza é medida pela técnica, relação essa geralmente revestida de um aspecto harmonioso, graças à intervenção positiva da técnica.</span><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"></span><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">No entanto, a tecnologia tem sido alvo de críticas, por ser considerada dominação inconsequente da natureza, a serviço de interesses comerciais, industriais, militares, entre outros, muitas vezes inescrupulosos, cujos resultados podem ser prejudiciais ao homem.</span><br /><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: xx-small;"><em>“A tecnologia é o Leviatã da modernidade. Leviatã que comanda. Quem dirige e encomenda a pesquisa científica é hoje a tecnologia. Por isso, as universidades perderam em grande parte o senso da ciência. Perdeu-o também o próprio cientista, que está encarregado de pesquisar dentro de amplos programas cuja finalidade ele desconhece. Quer dizer, pesquisa sem ver a finalidade da pesquisa. Há pesquisas encomendadas por centros de tecnologias e feitas sem que os cientistas jamais saibam de sua finalidade.” (BUZZI, 1987)</em></span><br /><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Severino (1992) destaca a importância do desenvolvimento da ciência e da técnica para o progresso da humanidade, adverte para os perigos da “instrumentalização da razão”:</span><br /><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: xx-small;"><em>“E a ciência, que pretendia libertar os homens dos determinismos da natureza, das doenças, da miséria, acabou se transformando numa nova forma de opressão para os mesmos! A razão que construía a ciência, de razão libertadora, como queriam os pensadores modernos, acabou se transformando em razão instrumental que, por meio do controle lógico tecnológico, implantou uma tecnocracia: toda a vida humana é conduzida e determinada pelos padrões impostos pela ciência. E o que é pior, o poder da ciência e da técnica passa a ser controlado e usado por grupos humanos na defesa de seus interesses particulares. Ele se transformou num instrumento forte e adequado para a dominação e a exploração políticas! A vida das pessoas não é mais referida a critérios éticos e políticos, mas a critérios puramente técnicos! [...] Como se tudo se submetesse às regras da produção industrial.”</em></span><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Para alguns pensadores, a tecnologia é um “mal implacável” e trouxe e trará consigo a alienação e a eliminação do trabalho humano; a escravização do homem pelas máquinas; a perda da liberdade individual e a invasão de privacidade em uma sociedade controlada e dirigida por dispositivos eletrônicos; o esgotamento dos recursos naturais; a deterioração do meio ambiente e a constante ameaça de destruição universal por meio de armas nucleares e drogas capazes de não apenas mutilar os seres humanos, mas também provocar genocídio em massa.</span><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">A saída está no meio termo, isto é, no encontro de soluções que permitam prever e minimizar as dificuldades, os problemas e os riscos próprios de tudo aquilo que é novo, em especial do que se denomina inovação tecnologia. Talvez não seja possível voltar a beber das águas de um como o Tietê, em virtude da poluição; no entanto, seria bastante razoável se os peixes pudessem voltar a viver em suas águas. Talvez não seja possível recuperar o que se perdeu da camada de ozônio, mas é importante encontrar saídas para a eliminação dos gases poluentes. </span><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Nobert Wiener (1970), o “pai da cibernética”, embora ciente das dificuldades e embaraços que possam advir da tecnologia, deposita confiança e esperança na lucidez humana capaz de encaminhar o desenvolvimento tecnológico de modo a beneficiar a humanidade de forma positiva e satisfatória.</span><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">São inegáveis, sem dúvidas, os benefícios das inovações tecnológicas: economia de tempo e esforço na realização de inúmeras atividades; maior produtividade com mais qualidade; maior conforto e bem estar, seja no lar ou no ambiente de trabalho; indivíduos mais esclarecidos e universalmente instruídos pela abundância de informações e acúmulo de conhecimentos à disposição de todos na moderna sociedade informatizada.</span><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span><br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Por outro lado, o mundo e a humanidade podem ser destruídos em poucos segundos; o aumento desconfortável do desemprego estrutural lança milhares de seres humanos a uma situação de ócio forçado e não planejado; a possibilidade de armazenamento de armazenamento de informações nos computadores torna o indivíduo mais vulnerável e ameaça sua liberdade pessoal e sua privacidade, a manipulação de toda uma sociedade por regimes totalitários, bem como a massificação e uniformização de padrões de conduta, capazes de romper os limites geográficos de cada nação, transformando o mundo numa “imensa aldeia global”, são riscos que ameaçam cotidianamente a existência do homem. </span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-56662216818060025452015-06-30T06:01:00.003-07:002015-06-30T06:01:50.608-07:00TECNOLOGIA E DESIGUALDADE ENTRE AS NAÇÕES <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/Rft3s0bGi78/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/Rft3s0bGi78?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
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<div class="post-body entry-content" id="post-body-7234692587998714880" itemprop="description articleBody">
<i>A tecnologia expressa e desenvolve os valores culturais existentes. Padroniza até as vidas e os valores de seus usuários, como no caso do relógio, da máquina a vapor, da linha de montagem e do computador. Através de sua dinâmica interna, a tecnologia faz exigências aos que a desenvolvem. Para a organização de seus maiores projetos cria burocracias. A tecnologia habilita as pessoas e fazem coisas que elas não poderiam ter feito de outro modo, embora certas escolhas tecnológicas excluam inevitavelmente outras. Uma sociedade que preferiu o automóvel particular ao transporte coletivo terá dificuldades em voltar atrás. Não obstante, tecnologia como tal não é autônoma, ela é criada por seres humanos e está subordinada essencialmente aos valores culturais e decisões governamentais. O caminho mais sensato é almejar um progresso limitado e manter seus inevitáveis custos em nível mínimo. Alguma inovação tecnológica é essencial e desejável. Ela tem sido necessária à modernização de todas as sociedades, e habilitará a nossa a sobreviver e melhorar. O desenvolvimento de novas tecnologias deve ser encorajado e o treinamento de tecnólogos imaginativos, promovido. A tecnologia não ficará sob controle social enquanto os partidos políticos não propuserem diretrizes específicas para tal. Com vistas à aceleração desse processo, deverá haver o debate mais amplo possível a difusão de informações. Toda e qualquer faculdade humana pode ser mal usada. O homem pode usar sua inteligência para escravizar um outro, sua imaginação para ludibriar, sua eloqüência para trair. Mas, se não usasse faculdades, onde estaria? Usando seus poderes, o homem amplia continuamente o âmbito de suas realizações. A tecnologia aumenta sua capacidade para fazê-lo.<br /> A tecnologia pode criar ou destruir, tornar o homem mais humano ou menos. Mas as civilizações, como os indivíduos, devem correr riscos se quiserem progredir. Se exercermos prudência para minimizar os danos da tecnologia e incentivar ao máximo seus benefícios, certamente valerá a pena aceitar o risco.</i></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-45659856418138865582015-06-30T05:59:00.002-07:002015-06-30T05:59:43.488-07:00A ÉTICA PÕE FIM AO VALE-TUDO<br /><br /><br /><strong>A ÉTICA PÕE FIM AO VALE-TUDO</strong><br /><br /> Algo novo está mudando no competitivo mundo dos negócios, transformando a filosofia de trabalho de empresas, anunciantes e universidades: a questão da ética. Os valores morais começam a pôr um ponto final nos critérios antiéticos que até pouco tempo determinam as regras de vale-tudo para levar vantagem. O Jornal Folha S. Paulo noticiou que anunciantes americanos que sempre escolheram programas de televisão levando em conta apenas a audiência e o preço agora põem, na balança também os valores morais transmitidos pela programação. A ética foi introduzida nos cursos da Universidade de Harvard que a vida toda foi o templo do "business pelo business".<br /><br /> Consumidores, fornecedores, trabalhadores, executivos e eleitores estão utilizando valores éticos e morais para escolher seus produtos, clientes, patrões, empresas e candidatos, não se deixando iludir por valores éticos de fechada.<br /><br /> Empresários, executivos e administradores reconhecem que as empresas devem considerar critérios morais para serem bem-sucedidas.<br /><br /> Portanto, nos dias atuais, o grande desafio é a conciliação de valores morais e condutas éticas com eficiência, competência e rentabilidade.<br /><br /><em>Resumo e adaptação do texto de Ricardo Guimarães (publicitário). Exame, São Paulo, 6 set. 1989. p. 126</em> Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-64434785546740598842015-06-30T05:58:00.002-07:002015-06-30T05:58:55.346-07:00IDEOLOGIA<strong><br /></strong> Difícil encontrar na ciência social um conceito tão complexo, tão cheio de significados, quando ao conceito de ideologia. Nele se dá uma acumulação fantástica de contradições, de paradoxos, de arbitrariedades, de ambiguidades, de equívocos e de mal-entendidos, o que torna exatamente difícil encontrar o seu caminho nesse labirinto.<br /><br /> O conceito de ideologia vem de Marx: ele simplesmente o retomou. Ele foi literalmente inventado (no pleno sentido da palavra: inventar, tirar de cabeça, do nada) por um filósofo francês conhecido, Destutt deTracy, discípulo de terceira categoria dos enciclopedistas, que publicou em 1801 um livro chamado Elements d'Ideologie. É um vasto tratado que, hoje em dia, ninguém tem paciência de ler. Para se ter uma idéia do pouco interesse que representa esse livro, basta dizer que, para ele, ideologia é um sub-capítuio da zoologia. A ideologia, segundo Destutt de Tracy, é o estudo científico das idéias e as idéias são o resultado da interaçao entre o organismo vivo e a natureza, o meio ambiente. É portanto, um sub-capítulo da zoologia – que estuda o comportamento dos organismos vivos - no que se refere ao estudo do relacionamento dos organismo vivos com o meio ambiente, onde trata da questão dos sentidos, da percepção sensórial, através da qual se chegaria as idéias. É por esse caminho que segue a análise, de um cientificismo materialista vulgar, bastante estrito, que caracteriza essa obra de Destutt de Tracy.<br /><br /> Alguns anos mais tarde, em 1812, Destutt e seu grupo, discípulos de todos do enciclopedismo francês, entraram em conflito com Napoleão que, em um discurso em que atacava Destutt de Tracy e seus amigos, os chamou de ideólogos. No entanto, para Napoleão, essa palavra já tem um sentido diferente; os ideólogos são metafísicos, que fazem abstraçâo da realidade, que vivem em um mundo especulativo.<br /><br /> Deste modo, paradoxalmente, Destutt e seus amigos, que queriam fazer uma análise científica materialista das ideologias, fora, chamados de ideólogos por Napoleão, no sentido de especuladores metafísicos e, como Napoleão tinha mais peso, digamos, ideológico, que eles, foi a sua maneira de utilizar o termo que teve sucesso na época e que entrou para o linguajar corrente.<br /><br /> Quando Marx, na primeira metade do século XIX, encontra o termo em jornais, revistas e debates, ele estásendo utilizado em seu sentido napoleônico, isto é, considerando ideólogos aqueles metafísicos<br /> especuladores, que ignoram a realidade. É nesse sentido que Marx vai utilizá-lo a partir de 1846 em seu livro chamado A Ideologia Alemã.<br /><br /> É esse o caminho tortuoso do termo: começa com um sentido atribuído por Destutt, que depois é modificado por Napoleão e, em seguida, é retomado por Marx que, por sua vez, lhe da um outro sentido. Em A Ideologia Alemã, o conceito de ideologia aparece como equivalente à ilusão, falsa consciência, concepção idealista na qual a realidade é invertida e as idéias aparecem como motor da vida real. Mais tarde Marx amplia o conceito e fala das formas ideológicas através das quais os indivíduos tomam consciência da vida real, ou melhor, a sociedade toma consciência da vida real. Ele as enumera como sendo a religião, a filosofia, a moral, o direito, as doutrinas políticas, etc.<br /><br /> Para Marx, claramente, ideologia é um conceito pejorativo, um conceito crítico que implica ilusão, ou se refere a consciência deformada da realidade que se dá através da ideologia dominante: as idéias das classes dominantes são as ideologias dominantes na sociedade.<br /><br /> Mas o conceito de ideologia continua sua trajetória no marxismo posterior a Marx, sobretudo na obra de Lênin, onde ganha um outro sentido, bastante diferente: a ideologia como qualquer concepção da realidade social ou política, vinculada aos interesses de certas classes sociais.<br /><br /> Para Lênin, existe uma ideologia burguesa e uma ideologia proletária. Aparece, então, a utilização do termo no movimento comunista, que fala de luta ideológica, de trabalho ideológico, de reforço ideológico, etc. Ideologia deixa de ter o sentido crítico, pejorativo, negativo, que tem em Marx, e passa a designar simplesmente qualquer doutrina sobre a realidade social que tenha vinculo com uma posição de classe. Assim a palavra vai mudando de sentido, não só quando passa de uma corrente para outras, mas também no seio de uma mesma corrente de idéias: o marxismo. Há uma mudança considerável de significado entre, por exemplo. Marx e Lênin.<br /><br /> Finalmente, há uma tentativa sociológica de por um pouco de ordem nessa confusão. Essa tentativa é realizada pelo famoso sociólogo KarI Mannheim em seu livro Ideologia e Utopia, onde procura distinguir os conceitos de ideologia e de utopia. Para ele, ideologia é um conjunto das concepções, idéias, representações, teorias, que se orientam para a estabilização, ou legitimação, ou reprodução, da ordem estabelecida. São todas aquelas doutrinas que tem um certo caráter conservador no sentido amplo da palavra, isto é, consciente ou inconsciente, voluntária ou involuntariamente, servem a manutenção da ordem estabelecida, utopias, ao contrário, são aquelas idéias, representações e teorias que aspiram outra realidade, uma realidade ainda inexistente. Tem, portanto, uma dimensão crítica ou de negação da ordem social existente e se orienta para sua ruptura. Deste modo, as utopias tem uma função subversiva, uma função crítica e, em alguns casos, uma função revolucionaria.<br /><br /> Percebe-se imediatamente que ideologia e utopia são duas formas de um mesmo fenômeno, que se manifesta de duas maneiras distintas. Esse fenômeno é a existência de um conjunto estrutural e orgânico de idéias, de representações, teorias e doutrinas, que são expressões de interesse sociais vinculados às posições sociais de grupos ou classes, podendo ser, segundo o caso, ideológico ou utópico. <a href="http://www.portalimpacto.com.br/"><span style="color: #3abb21;">http://www.portalimpacto.com.br/</span></a><br /><br /><br /><strong>A LÓGICA DA IDEOLOGIA</strong><br /><br /> Ideologia é um conjunto de idéias e representações articuladas coerentemente sobre as coisas, capaz de provocar ação. Tem origem nas relações históricas de produção material e seu objetivo é justificar a ordem social estabelecida.<br /><br /> Ao desvendar as artimanhas da ideologia, compreendemos o fenômeno de adaptação diárias dos trabalhadores ao processo de produção nas empresas, por exemplo. Frases incorporadas à cultura do povo – “O trabalho é necessário”, “ O trabalhador é preguiçoso”; Todos ganham com trabalho”; Quem não trabalha não come”; “O trabalho engrandece o homem” – afetam a prática e a dimensão simbólica e, portanto, a idéia de trabalho em nossa sociedade. Esse conteúdo ideológico resulta em controle do processo de trabalho: operações de vigilância sobre o trabalhador, sua produtividade, seu ritmo, e até sobre suas necessidades primárias. Quando o trabalho não proporciona uma vida digna ao trabalhador, vale perguntar: qual trabalho engrandece o homem?<br /><br /> O que induz os homens a aceitar essa realidade e submeter-se à sua dinâmica, fazendo-os parecer mais objetos que sujeitos das atividades? O que leva o cidadão brasileiro a não demonstrar sua revolta, quando o equivalente a milhões e milhões de dólares é subtraído dos cofres públicos e utilizado para atender a interesses e caprichos particulares?<br /><br /> Há uma resposta que dá fundamento a essa indagação e indignação: a ideologia – um não saber, fruto da falta de informações completas e verdadeiras, que nos leva a identificar o social com uma realidade pasteurizada, livre da dominação, dos conflitos e das contradições.<br /><br /> Essa á a lógica da ideologia: ambígua e contraditória. Se, por um lado, ela escamoteia a realidade dos fatos, por outro, pode, também, revelar as armadilhas da dominação social. A ideologia não se impõe de modo absoluto, pois em seu movimento ela provoca a nossa capacidade de crítica e conhecimento.<br /><br /> É preciso aprender a linguagem da ideologia e aprender a sua lógica. O fenômeno dos “caras-pintadas” nos proporcionou essa chance, ainda que tenha sido manipulado pelos meios de comunicação de massa e o seu símbolo, apropriado pelos políticos profissionais. Os “caras-pintadas” foram um lampejo de consciência política na história recente do Brasil. Num lance, as passeatas de 1992 relataram um lado escondido da realidade: a faixa presidencial caíra no chão e “o rei estava nu”. Hoje os “caras-pintadas” desapareceram como a fugacidade do próprio movimento que os tornou públicos. Certamente concluíram a educação básica e devem estar cursando a universidade e disputando vagas no mercado de trabalho brasileiro. No Brasil de hoje, que outros motivos poderiam desencadear processos sociais capazes de desmascarar outras faces encobertas da ideologia?<br /><br /> A ideologia reúne idéia e prática em uma lógica dissimuladora. Para enfrentá-la, é preciso desenvolver o espírito crítico<br /><br /><strong>Como nasce a ideologia?</strong><br /><br />
<ul>
<li>uma estória para começar... Samir blahoud</li>
</ul>
Numa certa tribo primitiva da Austrália, o ritual de passagem da infância para a vida adulta era cercado de crueldades, para provar a força, resistência e coragem dos jovens. Entre outras coisas, o jovem era fechado numa cabana, junto a um enxame de furiosas abelhas. O jovem deveria suportar todas as ferroadas sem soltar um ai. Depois ele deveria enfrentar feras no mato com instrumentos precários de autodefesa...Enfim, somente após um ritual de atrocidades é que ele poderia ser considerado membro adulto da tribo, com todos os privilégios reservados apenas aos guerreiros.<br /><br /> Só os filhos dos chefes religiosos da tribo, que presidiam tais rituais, é que estavam isentos dessas práticas, porque só pelo fato de serem de descendência sagrada, eles já partilhavam da força dos deuses, o que os habilitava para posições privilegiadas. Foram os próprios deuses que, no princípio, assim estabeleceram as coisas! <br /><br /> Nem é preciso dizer, que num passado muito distante, foram os religiosos que criaram e regulamentaram os rituais de passagem.<br /><br /> A ideologia é um conhecimento deformado e falseado da realidade que beneficia um grupo em detrimento de outro. Quem tem mais poder na sociedade, tem mais possibilidade de impor sua ideologia. Porque tem um pensamento mais elaborado e tem à sua disposição melhores meios para difundi-la. Os membros sagrados da tribo, devido sua posição privilegiada tinham maiores condições de impor sua cosmovisão a todo o grupo. Afinal, seu papel é altamente legitimado pela crença generalizada no seu poder sobrenatural. O fenômeno ideológico é um produto necessário do fenômeno da desigualdade social.<br /><br /> A desigualdade é um fenômeno de poder e esse poder precisa legitimar-se. <br /><br /> Precisam, portanto, justificar a necessidade da permanência da realidade como ela é, mantendo um quadro de idéias para convencer os outros disso.<br /><br /> A ideologia é a justificação das posições sociais. Nesse sentido, a ideologia conta com a participação e colaboração da filosofia, da literatura, das ciências, do direito etc. A realidade é transformada em mito e o dominado crê no mito. Conscientizar é desmitificar. <br /><br /> A ideologia usa a ciência:<br /><br /> Há uma “atitude ideológica”, quando um cientista, um jurista ou um meio de comunicação são utilizados para falsificar a realidade. Nesse sentido, nem a ciência nem o direito são neutros. É impossível existir neutralidade em questões sociais.<br /><br /> No século XVII, os “cientistas” da Igreja tinham que acreditar e ensinar que a Terra era o Centro do Universo (teoria geocêntrica), pois assim faziam supor as Sagradas Escrituras, interpretadas pelos Santos Padres e pela Hierarquia da Igreja. Mesmo tendo apontado o telescópio para os céus e comprovado que o Sol era o centro do nosso sistema, Galileu foi obrigado a abjurar, em 1633, para não ser queimado vivo, como acontecera com Giordano Bruno, em 1600. Galileu ficou em prisão domiciliar até o final da vida. Só em 1992 a Igreja reconheceu publicamente que Galileu estava certo.<br /><br /> Principalmente em Estados Totalitários, a ciência é muito usada para fins de justificação do regime. Por isso há controle e censura à produção científica. Hitler, por exemplo, queria provar, cientificamente, a superioridade da raça ariana sobre todas as outras raças. Faziam-se experiências, inclusive com seres humanos. Uma ditadura pode usar “explicações científicas” para provar a necessidade e a oportunidade de se construir uma Usina Nuclear em Angra dos Reis, ou uma Rodovia Transamazônica. Recorrer à ciência, às estatísticas, dá uma maior importância, uma aparência de certeza da verdade, ao fato em discussão.<br /><br /> Até os dominados "defendem" a ideologia dominante:<br /><br />- Foi Deus quem quis assim. Quando ele quiser, ele manda chuva para nós. Não podemos reclamar, não. <br /><br /> Uma pobre mulher nordestina dizia isso em junho de 2001. <br /><br />- Minha senhora, não foi Deus, não! O dinheiro que já foi enviado para a SUDENE daria para ter inundado o Sertão. O Sertão poderia ter virado mar... Grande parte da culpa é dos corruptos que ficam com nosso suado dinheirinho... que, juntado, dá um dinheirão!<br /><br /> Ideologia é um termo que possui diferentes significados e duas concepções: a neutra e a crítica. No senso comum o termo ideologia é sinônimo ao termo ideário (em português), contendo o sentido neutro de conjunto de ideias, de pensamentos, de doutrinas ou de visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas. Para autores que utilizam o termo sob uma concepção crítica, ideologia pode ser considerado um instrumento de dominação que age por meio de convencimento (persuasão ou dissuasão, mas não por meio da força física) de forma prescritiva, alienando a consciência humana.<br /><br /> O discurso tem uma dimensão ideológica que relaciona as marcas deixadas no texto com as suas condições de produção, e que se insere na formação ideológica. E essa dimensão ideológica do discurso pode tanto transformar quanto reproduzir as relações de dominação. Para Marx, essa dominação se dá pelas relações de produção que se estabelecem, e as classes que estas relações criam numa sociedade. Por isso, a ideologia cria uma "falsa consciência" sobre a realidade que tem como objetivo suprir, morder, reforçar e perpetuar essa dominação. Já para Gramsci, a ideologia não é enganosa ou negativa em si, mas constitui qualquer ideário de um grupo de indivíduos; em outras palavras, poder-se-ia dizer que Gramsci rejeita a concepção crítica e adere à concepção neutra de ideologia. Para Althusser, que recupera a ótica marxista, a ideologia é materializada nas práticas das instituições, e o discurso, como prática social, seria então “ideologia materializada”. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ideologia<br /><br /><strong>NADA COMO A INSTRUÇÃO</strong><br /><br /> O senhor não me arranja um trocado? Perguntou o esfarrapado garoto com um olhar súplice. Outro daria o dinheiro ou seguiria adiante. Não ele. Não perderia aquela oportunidade de ensinar a um indigente uma lição preciosa:<br /><br />- Não, jovem – respondeu -, não vou lhe dar dinheiro. Vou lhe transmitir um ensinamento. Olhe para você, olhe para mim. Você é pobre, você anda descalço, você decerto não tem o que comer. Eu estou bem vestido, moro bem, como bem. Você deve estar achando que isso é obra do destino.<br /><br /> Pois não é. Sabe qual é a diferença entre nós, filho? O estudo. As estatísticas estão aí: Pobre estuda cinco anos menos do que o rico.<br /><br /> O menino o olhava assombrado. Ele continuou:<br /><br />- Pessoas como eu estudaram mais do que as pessoas de sua gente. Em média, cinco anos mais. Ou seja: passamos cinco anos a mais em cima dos livros. Cinco anos sem nos divertir, cinco anos queimando pestanas, cinco anos sofrendo na véspera dos exames. E sabe por quê, filho? Porque queríamos aprender. Aprender coisas como o teorema de Pitágoras. Você sabe o que é o teorema de Pitágoras? Não, seguramente você não sabe o que é o teorema de Pitágoras, Se você soubesse, eu não só lhe daria um trocado, eu lhe daria muito dinheiro, como homenagem a seu conhecimento. Mas você não sabe o que é o teorema de Pitágoras, sabe?<br /><br />- Não- disse o menino. E virando as costas foi embora.<br /><br /> Com o que ele ficou muito ofendido. O rapaz simplesmente não queria saber nada acerca do teorema de Pitágoras. Aliás- como era mesmo, o tal teorema? Era algo como o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. Ou: o quadrado do cateto é igual à soma dos quadrados da hipotenusa. Ou ainda, a hipotenusa dos quadrados é a soma dos catetos quadrados. Enfim, algo que só aqueles que têm cinco anos a mais de estudo conhecem.<br /><br /><br /><strong>SE OS TUBARÕES FOSSEM HOMENS </strong><br /><br /> (por Bertold Brecht)<br /><br /> Se os tubarões fossem homens, perguntou a filha de sua senhoria ao senhor K., seriam eles mais amáveis para com os peixinhos? <br /><br /> Certamente, respondeu o Sr. K. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal quanto vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adaptariam todas as medidas sanitárias adequadas. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, ser-lhe-ia imediatamente aplicado um curativo para que não morresse antes do tempo. <br /><br /> Para que os peixinhos não ficassem melancólicos haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar alegremente em direção à goela dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar. <br /><br /> O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam rejeitar toda tendência baixa, materialista, egoísta e marxista, e denunciar imediatamente aos tubarões aqueles que apresentassem tais tendências. <br /><br /> Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, proclamariam, são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não se podem entender entre si. Cada peixinho que matasse alguns outros na guerra, os inimigos que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia uma comenda de herói. <br /><br /> Se os tubarões fossem homens também haveria arte entre eles, naturalmente. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores magníficas, e as suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos a nadarem com entusiasmo rumo às gargantas dos tubarões. E a música seria tão bela que, sob os seus acordes, todos os peixinhos, como orquestra afinada, a sonhar, embalados nos pensamentos mais sublimes, precipitar-se-iam nas goelas dos tubarões. <br /><br /> Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa no paraíso, ou seja, na barriga dos tubarões. <br /><br /> Se os tubarões fossem homens também acabaria a idéia de que todos os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores até poderiam comer os menores. Isso seria agradável para os tubarões, pois eles, mais frequentemente, teriam bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores detentores de cargos, cuidariam da ordem interna entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, polícias, construtores de gaiolas, etc. <br /><br /> Em suma, se os tubarões fossem homens haveria uma civilização no mar. Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-28737178094979356572015-06-30T05:56:00.001-07:002015-06-30T05:56:25.172-07:00O QUE É FILOSOFIA?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitaiKaqAaWEu1kfafER0mIvIekgb21kxIDmCW3QH9JqwO4RUUMvXSYFwILY593PFp6X4Vk7mE8F8SXNt5LuOjlVjoopNkGposiJ2cMiJvxjti0HeW8SUYnWIncsMdqYWNNyxi21G1qGT4/s1600/AAEAAQAAAAAAAAF5AAAAJGRkYzYyMzA4LTY3NTMtNDdhOS1iZWZjLWMyYzcwYWE1YTljMg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitaiKaqAaWEu1kfafER0mIvIekgb21kxIDmCW3QH9JqwO4RUUMvXSYFwILY593PFp6X4Vk7mE8F8SXNt5LuOjlVjoopNkGposiJ2cMiJvxjti0HeW8SUYnWIncsMdqYWNNyxi21G1qGT4/s320/AAEAAQAAAAAAAAF5AAAAJGRkYzYyMzA4LTY3NTMtNDdhOS1iZWZjLWMyYzcwYWE1YTljMg.jpg" width="320" /></a></div>
<strong><br /></strong><br />
<div style="text-align: justify;">
“Qual é a coisa mais importante da vida?"</div>
<div style="text-align: justify;">
Se fazemos essa pergunta a uma pessoa de um país assolado pela fome, a resposta será: a comida. Se fazemos a mesma pergunta a quem está morrendo de frio, então a resposta será: o calor. E quando perguntamos a alguém que se sente sozinho e isolado, então, certamente, a resposta será: a companhia de outras pessoas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta alguma coisa de que todo mundo precise? Os filósofos acham que sim. Eles acham que o ser humano não vive apenas de pão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É claro que todo mundo precisa de comida, de amor e de cuidado. Mas ainda há uma coisa de que todos nós precisamos. Nós temos a necessidade de descobrir quem somos e por que vivemos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(...) Embora as questões filosóficas digam respeito a todas as pessoas, nem todas se tornam filósofos. Por diferentes motivos, a maioria delas é tão absorvida pelo cotidiano que a admiração pela vida acaba sendo completamente reprimida. Um filósofo nunca é capaz de se habituar completamente com este mundo. Para ele, o mundo continua a ter algo de incompreensível, algo até de enigmático, de secreto, embora a maioria das pessoas vivencie o mundo como uma coisa absolutamente normal. Isso quer dizer que ele sempre vê as coisas com espanto, a admiração ou a curiosidade, como se fosse a primeira vez.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(...) Em algum lugar, dentro de nós, alguma coisa nos diz que a vida é um grande enigma. E já experimentamos isto, muito antes de aprendermos a pensar. ”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
GAARDER, Jostein. <strong>O que é Filosofia. In: O Mundo de Sofia</strong>. Companhia das Letras.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que é a filosofia senão um modo de refletir, não tanto sobre aquilo que é verdadeiro e aquilo que é falso, mas sobre a nossa relação com a verdade? (...) Não há nenhuma filosofia soberana, é verdade, mas há uma filosofia ou, melhor, há filosofia em atividade. A filosofia é o movimento pelo qual nos libertamos – com esforços, hesitações, sonhos e ilusões – daquilo que passa por verdadeiro, a fim de buscar outras regras do jogo. A filosofia é o deslocamento e a transformação das molduras de pensamento, a modificação dos valores estabelecidos, e todo o trabalho que se faz para pensar diversamente, para fazer diversamente, para tornar-se outro do que se é (...)</div>
<div style="text-align: justify;">
FOUCAULT, Michel. <strong>Sobre a Filosofia. In Estética dell’esistenza</strong>, Etica, Politica, v. 3.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>AUTORIDADE DO MITO</strong></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“O mito conta uma história sagrada, quer dizer, um acontecimento primordial que teve lugar no começo do Tempo, ab initio. Mas contar uma história sagrada equivale a revelar um mistério, pois as personagens do mito não são seres humanos: são deuses ou Heróis civilizadores. Por esta razão suas gesta constituem mistérios: o homem não poderia conhecê-los se não lhe fossem revelados. O mito é pois a história do que se passou in illo tempore, a narração daquilo que os deuses ou os Seres divinos fizeram no começo do Tempo. “Dizer” um mito é proclamar o que se passou ab origine. Uma vez “dito”, quer dizer, revelado, o mito torna-se verdade apodítica: funda a verdade absoluta. “É assim porque foi dito que é assim”, declaram os esquimós netsilik a fim de justificar a validade de sua história sagrada e suas tradições religiosas. O mito proclama a aparição de uma nova “situação” cósmica ou de um acontecimento primordial. Portanto, é sempre a narração de uma “criação”: conta se como qualquer coisa foi efetuada, começou a ser É por isso que o mito é solidário da ontologia: só fala das realidades, do que aconteceu realmente, do que se manifestou plenamente.”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>O Sagrado e o Profano -</strong> Mircea Eliade</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<strong>A MARAVILHA COMO INÍCIO DO FILOSOFAR</strong></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"A maravilha sempre foi, antes como agora, a causa pela qual os homens começaram a filosofar: a princípio, surpreendiam-se com as dificuldades mais comuns; depois, avançando passo a passo, tentavam explicar fenômenos maiores, como, por exemplo, as fases da lua o curso do sol e dos astros e, finalmente, a formação do universo. Procurar uma explicação é admirar-se; é reconhecer-se ignorante. Por isso, pode-se dizer que sob certo aspecto o filósofo é também amante do MITO: uma vez que o MITO se compõe de maravilhas." </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aristóteles, In: Reale, Giovanni (Ed.). <strong>Metafísica.</strong> São Paulo. Loyola, 2002. V. I.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<strong>FEBRE JÔNICA</strong></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando a Babilônia e o Egito declinaram chegou a vez da Grécia. No começo, desenvolveu-se a cosmologia grega quase no mesmo sentido: o mundo de Homero é outra ostra, mais colorida, um disco flutuante rodeado pelo oceano. Porém, pela época em que os textos de Odisséia e da Ilíada se consolidaram na versão definitiva, verificou-se na Jônia, nas costas do Mar Egeu, um novo desenvolvimento. O sexto século antes de Cristo – o milagroso século de Buda, Confúcio e Lao-Tsé, dos filósofos jônicos e de Pitágoras – constituiu o ponto crítico da espécie humana. Foi como se uma aragem de março soprasse através deste planeta, da China a Samos, despertando a consciência do homem, como o sopro nas narinas de Adão. Na escola jônica de filosofia, o pensamento racional ia emergindo no mundo de sonho mitológico. Era o início da grande aventura: a indagação prometiana* das explicações naturais e causas racionais, que, nos 2 mil anos seguintes, transformaria a espécie mais radicalmente do que haviam feito os 200 mil anos anteriores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Koestler, Arthur. <strong>Os sonâmbulos</strong>. São Paulo: Ibrasa, 1961, p. 5.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
*Prometiano: próprio de Prometeu, personagem da mitologia grega que roubou o fogo aos deuses e o entregou aos homens, dando-lhes a possibilidade do conhecimento e do progresso. Zeus o puniu, acorrentando-o numa rocha para que uma águia lhe devorasse o fígado eternamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>A FILOSOFIA COMO PROCURA DA VERDADE</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em seu pequeno e brilhante livro Introdução à Filosofia, o filósofo e psiquiatra alemão, Karl Jaspers insiste na idéia de que a essência da filosofia é a procura do saber e não a sua posse. Todavia, ela “se trai a si mesma quando degenera em dogmatismo, isto é, num saber posto em fórmula, definitivo, completo. Fazer filosofia é estar a caminho; as perguntas em filosofia são mais essenciais que as respostas, e cada resposta transforma-se numa nova pergunta”. Há, então, na pesquisa filosófica uma humildade autêntica que se opõe ao orgulhoso dogmatismo do fanático: o fanático está certo de possuir a verdade. Assim sendo, ele não tem mais necessidade de pesquisar e sucumbe à tentação de impor sua verdade a outrem. Acreditando estar com a verdade, ele não tem mais o cuidado de se tornar verdadeiro; a verdade é seu bem, sua propriedade, enquanto para o filósofo é uma exigência. No caso do fanático, a busca da verdade degradou-se na ilusão da posse de uma certeza. Ele se acredita o proprietário da certeza, ao passo que o filósofo esforça-se por ser peregrino da verdade. A humildade filosófica consiste em dizer que a verdade não pertence mais a mim que a ti, mas que ela está diante de nós. Assim, a consciência filosófica não é uma consciência feliz, satisfeita com a posse de um saber absoluto, nem uma consciência infeliz, presa das torturas de um ceticismo irremediável. Ela é uma consciência inquieta, insatisfeita com o que possui, mas à procura de uma verdade para a qual se sente talhada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
HUISMAN, Denis; VERGEZ, A. <strong>Ação</strong>. 2. ed. SP: Freitas Bastos, 1966, v. 1, p. 24.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>POEMA</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
”Sozinho vou agora, meus discípulos! Também vós, ide embora, e sozinhos! Assim quero eu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Afastai-vos de mim e defendei-vos de Zaratustra! E, melhor ainda: envergonhai-vos dele! Talvez vos tenha enganado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O homem do conhecimento não precisa somente amar seus inimigos, precisa também poder odiar seus amigos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Paga-se mal a um mestre, quando se continua sempre a ser apenas o aluno. E por que não quereis arrancar minha coroa de louros? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vós me venerais, mas, e se um dia vossa veneração desmoronar? Guardai-vos de que não vos esmague uma estatua!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dizeis que acreditais em Zaratustra? Mas que importa Zaratustra ! Sois meus crentes, mas que importam todos os crentes! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda não vos havíeis procurado: então me encontrastes. Assim fazem todos os crentes; por isso importa tão pouco toda crença. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora vos mando me perderdes e vos encontrardes; e somente quando me tiverdes todos renegado eu retornarei a vós... Apesar do inverno mais rigoroso, e do verão ainda, mais inclemente, por causa do aquecimento global, (meu caro, Alvani Correia), aproveito os momentos de dúvidas, depois de uma leitura em voz alta deste poema, para compartilhar a solidão a dois, como nos ensina Baruch Spinosa. Afinal, o príncipe dos filósofos moderno, já dizia que “não existem bem e mal como ensina a tradição judaico-cristã, mas apenas o bom e o mau encontro”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
NIETZSCHE, Friedrich. <strong>Obras incompletas</strong>: São Paulo: Abril, 1974 p. 375 (Os Pensadores, 32)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="clear: both;">
</div>
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<span class="post-author vcard"> Postado por <span class="fn" itemprop="author" itemscope="itemscope" itemtype="http://schema.org/Person"> <a class="g-profile" data-gapiattached="true" data-gapiscan="true" data-onload="true" href="http://www.blogger.com/profile/08688167589030625254" rel="author" title="author profile"><span itemprop="name"><span style="color: #3abb21;">TOLENTINO - FILOSOFIA</span></span><span style="color: #3abb21;"> </span></a> </span> </span> <span class="post-timestamp"> às <a class="timestamp-link" href="http://tolentino-filosofia.blogspot.com.br/2011/02/plano-filosofia-1-ano-do-ensino-medio-1.html" rel="bookmark" title="permanent link"><abbr class="published" itemprop="datePublished" title="2011-02-21T10:27:00-08:00"><span style="color: #3abb21;">10:27</span></abbr></a> </span> <span class="post-comment-link"><a class="comment-link" href="http://www.blogger.com/comment.g?blogID=9188260483610260186&postID=4086593629535753105&isPopup=true"><span style="color: #3abb21;"> Nenhum comentário: </span></a> </span> <span class="post-icons"><span class="item-action"><a href="http://www.blogger.com/email-post.g?blogID=9188260483610260186&postID=4086593629535753105" title="Enviar esta postagem"><img alt="" class="icon-action" height="13" src="http://img1.blogblog.com/img/icon18_email.gif" width="18" /><span style="color: #3abb21;"> </span></a> </span> <span class="item-control blog-admin pid-23870204"><a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=9188260483610260186&postID=4086593629535753105&from=pencil" title="Editar postagem"><img alt="" class="icon-action" height="18" src="http://img2.blogblog.com/img/icon18_edit_allbkg.gif" width="18" /><span style="color: #3abb21;"> </span></a> </span> </span> <span class="post-backlinks post-comment-link"><a class="comment-link" href="http://tolentino-filosofia.blogspot.com.br/2011/02/plano-filosofia-1-ano-do-ensino-medio-1.html#links"><span style="color: #3abb21;">Links para esta postagem</span></a> </span> </div>
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<span>quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011</span></h2>
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<a href="http://tolentino-filosofia.blogspot.com.br/2011/02/o-ensino-da-filosofia-no-ensino-medio.html"><span style="color: #3abb21;">O ensino da Filosofia no Ensino Médio</span></a> </h3>
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</div>
</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-1267115634925136322" itemprop="description articleBody">
<div style="text-align: justify;">
A sociedade exige que os indivíduos sejam sujeitos de si mesmos, sujeitos conscientes de sua história, criativos e atuantes, e não mais meros executores de tarefas. A educação, principalmente a escolar, deve ocupar-se com a formação de um indivíduo crítico e responsável socialmente pelos seus atos.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A possibilidade da formação deste indivíduo deve ser viabilizada para a criança, o adolescente e o jovem. Ela não se dá espontaneamente, uma das formas de viabilizá-la é através do processo ensino-aprendizagem das ciências, da filosofia, das artes, e da experiência de vida de cada um.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Filosofia, enquanto componente curricular deve garantir não só a visão de totalidade da história e do processo do conhecimento, sem negar a necessidade de especialização hoje imposta, mas também desenvolver no educando a sua capacidade de buscar, através da leitura, da observação, da percepção de transformações ocorridas a partir da sua própria interferência em situações sociais, o melhor caminho historicamente possível para a organização da vida em sociedade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O ensino da Filosofia deve propiciar ao adolescente o instrumental básico à elaboração de uma reflexão sobre o mundo, e sobre si mesmo no mundo, de forma a possibilitar-lhe a conquista de uma autonomia crescente no seu pensar e agir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No ensino médio, a Filosofia deve auxiliar o aluno a: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
• aprender e fixar a leitura interpretativa de textos teóricos;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
• aprender conceitos, saber relacioná-los entre si e aplicá-los em sua realidade;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
• reconhecer-se como ser produtor de cultura e, portanto, da história;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
• compreender a produção do pensamento como enfrentamento dos desafios humanos;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
• compreender o papel da reflexão, em especial, o da filosófica; </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
• saber construir "universos" históricos de diferentes tempos em seu pensamento sem preconceitos;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
• situar-se como cidadão no mundo em que vive, percebendo o seu caráter histórico e a sua dimensão de liberdade;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
• compreender o conhecimento como possibilidade de libertação social;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
• compreender o pensamento do seu mundo como síntese de diferentes culturas anteriores e concomitantes a ele;elaborar criticamente seu próprio pensar a partir de notícias/análises de jornais/revistas e de suas vivências concretas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>"Se não tivermos presente a tradição histórica, seremos como selvagens modernos na selva da cidade." (Jostein Gaarder)</em> </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>"A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo." (Merleau-Ponty)</em></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-51037137764800754022015-06-30T05:54:00.004-07:002015-06-30T05:54:53.783-07:00Mosaico Reflexivo.<div style="text-align: justify;">
<strong>Amigo</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong></strong><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um amigo é alguém com quem se está bem, mas um amigo é muito mais que isso, é alguém que pensa em ti quando não estás aqui, alguém que pede a Deus por ti, quando tens que fazer algo dificil. Nunca se está realmente só quando se tem um amigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um amigo ouve o que tu dizes, e tenta compreender o que tu não sabes dizer. Mas um amigo não está sempre de acordo contigo, um amigo contradiz-te e obriga-te a pensar honestamente. Um amigo gosta de ti, mesmo que faças besteiras. Um amigo ensina-te a gostar de coisas novas, não teria imaginado estás coisas se estivesses sozinho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Amigo é uma palavra bonita, é quase a melhor palavra!! Um amigo é alguém que tem sempre tempo para ti quando apareces.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Toda gente pode ter um amigo, mas não vivas tão apressado, que nem vejas que há alguém que quer ser teu amigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um amigo é alguém que é para ti uma festa, alguém que pensa em ti e te ouve, e te ajuda a saber o que tu és. Alguém que está contigo, e não tem pressa. Alguém em quem tu podes acreditar! Quem é teu amigo?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Leif Kristiansson</div>
<br /><br /><strong>UTOPIA E PAIXÃO</strong><br /><br /> "É dos mais neuróticos e parasitários o amor que leva uma pessoa a achar a outra um pedaço de si mesma. (...)<br /><br /> O saudável, nas relações amorosas, seria primeiro, que as pessoas já tivessem conseguido crescer até o tamanho total de si própria. Depois, aprendesse a viver por si mesma e de si mesma. Só então acasalasse com alguém que tivesse tido igual desenvolvimento e soubesse viver de si mesma também. Assim, inteiros e juntos, começariam a viver sensações inéditas, extraordinárias, impossíveis de se viver sozinho e que não existem em nós nem sequer em semente. É o amor suplementar de que falamos. Nesse ponto, é bom proclamar o que se constitui em nossa ética fundamental: o amor não deve servir para coisa alguma, a não ser apenas para se amar.<br /><br /> Quando, por uma razão qualquer, a relação amorosa se desfaz, o que se desfaz de fato é só a relação amorosa e não as vidas e a integridade de cada um. E o que se tem observado é que, por mais denso que tenha sido o amor, quando ele se desfaz nas relações sadias (suplementares), surgem logo novos encontros, novos namoros e seduções; o amor pode se refazer. É outro, original, porém com intensidade e qualidade semelhante ao anterior."<br /><br /> Roberto Freire e Fausto Brito<br /><br /><br /><strong>O MITO DE NARCISO</strong><br /><br />“Em tempos idos, na Grécia, o rio Cefiso engravidou a ninfa Liríope. Meses depois, Liríope, apesar de não desejar a gravidez, deu a luz a uma criança de beleza extraordinária. Por causa disso, Liríope consultou o adivinho Tirésias sobre o futuro de seu filho, e ele vaticinou (profetizou) que Narciso viveria, desde que nunca visse sua própria imagem.<br /><br /> Sob essa condição, ele cresceu e tornou-se um moço tão belo quanto o fora quando criança. Não havia quem não se apaixonasse por ele. Narciso, entretanto, permanecia indiferente.<br /><br /> Um dia, porém, estando sedento, Narciso aproximou-se das águas plácidas de um lago e, ao curvar-se para beber, viu uma imagem refletida no espelho das águas. Maravilhado com sua própria figura, apaixonou-se por si mesmo. Desesperadamente, passou a precisar do objetivo de seu amor, viu que não conseguiria mais viver sem aquele ser deslumbrante. Sua vida reduziu-se à contemplação daquele jovem tão belo: desejava-o, queria possuí-lo. Desvairado, inclinando-se cada vez mais ao encontro do ser amado, mergulhou nos braços frio da morte.<br /><br /> Às margens do lago, nasceu uma entorpecedora flor: o narciso. Ela relembra para sempre o destino trágico daquele que , aparentemente apaixonado por si mesmo, era, na verdade, incapaz de amar”.<br /><br /><br /><strong>RECONHECIMENTO DO AMOR</strong><br /><br /> Como nos enganamos fugindo ao amor!<br /> Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar<br /> sua espada coruscante, seu formidável<br /> poder de penetrar o sangue e nele imprimir<br /> uma orquídea de fogo e lágrimas.<br /> Entretanto, ele chegou de manso e me envolveu<br /> Em doçura e celestes amavios.<br /> Não queimava, não siderava; sorria,<br /> Mal entendi, tonto que fui, esse sorriso,<br /> Feri-me pelas próprias mãos, não pelo amor<br /> Que trazia para mim e que teus dedos confirmavam<br /> Ao se juntarem aos meus, na infantil procura do Outro,<br /> o Outro que eu me supunha, o Outro que te imaginava,<br /> quando – por esperteza do amor – senti que éramos um só.<br /><br /> Carlos Drummond de Andrade<br /><br /><strong>Apaixonar...</strong><br /><br />“ Apaixonarmo-nos não é apenas sermos atraídos por uma pessoa, vê-la bela e desejável. É uma mudança interior de todo o ser; vemos o amado diferente porque nos tornamos diferentes. A nossa sensibilidade centuplicou-se, as cores tornaram-se luminosas, límpidos os sons. Pelo fato de o amarmos a ele, ao nosso amado, todas as outras pessoas nos surgem de outro modo. Antes de tudo mais humanas. Enquanto até aí mal a víamos, agora conseguimos intuir os seus sentimentos, é como se nos tivéssemos tornados capazes de nos pormos em comunicação com elas. Já não temos vontade de mentir. Sobretudo a nós próprios e ao ser amado. Percorremos de novo, na recordação, a nossa vida e percebemo-nos de que antes de termos encontrado quem amamos, esta vida era mesquinha, insípida. O ser amado não é a perfeição, vemos os seus defeitos; se é pequeno ou magro, ou tem o nariz comprido ou curto. Mas todas essas coisas deixam de se tornar defeitos, porque conseguimos agora ver a sua essencialidade e o seu valor. Os nossos olhos tornam-se capazes de descobrir a beleza do ser tal como é. E se o amado nos diz sim, então somos felizes e gostaríamos que o tempo parasse, e que todos os seres humanos fossem também felizes, e toda a humanidade e todo o universo a que nos sentimos unidos de modo íntimo e solidário.”<br /><br />Albertoni<br /><br /><br /><br /><strong>A ARTE DE AMAR</strong><br /><br /> O amor não é, primacialmente, uma relação para com uma pessoa específica, é uma atitude, uma orientação de caráter, que determina a relação de alguém para com o mundo como um todo, e não para com um 'objeto' de amor. Se uma pessoa ama apenas a uma outra pessoa e é indiferente ao resto dos seus semelhantes, seu amor não é amor, mas um afeto simbiótico, ou um egoísmo ampliado.<br /><br /> Contudo, a maioria crê que o amor é constituído pelo objeto e não pela faculdade. De fato, acredita-se mesmo que a prova da intensidade do amor está em não amar ninguém além da pessoa 'amada'. Este é o mesmo equívoco de que acima já falamos. Por não se ver que o amor é uma atividade, uma força da alma, acredita-se que tudo quanto é necessário encontrar é o objeto certo - e tudo mais irá depois por si.<br /><br /> Tal atitude pode ser comparada à de alguém que queira pintar mas, em vez de aprender a arte, proclama que lhe basta esperar pelo objeto certo, passando a pintá-lo belamente quando o encontrar.<br /><br /> Se verdadeiramente amo alguém, então amo a todos, amo o mundo, amo a vida. Se posso dizer a outrem 'Eu te amo', devo ser capaz de dizer: "Amo em ti a todos, através de ti amo o mundo, amo-me a mim mesmo em ti".<br /><br /> Dizer que o amor é uma orientação que se refere a todos e não a um não implica, entretanto, a idéia de que não haja diferenças entre vários tipos de amor, que dependem da espécie de objeto que é amado.<br /><br /> Erich Fromm<br /><br /><br /><strong>TER O SEXO TORNOU FÁCIL, MAIS DIFICIL TER O AMOR</strong><br /><br /> "Outra coisa, porém chama a minha atenção nos grupos de jovens que conheço: namoram muito e não namoram nada.<br /><br /> Namoram muito porque têm sempre um namorado ou uma namorada em campo, alguém em quem estão interessados, alguém que estão "azarando". Mas ao mesmo tempo não namoram nada, porque essas relações são muito inconsistentes. O casal se junta e se separa com a mesma facilidade. Não há amor, não há envolvimento. Há desejo hepidérmico. na verdade, não são namoros, são causalidades.<br /><br /> E como começam muito cedo, de uma causalidade em outra passa-se o tempo. Agradável a princípio, excitante, uma espécie de tiroteio cerrado de desejo, de busca, de troca. Mas cansativo a longo prazo, desapontador. Do amor afinal, esperavam mais do que isso.<br /><br /> Quando eu tinha 16 anos não se ia para a cama. Em compensação amava-se deliberadamente. Vai ver era por isso mesmo: não indo para a cama não se "esvaziava" o desejo, não se matava a sede, e então durante meses e meses, ia-se procurar aplaca-la na boca do amado, nas mãos errantes na acolhedora escuridão das matinês. Dentro de mim eu era uma grande eroína romântica, estava vivendo um grande amor .<br /><br /> Naquele tempo faltava uma coisa, hoje falta outra. Eu não podia me dar ao sexo. Eles não conseguem se dar ao amor. As moças com quem converso dizem que gostariam, que têm vontade de ter um namoro mais consistente, mas que os rapazes não querem. Será verdade? Mas será que eles não querem mesmo? Ou será que como elas, querem e não conseguem.<br /><br /> A tendência é achar que não param em nenhum(uma), porque podem ter todos(as).<br /><br /> Se eu disser que fogem do envolvimento porque costumam ter em casa exemplos de relação tumultuadas ou desastrosas, estarei fazendo psicologismo barato, porque a minha geração também teve exemplos paternais nada animadores.<br /><br /> Acontece também que são filhos diretos da baixa do amor, do descrédito da relaçao, e da ênfase nas emoções tonitruantes. Enquanto deixam o amor de lado, procuram terremotos emocionais no "som", no "brilho", "nos riscos".<br /><br /> Mas uma idéia me ocorre e parece ser mais acertada. A de que os jovens estejam de forma inconsciente, fugindo do amor justamente porque podem ter o sexo.<br /><br /> Explico melhor: o amor é uma emoção importante, mas o sexo também, mas só o amor somado ao sexo constitui a emoção fundamental do ser humano. Ora, nem todos os jovens têm o mesmo grau de amadurecimento.<br /><br /> E nem todos eles se sentem prontos para chegar ao topo do seu universo emocional. Antes todos podiam ter amor, e só os mais maduros - ou mais inconscientes - se lançavam na completude amor/sexo.<br /><br /> Agora acontece exatamente o oposto: tendo o sexo, evitam somá-lo ao amor, adiando a sobrecarga emocional que não se sentem capazes de enfrentar".<br /><br /> COLASSANATI, Marina. <strong>E por falar em amor</strong>. Rio de Janeiro: Salamadra, 1984.p 01-2<br /><br /><br /> <strong>A DEVORAÇÃO DA ESPERANÇA NO PRÓXIMO</strong><br /><br /> No individualismo contemporâneo, a impessoalidade converteu-se em indiferença, e os elos afetivos da intimidade foram cercados do medo, reserva, reticência e desejo de autoproteção. Pouco a pouco desaprendemos a gostar de “gente”. Entre quatro paredes ou no anonimato das ruas, o semelhante não é mais o próximo solidário: é o inimigo que traz intranqüilidade, dor ou sofrimento. Conhecer alguém; aproximar-se de alguém; relacionar-se intimamente com alguém passou a ser uma tarefa cansativa. Tudo é motivo de conflito, desconfiança, incerteza e perplexidade. Ninguém satisfaz a ninguém. Na praça ou na casa vivemos – quando vivemos – uma felicidade de meio expediente em que reina a impressão de que perdemos a vida “em colherinhas de café”.<br /><br />As elites ocidentais são elites sem causa e, no Brasil, estamos repetindo o que, secularmente, aprendemos a imitar. Como nossos modelos europeus e americanos, reagimos ao sentimento de miséria com medo; à opulência com apatia, imobilidade e conformismo. Construir um mundo justo? Para quê? Para quem? Por acaso um mundo mais justo seria aquele em que todos pudessem ter acesso ao que as elites têm?<br /><br /> Mas, o que têm as elites a oferecer? Consumo, tédio, insatisfação e ostentação. Bem ou mal, em nossa tradição moral e intelectual, respondíamos às crises de identidade, reinventando utópicas formas de vida em mundos melhores.<br /><br /> Hoje aposentamos os “Rousseau”. Em vez de utopias, manuais de auto-ajuda, psicofármacos, cocaína, e terapêuticos diversos para os que têm dinheiro; banditismo, vagabundagem, mendicância ou religiosismo fanático para os que apenas sobrevivem.<br /><br /> Fizemos de nossas vidas claustros sem virtudes; encolhemos nossos sonhos para que coubessem em nossas ínfimas singularidades interiores; vasculhamos nossos corpos, sexos e sentimentos com a obsessão de quem vive um transe narcísico, e, enfim, aqui estamos nós, prisioneiros de cartões de crédito, carreiras de cocaína e da dolorosa consciência de que nenhuma fantasia sexual ou romântica pode saciar a voracidade com que desejamos ser felizes. Sozinhos em nossa descrença, suplicamos proteção a economistas, policiais, especuladores e investidores estrangeiros, como se algum deles pudesse restituir a esperança “no próximo” que a lógica da mercadoria devorou.<br /><br /> FREIRE COSTA, Jurandir. Folha de S. Paulo, 22.09.1996. Mais 5º. Caderno<br /><br /><br /><strong>AMA E FAZE O QUE QUISERES</strong><br /> Santo Agostinho também procurou refletir sobre a melhor conduta que o ser humano devia seguir, delineando uma ética harmonizada com os preceitos morais cristãos. Na vida, há experiências que proporcionam prazer; entretanto, elas são apenas alegrias parciais e transitórias, incomparáveis com a felicidade absoluta de estar na presença de Deus. Essas experiências devem servir para que o homem dirija seu espírito ao verdadeiro bem, que é alcançável somente através de Jesus Cristo. Por exemplo, a contemplação das belezas naturais (como o céu, os mares, os animais, etc.) não deve ser apreciada como um fim em si mesma, mas sim como uma pequena amostra da verdadeira beleza, da alegria infinita que somente o criador de todas as coisas pode oferecer. Para Santo Agostinho, o amor é a essência da substância divina, está presente em todos os homens e é a energia que move o comportamento humano. Por isso, é por meio de seu direcionamento para a busca das verdades superiores que o homem pode atingir a felicidade de repousar em Deus. Em outras palavras, isso significa amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo, como determinam os evangelhos. O amor, entretanto, pode se dirigir para coisas passageiras, como o prazer carnal. Nesse caso, ele estará se desviando de sua natureza, que é a de almejar os prazeres superiores.<br /><br /> Por meio desse raciocínio, chegamos à definição agostiniana de “mal”. Nas palavras de Santo Agostinho, o mal é: “a perversão da vontade desviada da substância suprema”. É o amor dirigido às criaturas como se elas tivessem valor por si mesmas, como se a sua Beleza, o prazer que proporcionam ou o afeto com que retribuem o amor não se originassem do ato de amor infinito de Deus: a criação. <br /><br /> Assim decifra-se o dito agostiniano “ama e faze o que quiseres”: se o homem ama verdadeiramente, isto é, como Deus ama, com gratuidade e fazendo o bem aos outros, sua vontade será guiada corretamente; por isso, ser e agir conforme a própria vontade, iluminada pelo amor divino é a garantia de que essa liberdade de ação será justa, ou seja, ética. O amor que conduz o homem a agir corretamente segundo a vontade de Deus, conforme Santo Agostinho ensinou, só vem a existir no coração dos indivíduos pela ação da “graça”, na exposição da polêmica que o bispo de Hipona manteve contra a heresia dos pelagianos.<br /><br /> CHALITA, Gabriel. <strong>Vivendo a Filosofia</strong>. Editora Ática. São Paulo: 2005. Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-66379755871709204522015-06-30T05:53:00.001-07:002015-06-30T05:53:52.627-07:00A ARTE DE AMAR<strong><br /></strong> O homem é dotado de razão; é a vida consciente de si mesma; tem, consciência de si, de: seus semelhantes, de seu passado e das possibilidades de seu futuro. Essa consciência de si mesmo como entidade separada, a consciência de seu próprio e curto período de vida, do fato de haver nascido sem ser por vontade própria e de ter de morrer contra sua vontade, de ter de morrer antes daqueles que ama, ou estes antes dele, a consciência de sua solidão e separação, de sua impotência ante as forças da natureza e da sociedade, tudo isso faz de sua existência apartada e desunida uma prisão insuportável. Ele ficaria louco se não pudesse libertar-se de tal prisão e alcançar os homens, unir-se de uma forma ou de outra com eles, com o mundo exterior.<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Erich Fromm</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-39753265204465366072014-03-22T16:46:00.002-07:002014-03-22T16:46:14.000-07:00A Influência da violência na TV<br /><div class="fonte" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">O psicólogo americano Leonard
Eron, em 1960, entrevistou 835 crianças em Nova York e observou o papel da TV
em sua existência. Ele viu que, quanto mais programas violentos assistiam, mais
agressivos eram. Em 1971 e em 1980 ele entrevistou o grupo de novo e verificou
que muiitos daqueles que tinham sido cosumidores vorazes de violência na TV
tiveram comportamentos hostis na adolescência e como adultos. Quanto mais
agressivos eram aos 8 anos, piores tendiam a ser aos 20 e aos 30,
protagonizando um maior número de prisões e condenações. </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 7.5pt;">(Rev. Super interessante-Ago/99).</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="fonte" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 0cm;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Novela das sete fez merchandising "collorido":</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="fonte" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Euclydes Marinho, autor da
novela "Andando nas Nuvens", da Rede Globo, não satisfeito com os
três personagens com o nome de sua mulher, Lilibeth Monteiro de Carvalho, que
por sua vez, já foi mulher do ex-presidente Fernando Collor de Mello, criou
dois personagens com os nomes dos filhos de Lilibeth com o ex-marido, Arnon
Monteiro e Joaquim Pedro. Até aí, não há lei que impeça autores de novela
colocarem nos seus personagens os nomes de seu agrado, se não existisse por
trás destes nomes, interesses além das 'nuvens':Fora da TV, Arnon Affonso de
Mello Neto é presidente do CSA, e a novela fez um merchandising do clube, onde
numa cena, Alex (Otávio Augusto) aparece ouvindo um radinho de pilha, vestindo
a camisa do time alagoano (CSA) e comemorando um gol enquanto diz que "o
CSA é o maior time do Brasil".</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 7.5pt;"> (Folha de São Paulo - 20/10/99)</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 0cm;">
<b>Chucky & Maria João da Uga Uga!</b><o:p></o:p></div>
<div class="fonte" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Confirmado: a personagem
Maria João (Vivianne Pasmanter), da novela Uga Uga!, foi mesmo inspirada em
Chucky, o brinquedo assassino!</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 7.5pt;">(Revista
Época-28/08/00)</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 0cm;">
<b>Referências:</b> <o:p></o:p></div>
<div class="fonte" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">- Os Teledependentes -
M.Alfonso Erausquin - Summus Editorial - S.Paulo - 1980<o:p></o:p></span></div>
<div class="fonte" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">- A Criança e a Televisão
- Luiz Teixeira - Ed. Loyola - S.Paulo - 1985<o:p></o:p></span></div>
<div class="fonte" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">- Educação e Manipulação -
Franz-Dietrich Poelert - Alemanha - 1988<o:p></o:p></span></div>
<div class="fonte" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">- Oralidade, escrita,
visualidade - Meios e modos da construção dos indivíduos e das sociedades -
Perturbador mundo novo, <i>apud</i> Televisão e criança: um binômio
incompatível - E. Samain - Unicamp - 1993<o:p></o:p></span></div>
<div class="fonte" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">- Revista
Superinteressante - Editora Abril - Junho/99.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div align="center" style="text-align: center;">
Real Perigo<o:p></o:p></div>
<div align="center" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;">
Muitas vezes vemos filmes do cinema ou da televisão os personagens falando de
lavagem cerebral, guerra psicológica, desinformação, hipnotismo e mensagens
subliminares.</span><o:p></o:p><br />
<div align="center" style="text-align: center;">
<em><span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;">"A primeira vez em que vi uma explicação dos
poderes da tecnologia de comunicação subliminar foi num episódio da série
policial Columbo. Depois, vi filmes como They Live, do Carpenter, só tratando
da manipulação subliminar, até chegar no Arquivo X, no episódio
"Senha", no qual são abordados os subliminares governamentais."
Flávio Calazans</span></em><o:p></o:p></div>
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;">
Hoje com a atual tecnologia existem sofisticados aparelhos subaudíveis/visuais,
ondas de rádio, etc...que fazem o experimento de Jim Vicary parecer brincadeira
de criança. As mensagens subliminares são empregadas para ensinar idiomas
enquanto o estudante dorme, para vender produtos e até eleger Presidentes da
República. Existem grandes empresas que colocam vírus nos computadores que
fazem piscar na tela (efeito flicker) frases como "trabalhe mais
rápido", para aumentar a produtividade dos empregados. Também
supermercados instalam som ambiente com frases "sou honesto" e
"roubar é errado", a fim de reduzir os índices de furtos entre os
clientes, e bancos agem de forma semelhante para estimular aplicações
financeiras.</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;">
Nem todo o subliminar é mau e nocivo; veja, além das artes, os subliminares
didáticos e terapêuticos para curar fobias e traumas psíquicos.</span><o:p></o:p><br />
<div align="center" style="text-align: center;">
Cores<o:p></o:p></div>
<div align="center" style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;">A seguir dois
exemplos de centenas de outras logo marcas trabalhadas com os mais modernos
conhecimentos de <em>indução
psicológica da vontade</em>. Onde é mostrado o funcionamento das cores
(Psicologia das Cores) aplicadas ao Subliminar.</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype
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</v:shapetype><v:shape id="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" alt="" style='width:171.75pt;
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<v:imagedata src="file:///C:\Users\55Fabio\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.gif"
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<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Coca-Cola = preto e
vermelho, onde preto indica abafado e o vermelho calor, então, abafado + c+
calor dá a sensação de SEDE.alor dá a sensação de SE<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
id="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75" alt="" style='width:117pt;height:62.25pt'>
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</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><img height="83" src="file:///C:/Users/55Fabio/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image002.gif" v:shapes="_x0000_i1026" width="156" /><!--[endif]--></span><span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Mc Donalds =
amarelo e vermelho, onde o amarelo indica vazio e o vermelho calor, então vazio
+ calor sugere FOME (também sede) de comida quente</span><o:p></o:p><br />
<div align="center" style="text-align: center;">
<br /></div>
<a href="http://www.terravista.pt/ilhadomel/5004/">http://www.terravista.pt/ilhadomel/5004/</a>
<o:p></o:p><br />
<a href="http://www.calazans.ppg.br/home.htm">http://www.calazans.ppg.br/home.htm</a>
<o:p></o:p><br />
<a href="http://www.geocities.com/edsonkb/">http://www.geocities.com/edsonkb/</a>
<o:p></o:p><br />
<a href="http://www.geocities.com/Area51/Hollow/8261/sublim.htm">http://www.geocities.com/Area51/Hollow/8261/sublim.htm</a>
<o:p></o:p><br />
<br />
<a href="http://www.geocities.com/Brodway/Wing/6556/index2.html">http://www.geocities.com/Brodway/Wing/6556/index2.html</a>
<o:p></o:p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-68939801040957325472014-03-22T16:45:00.002-07:002014-03-22T16:45:18.854-07:00Caverna do Dragão<div class="fonte" style="margin-bottom: 5.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 5.0pt;">
<br /></div>
<div class="fonte" style="margin-bottom: 5.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 5.0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Um dos desenhos de maior
sucesso da TV brasileira. O desenho na verdade nasceu de um jogo de RPG,
"Dungeons & Dragons". <o:p></o:p></span></div>
<div class="fonte" style="margin-bottom: 5.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 5.0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">O FINAL DE "CAVERNA
DO DRAGÃO" </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 7.5pt;">[EXTRAÍDO DA REVISTA HERÓI
2000]</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> - Mestre dos magos é o Demo A história é tão
sinistra que é difícil não se surpreender. Segundo o boato, o dragão Tiamat
seria na verdade um anjo, enviado para dizer que os garotos nunca conseguiriam
retornar ao seu mundo... porque eles estavam mortos! Após um acidente fatal na
montanha-russa, Hank e seus amigos morreram e foram destinados a permanecer
para sempre no inferno. Lá eles estariam sendo vítimas das maldades do Demônio,
que aparecia ora na forma de Vingador, ora na forma de Mestre dos Magos. Para
auxiliar seu trabalho, o Coisa-ruim tinha a ajuda de Uni, que sempre impedia as
crianças de retornar para a Terra. Esta trama macabra foi amplamente divulgada
na Internet e tão bem contada que muita gente passou a tomá-la como sendo
verdadeira. Para acabar com as dúvidas, a Herói 2000 conversou com dois
roteiristas e o criador do desenho, que concordaram em uma coisa: é tudo papo
furado! > Gary Gyrax, produtor e criador de Caverna do Dragão, é quem
define: "Não há verdade alguma nisso. Nenhum episódio assim foi produzido.
Tiamat não é um anjo e nem ajuda de maneira nenhuma". Já Mark Evanier, um
dos roteiristas da série, é mais enfático: "Isto é completamente falso!
Apesar de vários finais possíveis terem sido discutidos, nenhum último episódio
foi realmente produzido". O escritor Michael Reaves, roteirista de oito
episódios, completa: "Caverna do Dragão foi um desenho muito sombrio para
sua época - tanto quanto é Gárgulas hoje. Nós o levamos o mais longe possível
para um programa infantil". Apesar de Caverna ter sido um desenho à frente
de seu tempo, Reaves diz que não haveria chance nenhuma de uma história deste
tipo ter ido ao ar: "Os garotos não ficaram presos no inferno, nem o
Mestre dos Magos é o demônio ou coisa parecida. Essa história toda é
absurda", diz. Mas então, qual é a verdade afinal? <o:p></o:p></span></div>
<div class="fonte" style="margin-bottom: 5.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 5.0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">O Verdadeiro Final <o:p></o:p></span></div>
<div class="fonte" style="margin-bottom: 5.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 5.0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Ao final do terceiro ano
da série, a CBS decidiu colocar no ar um episódio que encerrasse a temporada.
Michael Reaves escreveu aquele que pode ser considerado o verdadeiro último
capítulo da série: Requiem. "Este episódio foi escrito de forma que
tivesse um duplo sentido, ambíguo e triunfante: se o desenho não continuasse, o
final seria satisfatório; se continuasse, o episódio serviria de trampolim para
uma nova direção". Reaves finalizou o Script de Requiem em maio de 1985.
Para sua surpresa (e a de todos), a série foi encerrada bruscamente e este
roteiro acabou nunca saindo do papel. Gary Gyrax explica o fato: "Em 85, a
equipe do desenho se reuniu com os executivos da Marvel e da CBS e foi decidido
que a série continuaria na temporada seguinte. Os seis garotos - mais velhos e
experientes - seriam chamados de volta ao mundo da Caverna do Dragão pelo
Mestre dos Magos. Três scripts do desenho foram feitos e eu até aprovei um
deles. Mas algumas dificuldades surgiram. A D&D Corp. fechou e a CBS junto
com a Marvel decidiu não continuar mais com o desenho. A nova série acabou
cancelada antes mesmo de ser produzida". Caso resolvido e encerrado. Só
falta agora a Globo voltar a exibir Caverna do Dragão. Os fãs saudosos
agradecem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="fonte" style="margin-bottom: 5.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 5.0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">O Final que Ninguém Viu<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="fonte" style="margin-bottom: 5.0pt; margin-left: 36.0pt; margin-right: 36.0pt; margin-top: 5.0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Requiem pode ser
considerado o verdadeiro final de Caverna do Dragão. Escrito há quase quinze
anos, a história traz algumas revelações surpreendentes e um desfecho que
certamente agradaria os fãs. "Eu gostaria que o episódio se chamasse
Redemption (Redenção), mas a emissora achou que este nome dava muito na
cara", diz Michael Reaves. Com a série cancelada, o roteiro nem chegou a
virar desenho. O script pode ser lido na íntegra no site do escritor <a href="http://www.mindspring.com/~michaelreaves/Requiem.htm" target="_blank"><span style="color: black;">(http://www.mindspring.com/~michaelreaves/Requiem.htm) </span></a>.
Veja o resumo da história: O episódio inicia com os seis garotos enfrentando
uma hidra. O Mestre dos Magos aparece durante a briga mas se recusa a
ajudá-los, o que causa estranhamento geral. Mais tarde, o Vingador surge e
apresenta uma maneira para a turma voltar ao seu mundo: encontrar uma chave
escondida e arremessá-la em um abismo. A proposta faz o grupo se dividir em
dois (Eric, Presto e Sheila de um lado e Hank, Bobby, Diana e Uni do outro).
Após quase morrerem em um vulcão, eles se juntam novamente e encontram a tal
chave dentro de um sarcófago com a imagem do Vingador. Ao serem atacados por
uma ameba gigante, Eric usa a chave em uma fechadura e salva seus amigos da
morte certa. Isso faz o Vingador se transformar em sua forma real (um
cavaleiro) e se revela filho do Mestre dos Magos. Com o Vingador libertado, os
garotos ganham a opção de voltar para seus lares. O episódio termina sem o
espectador saber se eles retornaram ou não para a Terra, deixando aí o espaço
para uma continuação na temporada seguinte. <o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-85776738783141973292014-03-22T16:44:00.000-07:002014-03-22T16:44:41.066-07:00Psicologia - Iniciação<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>SISTEMAS DE
PERSONALIDADE - CONCEPÇÃO DA MENTE</b><o:p></o:p></div>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; mso-table-layout-alt: fixed;">
<tbody>
<tr>
<td style="border-bottom: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 92.7pt;" valign="top" width="124">
<div class="MsoNormal">
ID<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 178.1pt;" valign="top" width="237">
<div class="MsoNormal">
Busca do Prazer - Princípio do prazer. Processo primário -
uma imagem mental para redução da tensão<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 178.1pt;" valign="top" width="237">
<div class="MsoNormal">
Produtos como: viagem/festas/<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ou produtos considerados frívolos<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-bottom: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 92.7pt;" valign="top" width="124">
<div class="MsoNormal">
EGO<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 178.1pt;" valign="top" width="237">
<div class="MsoNormal">
Princípio de Realidade-Equilíbrio. Processo Secundário
quando satisfaz o Id e o Superego<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 178.1pt;" valign="top" width="237">
<div class="MsoNormal">
Produtos: banco/escola/<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 92.7pt;" valign="top" width="124">
<div class="MsoNormal">
SUPEREGO<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 178.1pt;" valign="top" width="237">
<div class="MsoNormal">
Exigências Sociais e Culturais<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 178.1pt;" valign="top" width="237">
<div class="MsoNormal">
Produtos: religião<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Devido ao superego o ser humano muitas vezes desenvolve um
senso de culpa grande. Por isto propaganda, por exemplo, dona de casa se
sente culpada ao comprar um produto que a deixe livre para se divertir por
isto em propagandas para suprimir este sentimento inconsciente, deve-se coloca-la passeando no shopping com as
crianças junto, ou comprando algo ao marido ou para casa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Uma pessoa que trabalha demais pode se sentir culpado por
viajar então geralmente vende-se este
produto agregado a congresso/seminários, sendo que a agenda é bem livre para
o turismo no local do evento.<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>MECANISMOS DE
DEFESA</b><o:p></o:p></div>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; mso-table-layout-alt: fixed;">
<tbody>
<tr>
<td style="border-bottom: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
Formação Reativa<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: none; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: solid windowtext 1.0pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
Inversão de sentimentos. Ex.: Odeio minha Mãe dou muito
amor a ela<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-bottom: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
Fixação <o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: none; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: solid windowtext 1.0pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
Fixa-se em uma fase que foi agradável<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-bottom: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
Regressão<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: none; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: solid windowtext 1.0pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
Comportamento infantil. Ex.: Retorna a fase anterior<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
Repressão<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
Coloca-se no Inconsciente os desejos<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
Ansiedade Real<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
ao detectar um perigo eminente, real do meio externo<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
Ansiedade Neurótica<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
medo da perda do controle e da punição<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
Ansiedade Moral<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
medo da própria consciência<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
Projeção<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
Coloco no outro coisas que são minhas<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>ESTADOS DE
CONSCIÊNCIA</b><o:p></o:p></div>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; mso-table-layout-alt: fixed;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 149.6pt;" valign="top" width="199">
<div class="MsoNormal">
PRÉ- CONSCIENTE<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: none; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: solid windowtext 1.0pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 149.6pt;" valign="top" width="199">
<div class="MsoNormal">
INCONSCIENTE<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 149.6pt;" valign="top" width="199">
<div class="MsoNormal">
CONSCIENTE<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 149.6pt;" valign="top" width="199">
<div class="MsoNormal">
São processos inconscientes desenvolvidos pelo Ego e que
afluem facilmente à consciência<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
(quando algo surge em nossa mente, mas não está ainda
totalmente esclarecido)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 149.6pt;" valign="top" width="199">
<div class="MsoNormal">
Parte desconhecida, conflitos psíquicos que não foram
resolvidos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
(tudo que não é visível nem claro atinge direto o
inconsciente e marca)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
(é nesta área que se trabalha a mensagem subliminar)<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 149.6pt;" valign="top" width="199">
<div class="MsoNormal">
O que está claro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A realidade como ela é<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>ENERGIA PSÍQUICA -
DOIS INSTINTOS BÁSICOS</b><o:p></o:p></div>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; mso-table-layout-alt: fixed;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
DE VIDA: Libido - Sobrevivência/Reprodução<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .75pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; padding: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 224.45pt;" valign="top" width="299">
<div class="MsoNormal">
DE MORTE: Estado de inércia total<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 10.0pt;">INSTINTOS</span></b><span style="font-size: 10.0pt;">: São fatores propulsores da personalidade porque
neles é que vai gerar a energia. sua função básica é diminuir tensão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 10.0pt;">PERSONALIDADE</span></b><span style="font-size: 10.0pt;">: É a nossa impressão digital, já está dentro de
todos. Descoberta através das experiências<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 10.0pt;">CARÁTER:</span></b><span style="font-size: 10.0pt;"> É formado
através do meio que nos cerca, são os princípios.<o:p></o:p></span></div>
<h1>
SISTEMAS QUE COMPÕEM A PERSONALIDADE PARA FREUD <o:p></o:p></h1>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 10.0pt;">O <b>id</b> é o sistema
original da personalidade. É a parte herdada, é a sede dos instintos é o
reservatório da energia psíquica. O id é o ponto de encontro das energias
fisiológicas e psíquicas. Age para reduzir a tensão através de 2 mecanismos:
ação reflexa e processo primário( forma uma imagem mental do objeto que irá
satisfazê-lo). O id não tem conhecimento da realidade objetiva só da subjetiva.
Princípio do prazer: busca sempre o prazer e evita a dor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 10.0pt;">O <b>ego</b> se forma a
partir do id. Ele é o mediador do id com a realidade objetiva. É regido pelo
princípio da realidade (realidade objetiva).
A funções cognitivas e intelectuais se colocam à disposição do ego para
que este encontre as melhores condições de satisfazer os desejos do id. O ego
tem a função de integrar os 3 sistemas. Ele adia a satisfação do id, até que se
encontre o objeto adequado para satisfação desses desejos. Age através do
processo secundário: quando o id forma a imagem do objeto de desejo o ego
vai ver se este objeto é adequado a realidade e procura uma saída de unir as
duas coisas. Este processo é mais eficiente na redução de tensão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 10.0pt;">O <b>superego</b> se forma a
partir da introjeção que a criança faz de valores morais e socais aprende dos pais. Tanto o id como o
superego são irracionais. O id por querer o prazer e evitar a dor e o superego
por buscar a perfeição. É a parte moral da personalidade que depois de formada
passa a tomar conta da pessoa a exercer o auto-controle que antes era feito
pelos pais. O superego tem 3 funções principais: inibir o id, tentar guiar o
ego para alvos morais e não realistas e
lutar pela perfeição. O superego, como o ego também adia a satisfação dos
desejos do id, mas além disso tenta reprimi-lo de vez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 10.0pt;">Ego Ideal</span></b><span style="font-size: 10.0pt;">: é o subsistema do superego que incorpora os reforços
recebidos durante a formação do superego. O que é bom, aceitável, reforçado e
incorporado ao ego-ideal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 10.0pt;">Libido</span></b><span style="font-size: 10.0pt;">: é a energia com a qual o instinto de vida trabalha.
É a energia sexual, está localizada no id.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 10.0pt;">Impulso</span></b><span style="font-size: 10.0pt;">: é a força do instinto. Quanto maior a necessidade maior
será o impulso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 10.0pt;">Instinto: é uma representação
psicológica inata de uma fonte somática de excitação. É o desejo de satisfazer
alguma necessidade, para diminuir a tensão . Os instintos são propulsores do
comportamento. Por estarem sempre tentando
satisfazer uma necessidade, os instintos propulsionam a pessoa para a ação,
desenvolvendo assim, sua personalidade. O instinto é constituído de 4 partes:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Fonte, finalidade, objeto e impulso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 10.0pt;">A <b>fonte</b> é onde se
origina a tensão está junto com a finalidade porque sempre a fonte é que vai gerar a tensão fazendo com que o
organismo retorne ao estado de equilíbrio em que estava antes de surgir a
tensão (repetição compulsiva).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 10.0pt;">Finalidade</span></b><span style="font-size: 10.0pt;">: é de descarregar a tensão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 10.0pt;">Objeto:</span></b><span style="font-size: 10.0pt;"> é tudo que está entre o surgimento da necessidade e
sua satisfação<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 10.0pt;">Angústia de castração:</span></b><span style="font-size: 10.0pt;"> ocorre na fase fálica, na imaginação infantil o pai,
inicialmente amado, passa a ser temido, pois o menino receia que, por ciúme,
seu genitor queira retirar-lhe os órgãos
genitais. Uma menina, no entanto gosta mais de seu pai do que da mãe, como sua
mãe é o objeto de amor de seu pai ela procurará imitá-la, para também ser
amada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 10.0pt;">Culpa:</span></b><span style="font-size: 10.0pt;"> inserida fortemente nas pessoas devido a fortes
padrões sociais/culturais ou familiares. A pessoa o tempo todo vai lutar com
este sentimento de culpa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 12.0pt;"><br clear="all" style="mso-special-character: line-break; page-break-before: always;" />
</span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>CAMINHANDO COM FREUD<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b> NA
COMPREENSÃO DO<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b> DESENVOLVIMENTO HUMANO</b><b><span style="font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 283.2pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10.0pt;">Por Oleni de Oliveira Lobo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">No caminho da reflexão sobre a compreensão do ser humano, nos
encontramos com Freud; um personagem imprescindível nessa trajetória pioneira.
Antes dele, o homem era visto como um ser biológico e sob a ótica da medicina.
Esclarecendo melhor, a forma tão profunda desta viagem ao inconsciente, foi
elaborada por Freud .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Freud iniciou no campo da
psiquiatria com a hipnose. Mais tarde devido a descoberta de que seus pacientes
ficavam vinculadas a ele, abandonou essa técnica e passou a usar o método de associação livre, ou seja,
os pacientes falavam tudo que lembravam,
relaxadamente. Mesmo que aparentemente sejam palavras jogadas, esses conteúdos
permitem explorar o inconsciente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> A ambivalência humana que Freud
definiu como energia psíquica, constitui dois instintos básicos: Impulso de
Vida e Impulso de Morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Impulso de Vida, relacionado a <b>Eros</b>,
nossa libido, que nos leva a construção
para nos estabilizar, representado pelo
nosso convívio familiar, trabalho, amizade, relação afetiva e sexual.. Impulso
de Morte, relacionado a <b>Tanathos</b>, o prazer ao destruir, a correr riscos,
a necessidade do ser humano se desligar, de se rever e renascer a cada
instante. Esta ambivalência de construção/reconstrução nos leva ao equilíbrio
da manutenção, este dançar constante que faz o ser humano rico em aprendizagem
e transformação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Na tríade do <b>sistema de
personalidade</b>, Id, Ego e Superego, como concepção da mente, podemos também elaborar um ensaio de
correlação com a mitologia, que desde os primórdios despem o ser humano de uma
forma até poética.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Neste ensaio o <b>Id,</b> se
identifica com a figura de Dionísio, filho de Zeus e uma mortal, um ser jovem e
indomado que confia na sorte e se lança em altos desafios sem hesitação. Os
impulsos irracionais em algumas circunstâncias são muito criativos, em outras
destrutivos e na maior parte do tempo as duas coisas, mas de toda forma provoca
mudanças e viagens rumo a horizontes desconhecidos. A busca de garantia de
chegada ou de como vamos chegar, é um risco que precisamos correr, pois se
não começarmos esta viagem e ignorarmos
o desconhecido, estaremos negando todo nosso potencial jovem e criativo. É no
Id que surgem os instintos básicos, funcionando de maneira a descarregar a
tensão imediatamente; é o princípio do prazer. A busca da gratificação dos
desejos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Em
contrapartida, existe o <b>Superego</b> que na verdade muito se correlaciona
com Atenas, deusa da justiça, aquela que representa a verdade pura e simples,
de forma fria, que elabora uma leitura dos acontecimentos sociais em sua
exatidão, aonde a verdade é absoluta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Altos princípios e frieza de
ponderação sobre a necessidade para preservar e manter a verdade, equilibrando
a força bruta com a lógica e sagacidade. Não tem por base o sentimento pessoal,
mas a avaliação imparcial e objetiva de todos os fatores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> O julgamento se estrutura em
princípios éticos que servem de parâmetros rígidos para qualquer escolha. Jamais
se deixa influenciar pelo desejo humano e pessoal ou pela paixão, é a luta por
princípios de natureza ética, surgindo da capacidade da mente em fazer escolhas
refletidas, mantendo os instintos sobre total controle.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> O mundo gira em torno da harmonia,
da ambivalência e do equilíbrio. Neste papel entra o <b>Ego</b>, simbolizado
por Perséfone, filha da mãe natureza (Deméter), que vivia parte de sua vida com
Hades senhor das trevas, e outra parte com sua mãe, possuindo assim uma visão
dos dois mundos .para representar o equilibrado Ego. Ao citá-lo, vale como reforço correlacionar com Íris a deusa
do arco-íris, que imprime valor a um sentimento diferente de paixão, pois se
renova a cada momento adequando-se as necessidades de um coração compreensivo e
flexível. Cabe ao Ego estabelecer a harmonia entre o Id e superego, se
renovando de acordo com as necessidades do momento em um ajuste contínuo e
fluído. Um trabalho ágil de conter a fera e ao mesmo tempo preservar suas
características primitivas; o instinto vital e criativo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">É
a somatória de experiências passadas, uma espécie de amadurecimento dos
ingredientes turvos do inconsciente compatibilizados com o consciente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Nosso Ego se estabelece a partir das
experiências das viagens ao profundo mundo, denso e cheio de riquezas: nosso
inconsciente, que dificilmente pode ser clareado, mas através de questionamentos dos padrões vigentes,
poderemos descobrir nossos talentos
especiais, que podem ser desenvolvidos e utilizados em nossa existência, assim
como descobrir nosso lado sombrio, nossas limitações, e com esta visão, e a
abertura ao inesperado, surgem as oportunidades à vida e a magia de nossa
evolução. Um casamento perfeito entre emoção e razão, decifrando a linguagem
sagrada e cósmica do ser adquirindo uma compreensão das necessidades e anseios.
O Ego opera pelo <b>princípio de realidade</b>, se adapta as condições do meio
com as condições internas, utilizando todas suas funções intelectuais
cognitivas <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Do <b>inconsciente </b>fazem parte
os traumas, os conflitos psíquicos que não foram resolvidos, e muito dolorosos
ao serem recordados. É a maior parte das angústias que estão dentro de nós sem
que conheçamos, difíceis de se revelarem, pois são barradas por alguma força
que existe no interior de nossas mentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Freud comparava a mente como uma
montanha de gelo flutuante, em que a parte que se vê na superfície representa a
região da consciência, enquanto a massa maior submersa representa a região do
inconsciente, que aprisiona nossos desejos mais secretos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Através dos <b>sonhos </b>adentramos
a este mundo, em sua forma simbólica, dentro de um enredo imaginário, de
realizações de nossos desejos, sujeitos a elaboração de nossas fantasias, material recalcado, e
cheios de significados. Estamos falando de forma apenas didática, pois a
análise de um sonho, requer profundidade, devido a singularidade de nossa produção. Ao sonharmos
com a morte de nossa mãe, acordamos tristes e assustados, mas no íntimo vem a
questão: no dia anterior não ocorreu uma briga na qual no momento estaríamos
querendo distância de nossa mãe?; ou as verdades ditas por nossa mãe já não têm
tanto peso como até então, e estamos adquirindo nossa própria forma de ver o
mundo?. Estas questões nos levam a entender um pouco mais este mundo de
símbolo, que na verdade está a nosso dispor para descarregar tensão, para
realizar nossos desejos que muitas vezes desconhecemos ou não queremos
enxergar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Para Freud, o <b>impulso erótico</b>
nos acompanha desde o nascimento, dividido em fases, havendo, em cada uma
delas, a predominância de uma zona erógena.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Na <b>fase oral</b> a boca é a zona
erógena que manipulada, causa sensações prazerosas. A sucção é uma forma de estimulação dos lábios e da
cavidade bucal. Nesta fase surge a primeira atividade masturbatória, pois este
estímulo consiste em algum tipo de manifestação como lamber e chupar. É muito
importante para a criança, que ela receba atenção, colo, carinho e prazer. Essa fase vai ser
substituída pela <b>anal</b>, onde predomina o prazer que a criança sente ao
desempenhar suas funções excretoras; é a fase onde se aprende limites, a
descoberta da existência diferenciada; a mãe e ela são duas pessoas, a criança
sente necessidade de se espalhar, como se demarcasse um território, brinquedos
por toda parte, marcando presença através de suas coisas, desorganiza para se organizar,
tenta se individualizar dizendo não, e os pais neste momento devem impor os
limites para que esta criança se sinta cuidada e amada.. No <b>estágio fálico</b>
é que aparece o <b>complexo de Édipo</b>. O menino tem desejos de intimidade
com sua mãe e quer afastar o pai e a
menina deseja o pai e quer afastar sua
mãe. A criança manipula os órgãos genitais
e cria em torno disso fantasias sexuais, surgindo o <b>medo da castração</b>,
além do medo de ser descoberto. É no órgão sexual que sente o prazer com os
pais e imagina que será castigado tirando-lhe o aparelho genital. Isto faz com
que a criança invista sua energia no processo de identificação com o pai e
reprima seus sentimentos em relação a sua mãe( no caso do menino). Quando a
menina descobre o pênis, sente inveja, pois ela possui apenas uma cavidade,
culpando sua mãe e invejando o pai por possuir algo que ela deseja dividir .
Após esta fase há um <b>período de latência,</b> onde os impulsos são
reprimidos. E a seguir vem o <b>estágio genital</b> onde a escolha objetal já é
própria, original e específica. É neste
estágio que se desenvolve a socialização, a preocupação com o casamento,
interesse profissional e sexual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Estes períodos são divididos para
esclarecimento didático. No decorrer de nossa existência há um ir e vir a estes momentos, delatados quando nos
deparamos com uma situação que nos
atinge de forma inexplicável, latente em nosso inconsciente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Podemos comparar todo esse processo
como a troca de dentição, do dente de leite ao permanente, é um processo de
substituição um a um, existindo uma coligação. Ou melhor as fases se intercalam
como se fossem elos entrelaçados que formam uma corrente, estão interligadas,
interdependentes em todo processo de nosso desenvolvimento sexual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Segundo Freud <b>a sexualidade</b>
se faz presente em nossa vida desde o princípio de nossa existência. Em seus
estudos e observações concluiu que somos um ser sexuado e que em todas as
partes de nosso corpo insere a sexualidade (nossa forma de expressão, a
realização de um trabalho, conversas,
ensaios de sexualidade como o flerte, postura e forma de ação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Somos um bailado constante de
pequenas mortes, representadas pelo sentimento de perda, para elaborá-las
colocamos coisas no lugar, principalmente atividade lúdica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> A <b>masturbação </b>é uma forma de
liberação de energia, nem sempre ligada ao aparelho genital propriamente dito.
Na criança a excitabilidade sexual se dá através da fantasia da relação sexual
contínua de seus pais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Este jogo se estenderá pela vida,
pois quando falamos em desejo, estamos
falando de representação, é a base da formulação de identidade; nosso desejo só
pode existir sobre algo que está em nossa mente e que está ausente. Quando se
torna real e concreto deixa de ser desejo. Temos necessidade de estar pensando
a frente, de sentir prazer antes de nos apoderarmos do objeto prazer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Em relação afetiva, percebe-se este
jogo: “presente/ ausente”, a ameaça da
perda estimula o desejo. Queremos nos apoderar do objeto desejado e
aprisioná-lo. Um exemplo característico é o do artista: ao terminar sua obra,
pode sentir um grande prazer ao vê-la ser escolhida a ponto de ser desejada por
outro, porém aliado a este sentimento vem a sensação de perda, de esvaziamento
e abandono, mas que provavelmente o estimulará a novas produções.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> O artista elege sua obra, para se
comunicar e dividir com o mundo sua percepção e seus desejos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Geralmente sensível aos
acontecimentos, capta tudo com uma intensidade tal, que precisa ser devolvida
ao mundo. Escolhe o ato criador ( ao contrário da agressão que cristaliza), que
aponta os “limites” possibilitando reflexões e revisões das formas vigentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> A agressão com esta nova vestimenta
faz seu papel delatador de forma simbólica, ou seja, sob diversas facetas e
identificações com os nossos próprios símbolos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> A busca constante do ser humano é
ser feliz em toda sua forma de expressão; é a busca do amor representado, pelo
colo (troca de fraldas, alimentação na
hora, carinho físico) e por cuidados ( impondo limites de forma firme, não aos
gritos e de forma repetitiva), a forma de colocarmos estas exigências é que vão
variar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Na época atual aonde prevalece a
competição, muitos gritam por socorro, de forma inadequada talvez. Poderíamos
ser mais felizes se deixássemos de nos preocupar somente com os próprios gritos
e passássemos a interpretar melhor as necessidades dos outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> Quem sabe seria a solução para
suprir as nossas carências.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="color: windowtext; font-size: 10.0pt;"> Freud
explicaria?....<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">*<b>Oleni de Oliveira Lobo é psicóloga</b> com especialização
em Psicodrama Terapêutico, pós-graduada em Gestão da Qualidade, consultora em
recursos Humanos da B&G Blanco e professora da Faculdade de Comunicação da Universidade santa Cecília
(UNISANTA). oleni@uol.com.br<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 10.0pt;">REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Brener,
Charles - Noções básicas de psicanálise - Editora Imago/USP - 1975<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Salomão,
Jayme (direção) Pequena Coleção das Obras de Freud- Cinco lições de Psicanálise -Contribuições à
Psicologia do Amor - Editora Imago - RJ
- 1973<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Salomão,
Jayme (direção técnica) - Pequena Coleção das Obras de Freud - O Ego e o Id -
Editora Imago - RJ 1975<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Salomão,
Jayme ( direção técnica) - Pequena Coleção das Obras de Freud - Artigos sobre
técnica de Sonhos no Folclore e outros trabalhos - Editora Imago - RJ 1976<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 10.0pt;">Salomão, Jayme ( direção
técnica) - Pequena Coleção das Obras de Freud - Conferências Introdutórias
sobre Psicanálise - Teoria Geral das Neuroses - Editora Imago Rio de Janeiro
–1976<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: "Verdana","sans-serif";">O EGO, O PODER, O DESTINO, A LILITH, E A VIDA!<br />
(<i><u>uma opinião que merece ser analisada)</u></i></span></b><b><span style="color: red;"> <o:p></o:p></span></b></div>
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Todos nós,
da raça humana terrestre, enfrentamos alguns dilemas, de difíceis soluções...
Conviver nesta sociedade, que tem como valores morais, aquilo que quase sempre
o que é imoral, tem criado a todos nós muitas dificuldades em evoluirmos. Se
por acaso entende, que evolução é se libertar do ego e de todas as suas
armadilhas, então você e eu, estamos no mesmo dilema. Como encontrar este
caminho??? </span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Tenho constatado,
que o Ego, criado por uma falsa necessidade de vida coletiva, é antes de tudo
um grande engano, pois houve tempos neste planeta, que todos os seres viveram
uma vida coletiva, onde se trocavam experiências de vida , convívio e
construção, sem uma pessoa querer ser melhor, ou ter mais que a outra.......
Percebam.... o ego é um instrumento do PODER..</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Se tens
alguma dúvida, consulte seu coração e veja as suas próprias necessidade de
poder... uns se prendem no poder político, outro no social, outro no religioso,
outro no econômico, outro no da beleza, outro no....... sempre a disputa por um
poder, qualquer que seja, faz com que nosso ego esteja na vanguarda, tomando
conta de nossa luz, e não permitindo, que nos livremos da mesmice. </span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Mesmice
que nos acompanha a milhares de anos, e fez com que estivéssemos afastados de
nosso caminho de alma. Apenas para relembrar, caminho de alma, entendemos como
o caminho de nossa própria conquista como ser, o caminho que nos leva à
felicidade interior, este auto-conhecimento que nos aproxima da divindade...
ainda não entendeu.... olhe-se e veja, se você é feliz com seu interior.... se
não é, não está no seu caminho de alma.... o ego está lhe pegando.</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Mas
voltando ao poder...... qual será o motivo que nós seres humanos, precisamos
tanto deste poder??????</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Se
olharmos a clássica Psicologia, encontraremos entre as iniciais pulsões de vida
e morte, a energia da libido, o eros, os traumas reprimidos, uma série de
informações importantes, que podem nos ajudar a entendermos melhor o
"porquê somos assim", e em todo os conteúdos que formam nossas
SOMBRAS, devem estar explícitos, os motivos de nossas dificuldades.... Mas
apontem se há alguém aqui neste planeta, que consegue conhecer todas suas
sombras????</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Algumas
leituras, vieram me ajudar a compreender melhor este enigma, e me deu por hora,
algumas respostas, que têm me servido para profunda reflexão.</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Nós somos
seres bipolares.... aliás, toda a natureza é bipolar,(temos a dualidade) ou
funciona aos pares... vejamos... a nossa galáxias, onde se encontra nosso
sistema solar... é dirigida por um sol central, onde habitam 2 seres,
verdadeiros Deuses, de nomes ALPHA e ÔMEGA. São eles, perante o CRIADOR DE
TODAS AS COISAS , O INCRIADO, que O representam, tem autoridade, para
resolverem todas as questões evolutivas nesta galáxia. </span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Esta
Galáxia, é formada de 7 sóis, cada um destes sóis, com 7 planetas ao redor. O
nosso sol, onde a terra está inclusa, tem também um casal, que o habita, e seus
nomes são HELIOS e VESTA. Da mesma maneira, eles tem autoridade, para solução
de qualquer coisa, pois são eles os criadores deste sistema solar.</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Para
entendermos melhor : QUANTO MAIS EVOLUIMOS, MAIS RESPONSABILIDADES VAMOS TENDO
E MAIS PARCERIA COM A DIVINDADE VAMOS FAZENDO, até atingirmos o grau de DEUSES,
pois Jesus foi bem claro quando avisou..."vós sois Deuses..." Então,
podemos entender, que o masculino e feminino estão sempre juntos, participando
da co-criação. MASCULINO e FEMININO são inseparáveis. São justapostas, são
complementares, são um pedaço de um todo. <b>São um só.</b></span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Na
tradição esotérica, encontramos informações, de que no início do povoamento do
planeta terra, a mais de 250 milhões de anos atrás, nós vivíamos totalmente no
paraíso, no próprio Jardim do Éden. Nossa vida era pautada, em viver, se descobrir,
amar intensamente nosso parceiro/parceira, na intimidade de nossa vida afetiva
e sexual e ter um amor coletivo abrangente, pois vivíamos a lei do amor, e por
isso, nosso contato com seres de outras dimensões era total. </span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Anjos,
elementais, mestres, extra-terrestres, faziam parte de nossas vidas. Tínhamos a
3<sup>ª</sup> visão aberta. Não praticávamos o mal, nem o mau. Vivíamos em
harmonia com a obra da natureza. Segundo constam, durante 2 civilizações, os
humanos, encarnaram aqui, e se relevaram, ascenderam à categoria de mestres e
foram habitar outros mundos, tal é a lei.</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Num certo
momento, quando o planeta estava quase se materializando, por
completo,(atingindo a 3<sup>a</sup>. dimensão).... num determinado dia....uma
mulher..... muito bonita.... começou a sentir sensações estranhas e a
questionar o poder que o masculino tinha... principalmente o poder sexual que
seu parceiro tinha sobre ela... onde ela sempre se submetia e acabava ficando
por baixo.... até então, a troca afetiva, sexual e dos papéis sociais que cada um
representavam, era equilibrada, harmônica.... ela durante o ato sexual....
sentiu vontades diferentes.... não a de servir seu parceiro amorosamente, como
sempre fora, mas de submetê-lo, dominá-lo.......ële tem pênis, tem força, está
sempre por cima de mim.......estou cheia disso......quero ele na minha mão, não
só ele como todos os homens.....</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Esta pobre
mulher não sabia, que ela tinha permitido, que uma das piores energias do
universo, entrasse em si, e as conseqüências, foi a conquista do planeta
inteiro.... Até aquele momento o sexo era praticado somente por amor, e cada um
tinha seu parceiro de coração e alma, mas à partir deste momento, aquilo que
era natural entre homem e mulher, passou a ser um jogo, e a intenção da LILITH,
era deixar o homem dependente do sexo, ou melhor do corpo da mulher, como
conseguiu fazê-lo. </span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Sua
atuação, sempre foi em incentivar a mulher a seduzir, a conquistar, para assim
ter o homem na sua mão, e manipulá-lo, para que o império dos desejos tomasse
conta do planeta inteiro. A contra partida disto, foi a mulher ficar escrava da
forma e beleza, para precisar seduzir o homem. O segundo passo, após o controle
da sexualidade foi criar o dinheiro. Com o sexo e dinheiro, estabeleceu-se um
intermitente jogo, da busca do PODER. Pois ambos, sexo e dinheiro, sempre
representaram o PODER. Mais tarde este PODER se estendeu à religião.</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Daí para a
frente, a história da humanidade, quase que a conhecemos. Saímos do paraíso, o
homem começou a desejar a mulher do próximo, a mulher a desejar o homem da
próxima... </span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Saímos do
nosso eixo de equilíbrio... o império dos sentidos dos chacras abaixo do
umbigo, começou a tomar conta de todas as pessoas...os nobres sentimentos, as
qualidades mais elevadas de alma, começaram a ser esquecidas.... as consequências
foram as piores possíveis.... perdemos a 3<sup>ª</sup> visão, o 3<sup>º</sup>
olho se atrofiou e virou uma glândula, a Pineal....perdemos os contatos com a
divindade e ficamos sem seu amparo direto e sabedoria, devido a troca efetiva e
perene que existia....começamos a matar a própria obra da divindade, o nosso
próprio irmão.... a guerra começou.... as sombras se espalharam pelo planeta
inteiro.</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">A coisa
chegou a tal ponto que o Conselho Cármico da Confederação de Mundos das
Galáxias, se reuniu com todos os seus mestres, e puseram em votação, a extinção
do planeta terra e de toda sua população, pois não entendiam, que a humanidade
terrena, teria mais chances de sair do buraco negro que tinham entrado.</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Quando
parecia que esta seria a decisão, um ser, que era o líder do povo de Vênus, de
nome SANAT KUMARA, vendo que tínhamos perdido o uso do fogo, interveio, e
tomado por um amor divino que contagiou toda a platéia, compromete-se a ajudar
os terrenos, e colaborar para que entre nós surgisse novamente o amor, a
compreensão, a fraternidade..... </span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Conversou
com sua metade feminina, a ANUR ( QUE É A PRÓPRIA VÊNUS) e acertaram que ele
viria para cá,seria o REI DO MUNDO, e traria do fogo divino, desde o centro do
planeta, para que ele fosse se alastrando e num determinado tempo, atingisse
toda a humanidade, e pudesse entender novamente os objetivos da criação, para
cada um de nós e só voltaria para seu lar, quando o primeiro dos humanos,
ascendesse como mestre, FATO QUE OCORREU EM 1.956.</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Esta é uma
história, que você pode não acreditar, pesquise a investigue.... mas sobretudo
analise sua lógica e coerência e vejam-se a si mesmos, olhem-se masculinos e
femininos.... percebam quanto da influência das paixões ainda ficaram no nosso
Subconsciente.... quanto precisamos ainda jogar fora deste lixo espiritual, que
corroe nossas ligações com a divindade.</span><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Nós,
masculino e feminino, somos parceiros, não opositores... jogos, seduções, uso
do poder, uso do dinheiro, uso do corpo.... são coisas que precisamos
urgentemente cortar de nossos cardápios. É imperioso aprendermos a usar
novamente o amor.... o amor como elemento primordial da vida, da evolução e da
felicidade. O maior PODER do universo é o AMOR. Quanto tempo já perdemos!!!!!!</span><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-21498812980520348182014-03-22T16:34:00.003-07:002014-03-22T16:34:55.173-07:00 O mal-estar na civilização - Freud<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 20px !important; padding: 8px 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 20px !important; padding: 8px 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;"><a href="http://filosofonet.files.wordpress.com/2007/09/no_h_m11.png" sl-processed="1" style="color: #222222;"><span style="color: black;"><img alt="" class="alignleft size-full wp-image-1106" src="http://filosofonet.files.wordpress.com/2007/09/no_h_m11.png?w=594" style="background-color: #f4f4f4; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(221, 221, 221); float: left; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 5px;" title="NO_H_M~1" /></span></a>Em seu texto de 1920, “<strong>O mal-estar na civilização</strong>”, Freud chegou a conclusão que o indivíduo não pode ser feliz na civilização moderna. Mesmo com todo progresso técnico e cientifico o homem não se tornou mais feliz. Ao refletir sobre o propósito da vida, ele diagnosticou que o objetivo da civilização não é a felicidade, mas é a renúncia a ela. A vida do indivíduo é a busca constante pela realização da satisfação do prazer, mas esta satisfação é impossível de realizar num mundo carente e escasso de recursos. O mundo é hostil as necessidades humanas, para tudo que é bom e prazeroso exigem-se trabalhos penosos e sofrimentos. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;"> A manutenção da civilização exige que os individuos trabalhem. Mas os homens não são amantes do trabalho e os argumentos não tem valia nenhuma contra suas paixões.<em> </em>Assim, é somente através da repressão social que os indivíduos são obrigados a trabalharem. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;"> </span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 20px !important; padding: 8px 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;"> Na teoria da cultura freudiana, a sexualidade é a pedra fundamental na manutenção e reprodução da civilização. A civilização só pode existir porque os impulsos sexuais são canalizados para o trabalho, gerando todos os bens materiais e intelectuais da civilização. “A civilização está obedecendo às leis da necessidade econômica, visto que uma grande quantidade de energia psíquica que ela utiliza para seus próprios fins tem de ser retirada da sexualidade” (FREUD, 1969, p. 125). Em conseqüência disso, </span><span style="font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;">Freud atribuiu as doenças psíquicas de sua época a grande repressão que a civilização exerce sobre os impulsos sexuais. Essa insatisfação foi exigida num grau muito superior que o necessário. O processo civilizatório é marcado pela renúncia e pelo sentimento de insatisfação que os homens experimentam vivendo em sociedade. O resultado disso é o mal-estar na civilização. Este mal-estar é produzido pelo conflito irreconciliável entre as exigências pulsionais e as restrições da civilização. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;"> </span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 20px !important; padding: 8px 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;"> Hoje em pleno século XXI podemos dizer que nossa época melhorou muito. A vida tornou-se um pouco mais digna; as taxas de crescimento da natalidade e o aumento da expectativa de vida demonstram a melhoria. A saúde e o saneamento básico já atingem a grande maioria da população mundial. O analfabetismo já não é um problema grave dos países subdesenvolvidos. Há uma maior tolerância à liberdade sexual. A população de hoje usufrui mais e melhor dos bens culturais. No entanto, o mal estar na civilização não desapareceu. Em nossa época, o mal-estar assume novas formas, ela estaria mais associada às condições econômicas e sociais que os indivíduos experimentam no mundo moderno. Nós, filhos da modernidade, somos espectadores de uma experiência que melhor se conceitua como fome, miséria, barbárie, guerras, desemprego, instabilidade econômica e social. Todos esses fatores geram a insegurança social no indivíduo e conseqüentemente são responsáveis pelas doenças psíquicas de nossa época. No atual estágio de nossa civilização não sabemos se nossas perspectivas serão realizadas. O mundo se torna cada vez mais racionalizado e o trabalho se torna cada vez mais dispensável. A racionalidade técnica cria cada vez mais domínio de objetos e instrumentos que acabam por mecanizar todas as estruturas sociais. O homem entendido como homo faber<strong><em>*</em></strong> está perdendo sua importância. Nós vivemos uma época de desemprego estrutural (desemprego causado pela mecanização das estruturas sócias). Esse desemprego atinge todos os países e torna inexorável o fim da sociedade do trabalho. O homem tem se tornado uma peça inútil na estrutura dos meios de produção. A possibilidade de uma mecanização completa em todas as esferas da vida social é uma possibilidade histórica. Esse fato deve abalar o narcisismo do homem. O indivíduo se vê sem ocupação e sem perspectivas. Ele perde sua identidade na medida em que perde sua ocupação. Ele torna-se um indivíduo à margem, mais um na massa de desempregados. É este mal-estar na civilização, que surge da preocupação, do medo e da insegurança que procuramos diagnosticar. </span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 20px !important; padding: 8px 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;"> Na época de Freud, o puritanismo, os tabus e a enorme rigidez contra os impulsos sexuais poderiam dar razões para se afirmar que o mal-estar surgisse das restrições à vida sexual. Contudo, vivemos em uma época onde a liberdade sexual é tolerada e até mesmo incentivada. A sexualidade perdeu sua importância como fator preponderante nas crises de ansiedade e de neuroses. No atual estágio do progresso humano, as restrições à sexualidade tornaram-se desnecessárias. Com o desenvolvimento técnico e cientifico, o uso das pulsões sexuais na criação dos bens culturais perdeu sua importância. O homem já não precisa mais sacrificar sua sexualidade em nome do progresso. Hoje a racionalidade atingiu todas as esferas da vida social. O progresso técnico atingiu tal amplitude que já não é mais necessário desviar as pulsões sexuais para o trabalho competitivo. Em um futuro próximo, não será mais preciso o uso das forças humanas na produção e reprodução dos bens culturais. As pulsões estariam livres da repressão imposta pelo trabalho social. Dessa forma, o mal-estar do indivíduo na civilização já não surge mais da insatisfação libidinal. Já não é mais de uma tensão física, sexual, que causa a ansiedade, mas é uma tensão psíquica, causada pela preocupação, pelo medo e pela insegurança causada por condições econômicas e sociais. Os estímulos externos causam todo tipo desajuste psíquico. É comum a experiência da melancolia, da depressão, do desânimo, do desinteresse pela vida, da baixa auto-estima e da sensação de inutilidade. As doenças que eram menos comuns na época de Freud se tornaram grandes problemas para psicólogos e psiquiatras, são os traumas de roubos e de seqüestros, a síndrome do pânico, a compulsão de consumo, a síndrome de perseguição, a misantropia e a depressão. Todas essas doenças são acompanhadas de crises de ansiedade. São doenças típicas de nossa época e que estão associadas ao mal-estar na civilização. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;"> </span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 20px !important; padding: 8px 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;"> Segundo Mezan, “na época de Freud a sociedade era mais rigidamente patriarcal e com valores claramente identificáveis, nossa época tornou-se mais relativista e fragmentária. Os ritmos de mudança na sociedade contemporânea se tornaram alucinantes, deixando os indivíduos desorientados e pressionados pelas exigências do dia-a-dia”. (MEZAN, 2000, p. 208).</span><span style="font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;"> Se na época de Freud os valores eram bem estabelecidos, em nossa época não há mais valores ou rumos pré-estabelecidos a serem seguidos. A família como formadora da individualidade se fragmentou. Os laços familiares se tornaram frágeis por causa das exigências do mundo exterior. A família não constitui mais um núcleo fixo de produção da subjetividade. Todos os indivíduos devem trabalhar se querem viver. A criança não tem mais o convívio do pai. O pai deixou de ser um parâmetro ou modelo a ser seguido. Não há mais parâmetros ou padrões definidos A Tv, a escola e as instituições sociais ensinam os modelos, as formas de ser, de pensar, de agir e de valorizar. O indivíduo moderno está desamparado e desorientado. Seu modelo é o patrão, o playboy rico, o traficante do bairro ou o artista de novela. O distanciamento da autoridade paterna causou ao indivíduo o desnorteamento e a insegurança frente ao mundo exterior. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;"> </span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 20px !important; padding: 8px 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;"> O mal-estar na civilização é a condição existencial do homem moderno, é o destino que todos temos de compartilhar. O simples fato de o indivíduo viver no mundo contemporâneo já é o requisito para se viver ansioso. A sociedade industrial, a competitividade, o consumo desenfreado, o desemprego, a violência, a dinâmica das transformações sociais e dos valores, a adaptação do indivíduo às exigências da vida são os principais fatores que produzem o mal-estar na civilização. </span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 20px !important; padding: 8px 0px; text-align: justify;">
<strong>Bibliografia</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 20px !important; padding: 8px 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 28px;"><span style="font-family: 'Times New Roman';">FREUD, S<span style="text-decoration: underline;">. </span><strong>O mal-estar na civilização</strong>. Rio de Janeiro, Imago, Edições Standard, Tomo XXI ,1969.</span></span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 20px !important; padding: 8px 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black;"> </span><span style="color: black;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 28px;"><span style="font-family: 'Times New Roman';">MEZAN, Renato . <strong>O Mal-Estar na Modernidade.</strong> Revista Veja, São Paulo, p. 68 – 70, 26 dez. 2000.</span></span><span style="font-family: Arial; font-size: 14pt; line-height: 28px;"> </span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-11329607361866777472014-03-22T16:33:00.001-07:002014-03-22T16:33:46.294-07:00O mal-estar na civilização é um texto do médico e fundador da psicanálise Sigmund Freud que discute o fato da cultura - termo que o autor iguala à civilização - produzir um mal-estar nos seres humanos, pois que existe uma dicotomia entre os impulsos pulsionais e a civilização. Portanto, para o bem da civilização, o indivíduo é oprimido em suas pulsões e vive em mal-estar. É um dos principais escritos onde Freud esboça a relação entre os elementos de sua teoria da consciência com uma teoria social, o outro texto é O futuro de uma ilusão.<br />
<blockquote style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;">
<div class="Section1">
<div class="Section1">
<div class="Section1">
<div class="Section1">
</div>
</div>
</div>
</div>
</blockquote>
<br />
<div class="Section1" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;">
<div class="Section1">
<div class="Section1">
<div class="Section1">
<div class="Section1">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">O trabalho psicanalítico nos mostrou que as frustrações da vida sexual são precisamente aquelas que as pessoas conhecidas como neuróticas não podem tolerar. O neurótico cria, em seus sintomas, satisfações substitutivas para si, e estas ou lhe causam sofrimento em si próprias, ou se lhe tornam fontes de sofrimento pela criação de dificuldades em seus relacionamentos com o meio ambiente e a sociedade a que pertence. Esse último fato é fácil de compreender; o primeiro nos apresenta um novo problema. A civilização, porém, exige outros sacrifícios, além do da satisfação sexual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">Abordamos a dificuldade do desenvolvimento cultural como sendo uma dificuldade geral de desenvolvimento, fazendo sua origem remontar à inércia da libido, à falta de inclinação desta para abandonar uma posição antiga por outra nova.<a href="http://www.espacoacademico.com.br/026/26tc_freud.htm#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span> [1] </span></span></a>Dizemos quase a mesma coisa quando fazemos a antítese entre a civilização e sexualidade derivar da circunstância de o amor sexual constituir um relacionamento entre dois indivíduos, no qual um terceiro só pode ser supérfluo ou perturbador, ao passo que a civilização depende de relacionamento entre um considerável número de indivíduos. Quando um relacionamento amoroso se encontra em seu auge, não resta lugar para qualquer outro interesse pelo ambiente; um casal de amantes se basta a si mesmo; sequer necessitam do filho que têm em comum para torná-los felizes. Em nenhum outro caso Eros revela tão claramente o âmago do seu ser, o seu intuito de, de mais de um, fazer um único; contudo, quando alcança isso da maneira proverbial, ou seja, através do amor de dois seres humanos, recusa-se a ir além.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">Até aqui, podemos imaginar perfeitamente uma comunidade cultural que consista em indivíduos duplos como este, que, libidinalmente satisfeitos em si mesmos, se vinculem uns aos outros através dos elos do trabalho comum e dos interesses comuns. Se assim fosse, a civilização não teria que extrair energia alguma da sexualidade. Contudo, esse desejável estado de coisas não existe, nem nunca existiu. A realidade nos mostra que a civilização não se contenta com as ligações que até agora lhe concedemos. Visa a unir entre si os membros da comunidade também de maneira libidinal e, para tanto, emprega todos os meios, favorece todos os caminhos pelos quais as identificações fortes possam ser estabelecidas entre os membros da comunidade e, na mais ampla escala, convoca a libido inibida em sua finalidade, de modo a fortalecer o vínculo comunal através das relações de amizade. Para que esses objetivos sejam realizados, faz-se inevitável uma restrição à vida sexual. Não conseguimos, porém, entender qual necessidade força a civilização a tomar esse caminho, necessidade que provoca o seu antagonismo à sexualidade. Deve haver algum fator de perturbação que ainda não descobrimos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">A pista pode ser fornecida por uma das exigências ideais, tal como as denominamos,<a href="http://www.espacoacademico.com.br/026/26tc_freud.htm#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span> [2] </span></span></a>da sociedade civilizada. Diz ela: ‘Amarás a teu próximo como a ti mesmo.’ Essa exigência, conhecida em todo o mundo, é, indubitavelmente, mais antiga que o cristianismo, que a apresenta como sua reivindicação mais gloriosa. No entanto, ela não é decerto excessivamente antiga; mesmo já em tempos históricos, ainda era estranha à humanidade. Se adotarmos uma atitude ingênua para com ela, como se a estivéssemos ouvindo pela primeira vez, não poderemos reprimir um sentimento de surpresa e perplexidade. Por que deveremos agir desse modo? Que bem isso nos trará? Acima de tudo, como conseguiremos agir desse modo? Como isso pode ser possível? Meu amor, para mim, é algo de valioso, que eu não devo jogar sem reflexão. A máxima me impõe deveres para cujo cumprimento devo estar preparado e disposto a efetuar sacrifícios. Se amo uma pessoa, ela tem de merecer meu amor de alguma maneira. (Não estou levando em consideração o uso que dela posso fazer, nem sua possível significação para mim como objeto sexual, uma vez que nenhum desses dois tipos de relacionamento entra em questão onde o preceito de amar seu próximo se acha em jogo.) Ela merecerá meu amor, se for de tal modo semelhante a mim, em aspectos importantes, que eu me possa amar nela; merecê-lo-á também, se for de tal modo mais perfeita do que eu, que nela eu possa amar meu ideal de meu próprio eu (<i>self</i>). Terei ainda de amá-la, se for o filho de meu amigo, já que o sofrimento que este sentiria se algum dano lhe ocorresse seria meu sofrimento também – eu teria de partilha-lo. Mas, se essa pessoa for um estranho para mim e não conseguir atrair-me por um de seus próprios valores, ou por qualquer significação que já possa ter adquirido para a minha vida emocional, me será muito difícil amá-la. Na verdade, eu estaria errado agindo assim, pois meu amor é valorizado por todos os meus como um sinal de minha preferência por eles, e seria injusto para com eles, colocar um estranho no mesmo plano em que eles estão. Se, no entanto, devo amá-lo (com esse amor universal) meramente porque ele também é um habitante da terra, assim como o são um inseto, uma minhoca ou uma serpente, receio então que só uma quantidade de meu amor caberá à sua parte – e não, em hipótese alguma, tanto quanto, pelo julgamento de minha razão, tenho o direito de reter para mim. Qual é o sentido de um preceito enunciado com tanta solenidade, se seu cumprimento não pode ser recomendado como razoável?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">Através de um exame mais detalhado, descubro ainda outras dificuldades. Não meramente esse estranho , em geral, indigno de meu amor; honestamente, tenho de confessar que ele possui mais direito de minha hostilidade e, até mesmo, meu ódio. Não parece apresentar o mais leve traço de amor por mim e não demonstra a mínima consideração para comigo. Se disso ele puder auferir uma vantagem qualquer, não hesitará em me prejudicar; tampouco pergunta a si mesmo se a vantagem assim obtida contam alguma proporção com a extensão do dano que causa em mim. Na verdade, não precisa nem mesmo auferir alguma vantagem. Se puder satisfazer qualquer tipo de desejo com isso, não se importará em escarnecer de mim, em me insultar, me caluniar e me mostrar a superioridade de seu poder; e, quanto mais seguro se sentir e mais desamparado eu for, mais, com certeza, posso esperar que se comporte dessa maneira para comigo. Caso se conduza de modo diferente, caso mostre consideração e tolerância como um estranho, estou pronto a trata-lo da mesma forma, em todo e qualquer caso e inteiramente fora de todo e qualquer preceito. Na verdade, se aquele imponente mandamento dissesse ‘Ama a seu próximo como este te ama’, eu não lhe faria objeções. E há um segundo mandamento que me parece mais incompreensível ainda e que desperta em mim uma oposição mais forte ainda. Trata-se do mandamento ‘Ama os teus inimigos’. Refletindo sobre ele, no entanto, percebo que estou errado em considerá-lo com uma oposição maior. no fundo, é a mesma cosa.<a href="http://www.espacoacademico.com.br/026/26tc_freud.htm#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span> [3]</span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">Acho que agora posso ouvir uma voz solene me repreendendo: ‘É precisamente porque teu próximo não é digno de amor, mas, pelo contrário, é teu inimigo, que deves amá-lo como a ti mesmo’. Compreendo então que se trata de um caso semelhante ao do <i>Credo quia absurdum.<a href="http://www.espacoacademico.com.br/026/26tc_freud.htm#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span> [4]</span></span></a></i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">Ora, é muito provável que meu próximo, quando lhe for prescrito que me ame como a si mesmo, responda exatamente como o fiz e me rejeite pelas mesmas razões. Espero que tenha os mesmos fundamentos objetivos para fazê-lo, mas terá a mesma idéia que tenho. Ainda assim, o comportamento dos seres humanos apresenta diferenças que a ética, desprezando o fato de que tais diferenças são determinadas, classifica como ‘boas’ ou ‘más’. Enquanto essas inegáveis diferenças não forem removidas, a obediência às elevadas exigências éticas acarreta prejuízos aos objetivos da civilização, por incentivar o ser mau. Não podemos deixar de lembrar um incidente ocorrido na câmara dos deputados francesa, quando a pena capital estava em debate. Um dos membros acabara de defender apaixonadamente a abolição dela e seu discurso estava sendo recebido com tumultuosos aplausos, quando uma voz vinda do plenário exclamou: <i>‘Que messieurs les assassins commencent!’<a href="http://www.espacoacademico.com.br/026/26tc_freud.htm#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span> [5]</span></span></a></i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">O elemento de verdade por trás disso tudo, elemento que as pessoas estão tão dispostas a repudiar, é que os homens não são criaturas gentis que desejam ser amadas e que, no máximo, podem defender-se quando atacadas; pelo contrário, são criaturas entre cujos dotes instintivos deve-se levar em conta uma poderosa quota de agressividade. Em resultado disso, o seu próximo é, para eles, não apenas um ajudante potencial ou um objeto sexual, mas também alguém que os tenta a satisfazer sobre ele a sua agressividade, a explorar sua capacidade de trabalho sem compensação, utilizá-lo sexualmente sem o seu consentimento, apoderar-se de suas posses, humilhá-lo, causar-lhe sofrimento, torturá-lo e matá-lo. <i>Homo homini lupus.<a href="http://www.espacoacademico.com.br/026/26tc_freud.htm#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span> [6] </span></span></a></i>Quem, em face de toda sua experiência da vida e da história, terá a coragem de discutir essa asserção? Via de regra, essa cruel agressividade espera por alguma provocação, ou se coloca a serviço de algum outro intuito, cujo objetivo também poderia ter sido alcançado por medidas mais brandas. Em circunstâncias que lhe são favoráveis, quando as forças mentais contrárias que normalmente a inibem se encontram fora de ação, ela também se manifesta espontaneamente e revela o homem como uma besta selvagem, a quem a consideração para com sua própria espécie é algo estranho. Quem quer que relembre as atrocidades cometidas durante as imigrações raciais ou as invasões dos hunos, ou pelos povos conhecidos como mongóis sob a chefia de Gengis Khan e Tamerlão, ou na captura de Jerusalém pelos piedosos cruzados, ou mesmo, na verdade, os horrores da recente guerra mundial, quem quer que relembre tais coisas terá de se curvar humildemente ante a verdade dessa opinião.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">A existência da inclinação para a agressão, que podemos detectar em nós mesmos e supor com justiça que ela está presente nos outros, constitui o fator que perturba nossos relacionamentos com o nosso próximo e força a civilização a um tão elevado dispêndio [de energia]. Em conseqüência dessa mútua hostilidade primária dos seres humanos, a sociedade civilizada se vê permanente ameaçada de desintegração. O interesse pelo trabalho em comum não a manteria unida; as paixões instintivas são mais fortes que os interesses razoáveis. A civilização tem de utilizar esforços supremos a fim de estabelecer limites para os instintos agressivos do homem e manter suas manifestações sob o controle por formações psíquicas reativas. Daí, portanto, o emprego de métodos destinados a incitar as pessoas a identificação e relacionamentos amorosos inibidos em sua finalidade, daí a restrição à vida sexual e daí, também, o mandamento ideal de amar ao próximo como a si mesmo, mandamento que é realmente justificado pelo fato de nada mais ir tão fortemente contra a natureza original do homem. A despeito de todos os esforços, esses empenhos da civilização até hoje não conseguiram muito. Espera-se impedir os excessos mais grosseiros da violência brutal por si mesma, supondo-se o direito de usar a violência contra os criminosos; no entanto, a lei não é capaz de deitar a mão sobre as manifestações mais cautelosas e refinadas da agressividade humana. Chega a hora em que cada um de nós tem de abandonar, como sendo ilusões, as esperanças que, na juventude, depositou em seus semelhantes, e aprende quanta dificuldade e sofrimento foram acrescentados à sua vida pela má vontade deles. Ao mesmo tempo, seria injusto censurar a civilização por tentar eliminar da atividade humana a luta e a competição. Elas são indubitavelmente indispensáveis. Mas oposição não é necessariamente inimizade; simplesmente, ela é mal empregada e tornada uma <i>ocasião</i> para a inimizade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">Os comunistas acreditam ter descoberto o caminho para nos livrar de nossos males. Segundo eles, o homem é inteiramente bom e bem disposto para com seu próximo, mas a instituição da propriedade privada corrompeu-lhe a natureza. A propriedade da riqueza privada confere poder ao indivíduo e, com ele, a tentação de maltratar o próximo, ao passo que o homem excluído da posse está fadado a se rebelar hostilmente contra seu opressor. Se a propriedade privada fosse abolida, possuída em comum toda a riqueza e permitida a todos a partilha de sua fruição, a má vontade e a hostilidade desapareceriam entre os homens. Como as necessidades de todos seriam satisfeitas, ninguém teria razão alguma para encarar outrem como inimigo; todos de boa vontade, empreenderiam o trabalho que se fizesse necessário. Não estou interessado em nenhuma crítica econômica do sistema comunista; não posso investigar se a abolição da propriedade privada é conveniente ou vantajosa.<a href="http://www.espacoacademico.com.br/026/26tc_freud.htm#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span> [7] </span></span></a>Mas sou capaz de reconhecer que as premissas psicológicas em que o sistema se baseia são uma ilusão insustentável. Abolindo a propriedade privada, privamos o amor humano da agressão de um de seus instrumentos, de certo forte, embora, decerto também, não o mais forte; de maneira alguma, porém, alteramos, as diferenças em poder e influência que são mal empregadas pela agressividade, nem tampouco alteramos nada em sua natureza. A agressividade não foi criada pela propriedade. Reinou quase sem limites nos tempos primitivos, quando a propriedade ainda era muito escassa, e já se apresenta no quarto das crianças, quase antes que a propriedade tenha abandonado sua forma anal e primária; constitui a base de toda relação de afeto e amor entre pessoas (com a única exceção, talvez, do relacionamento da mãe com seu filho homem<a href="http://www.espacoacademico.com.br/026/26tc_freud.htm#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span> [8] </span></span></a>). Se eliminamos os direitos pessoais sobre a riqueza material, ainda permanecem, no campo dos relacionamentos sexuais, prerrogativas fadadas a se tornarem a fonte de mais intensa antipatia e da mais violenta hostilidade entre homens que, sob outros aspectos, se encontram em pé de igualdade. Se também removemos esse fator, permitindo a liberdade completa da vida sexual, e assim abolirmos a família, célula germinal da civilização, não podemos, é verdade, prever com facilidade quais os novos caminhos que o desenvolvimento da civilização vai tomar; uma coisa, porém, podemos esperar: é que, nesse caso, essa característica indestrutível da natureza humana seguirá a civilização.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">Evidentemente, não é fácil aos homens abandonar a satisfação dessa inclinação para a agressão. Sem ela, eles não se sentem confortáveis. A vantagem que um grupo cultural, comparativamente pequeno, oferece concedendo a esse instinto um escoadouro sob a forma de hostilidade contra intrusos, não é nada desprezível. É sempre possível unir um considerável número de pessoas no amor, enquanto sobrarem outras pessoas para receberem as manifestações de sua agressividade. Em outra ocasião, examinei o fenômeno no qual são precisamente comunidades com territórios adjacentes, e mutuamente relacionadas também sob outros aspectos, que se empenhem em rixas constantes ridicularizando-se umas às outras, como os espanhóis e os portugueses, por exemplo, os alemães do Norte e os alemães do Sul, os ingleses e os escoceses, e assim por diante.<a href="http://www.espacoacademico.com.br/026/26tc_freud.htm#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span> [9] </span></span></a>Dei a esse fenômeno o nome de ‘narcisismo de poucas diferenças’, denominação que não ajuda muito a explicá-lo. Agora podemos ver que se trata de uma satisfação conveniente e relativamente inócua da inclinação para a agressão, através da qual a coesão entre os membros da comunidade é tornada mais fácil. Com respeito a isso, o povo judeu, espalhado por toda a parte, prestou os mais úteis serviços às civilizações dos países que os acolheram; infelizmente, porém todos os massacres de judeus na Idade Média não bastaram para tornar o período mais pacífico e mais seguro para seus semelhantes cristãos. Quando, outrora, o Apóstolo Paulo postulou o amor universal entre os homens como o fundamento de sua comunidade cristã, uma extrema intolerância por parte da cristandade para com os permaneceram fora dela tornou-se uma conseqüência inevitável. Para os romanos, que não fundaram no amor sua vida comunal como estado, a intolerância religiosa era algo estranho, embora, entre eles, a religião fosse do interesse do Estado e este se achasse impregnado dela. Tampouco constituiu uma possibilidade inexeqüível que o sonho de um domínio mundial germânico exigisse o anti-semitismo como seu complemento, sendo, portanto, compreensível que a tentativa de estabelecer uma civilização nova e comunista na Rússia encontre o seu apoio psicológico na perseguição aos burgueses. Não se pode senão imaginar, com preocupação, sobre o que farão os soviéticos depois que tiverem eliminado seus burgueses.<o:p></o:p></span></div>
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<span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">Se a civilização impõe sacrifícios tão grandes, não apenas à sexualidade do homem, mas também à sua agressividade, podemos compreender melhor porque lhe é difícil ser feliz nessa civilização. Na realidade, o homem primitivo se achava em situação melhor, sem conhecer restrições de instintos. Em contrapartida, suas perspectivas de desfrutar dessa felicidade, por qualquer período de tempo, eram muito tênues. O homem civilizado trocou uma parcela de suas possibilidades de felicidade por uma parcela de segurança. Não devemos esquecer, contudo, que na família primeva apenas o chefe desfrutava da liberdade instintiva; o resto vivia em opressão servil. Naquele período primitivo da civilização, o contraste entre uma minoria que gozava das vantagens da civilização e uma minoria privada dessas vantagens era, portanto, levado a seus extremos. Quanto aos povos primitivos que ainda hoje existem, pesquisas cuidadosas mostraram que sua vida instintiva não é, de maneira alguma, passível de ser invejada por causa de sua liberdade. Está sujeita a restrições de outra espécie, talvez mais severas do que aquelas que dizem respeito ao homem moderno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 10pt;">Quando, com toda justiça, consideramos falho o presente estado de nossa civilização, por atender de forma tão inadequada às nossas exigências de um plano de vida que nos torne felizes, e por permitir a existência de tanto sofrimento, que provavelmente poderia ser evitado; quando, com crítica impiedosa, tentamos pôr à mostra as raízes de sua imperfeição, estamos indubitavelmente exercendo um direito justo, e não nos mostrando inimigos da civilização. Podemos esperar efetuar, gradativamente, em nossa civilização alterações tais, que satisfaçam melhor nossas necessidades e escapam a nossas críticas. Mas talvez possamos também nos familiarizar com a idéia de existirem dificuldades, ligadas à natureza da civilização, que não se submeterão a qualquer tentativa de reforma. Além e acima das tarefas de restringir os instintos, para as quais estamos preparados, reivindica nossa atenção o perigo de um estado de coisas que poderia ser chamado de ‘pobreza psicológica dos grupos’.<a href="http://www.espacoacademico.com.br/026/26tc_freud.htm#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span> [10] </span></span></a>Esse perigo é mais ameaçador onde os vínculos de uma sociedade são principalmente constituídos pelas identificações dos seus membros uns com os outros, enquanto que indivíduos do tipo de um líder não adquirem a importância que lhes deveria caber na formação de um grupo.<a href="http://www.espacoacademico.com.br/026/26tc_freud.htm#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span> [11] </span></span></a>O presente estado cultural dos Estados Unidos da América nos proporcionaria uma boa oportunidade para estudar o prejuízo à civilização, que assim é de se temer. Evitarei, porém, a tentação de ingressar numa crítica da civilização americana; não desejo dar a impressão de que eu mesmo estou empregando métodos americanos.<o:p></o:p></span></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-79927407778777730322014-03-22T15:49:00.001-07:002014-03-22T15:49:08.132-07:00O que aconteceu conosco? Vamos voltar a ser "gente"?<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;"><b>DESABAFO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!</b></span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Eis o admirável Mundo novo, Civilização tecnológica, progresso; mais a que custo?</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Faço parte de um tempo ( perdoe-me o saudosismo ) onde Mães, Pais, Professores, Avós, Tios, Vizinhos eram autoridades presumidas, dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos, e/ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder deseducadamente à policiais, mestres, aos mais idosos, autoridades. Confiávamos nos adultos porque todos eram pais e mães de todas as crianças da rua, do bairro, da cidade. </span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Tínhamos medo apenas do escuro, de sapos, de filmes de terror. Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo que perdemos. Por tudo que meus filhos um dia temerão. Pelo medo no olhar de crianças, jovens, adultos e velhos.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Matar os pais, os avós, violentar crianças, sequestrar, roubar, enganar, passar a perna, tudo virou banalidade de notícias policiais esquecidas após o primeiro intervalo comercial.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Agentes de trânsito multando infratores são exploradores, funcionários de indústrias de multas. Policiais em blitz é abuso de autoridade. Regalias em presídios são matérias votadas em reuniões. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. </span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Não levar vantagem é ser otário. Pagar dívidas em dia é bancar o bobo, com a anistia para os caloteiros de plantão. Ladrões de terno e gravata, assassinos com cara de anjo, pedófilos de cabelos brancos.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">O que aconteceu conosco?</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Professores surrados em salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Crianças morrendo de fome.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Que valores são esses?</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Carros que valem mais que abraços, filhos querendo-os como brindes por passar de ano. Celulares nas mochilas dos recém saídos das fraldas. TV, DVD, vídeo-games: o que vai querer em troca desse abraço, meu filho? Mais vale um Armani do que um diploma. Mais vale um telão do que um papo. Mais vale um baseado do que um sorvete. Mais vale dois vinténs do que um gosto.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Que lares são esses?</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Jovens ausentes, pais ausentes, droga presente e o presente da droga. Quando foi que tudo sumiu ou virou ridículo? Quando foi que esqueci o nome do meu vizinho? Quando foi que olhei nos olhos de quem me pede roupa, comida, calçado, sem sentir medo?</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Quando foi que me fechei?</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Quero de volta a minha dignidade, a minha paz. Quero de volta a lei e a ordem, a liberdade com segurança. Quero tirar as grades da minha janela para tocar as flores. Quero sentar na calçada e ter a porta aberta nas noites de verão. Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olho no olho. Quero a vergonha, a solidariedade. Quero a esperança, a alegria. Teto para todos, comida na mesa, saúde a mil.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Não quero listas de animais em extinção. Não quero clone de gente, quero cópia das letras de músicas, cultura e ciência. Eu quero voltar a ser feliz! Quero dizer basta a esta inversão de valores e ideais.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">E viva o retorno da verdadeira vida, simples como uma gota de chuva, limpa como um céu de abril, leve como a brisa da manhã! E definitivamente comum, como eu. Adoro o meu mundo simples e comum.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Vamos voltar a ser "gente"?</b></span></span><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;"> Ter o amor, a solidariedade, a fraternidade como base. A indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito... Discordar do absurdo. Construir sempre um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Desumanização a passos mil, consumismo e indiferença é o que sinto nas ruas, olhares de medo e aflição, corpos trêmulos, medo assombra nosso futuro...na maioria das vezes somos meios e não fins, amigos?! não sei mais se temos clareza disso.</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Utopia? Quem sabe?...</span><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">“Por um mundo mais humano!!!!”</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2170287625545361954.post-3635445859123584972014-02-21T11:16:00.000-08:002014-02-21T11:16:24.206-08:00Construindo Valores Humanos no Sapopemba.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/FJku5nxMOuY?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 4.8pt; text-indent: -0.38in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="font-size: 20.0pt;"><span style="font-family: Arial; mso-special-format: bullet;">•</span></span><span style="font-family: Calibri; font-size: 20pt; font-weight: bold;">Sensibilizar </span><span style="font-family: Calibri; font-size: 20pt; font-weight: bold;">os alunos para o fato de que seguir
regras básicas de boa convivência significa respeitar os outros e exigir
respeito a si mesmo.</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 4.8pt; text-indent: -0.38in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="font-size: 20.0pt;"><span style="font-family: Arial; mso-special-format: bullet;">•</span></span><span style="font-family: Calibri; font-size: 20pt;">Instigar
momentos de reflexão sobre o comportamento das pessoas; como agir perante os
colegas, professores, funcionários, fazendo-os perceber que respeito mútuo,
diálogo e solidariedade são valores que permeiam o trabalho da escola;</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 4.8pt; text-indent: -0.38in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="font-size: 20.0pt;"><span style="font-family: Arial; mso-special-format: bullet;">•</span></span><span style="font-family: Calibri; font-size: 20pt;">Trabalhar
</span><span style="font-family: Calibri; font-size: 20pt;">habilidades
de pesquisa intelectual e coletiva;</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 4.8pt; text-indent: -0.38in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="font-size: 20.0pt;"><span style="font-family: Arial; mso-special-format: bullet;">•</span></span><span style="font-family: Calibri; font-size: 20pt;">Resgatar
valores humanos: solidariedade, responsabilidade, respeito, trabalho em equipe,
determinação, autoconfiança, respeito a diversidade e amizade com ações
concretas, estudadas no decorrer do projeto, de acordo com o conteúdo de cada
professor (a) envolvido;</span></div>
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 4.8pt; text-indent: -0.38in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="font-size: 20.0pt;"><span style="font-family: Arial; mso-special-format: bullet;">•</span></span><span style="font-family: Calibri; font-size: 20pt;">Informar
através de textos, músicas, palestras, filmes, dados estatísticos e fatos
comprovados a importância dos valores humanos na escola e na sociedade, criando
um clima amistoso e bom para conviver, através de palestras e textos referentes
ao tema.</span></div>
<br />
<div style="direction: ltr; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.38in; margin-top: 4.8pt; text-indent: -0.38in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<!--[if ppt]--><span style="font-size: 20.0pt;"><span style="font-family: Arial; mso-special-format: bullet;">•</span></span><!--[endif]--></div>
Unknownnoreply@blogger.com0