sexta-feira, 20 de abril de 2012


Quando Nietzsche Chorou: fim

Ontem acabei de ler Quando Nietzsche Chorou.

Entra directamente para a lista dos melhores livros que já li.

Como é meu hábito, sublinhei abundantemente o livro. Ficam aqui algumas frase-mensagens:

- “Aprendi uma dura lição: só podemos contar connosco.”
- “Uma coisa que me parece clara é a importância de uma pessoa não se deixar viver pela própria vida.”
- “a chave para viver bem é primeiro, desejar aquilo que é necessário e, depois, amar aquilo que é desejado.”
- “«Transforma-te em quem és?» Significa, não apenas aperfeiçoar-se a si mesmo, mas também não ser presa dos desígnios traçados por outro para si.”
- “Amor fati: escolhe o teu destino, ama o teu destino.”

"Quando Nietzche Chorou " - filmeO filme “Quando Nietzche chorou, baseado no best-seller de Irvin D. Yalom mostra um suposto encontro entre o filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o médico vienense Josef Breuer professor e mentor de Freud.O médico é procurado para tratar do filósofo que passa por um momento de desespero tão intenso que desenvolve idéias suicidas, sendo tratado por outros médicos sem nenhum sucesso. Dr Breuer é um médico famoso que desenvolve a “terapia da fala” junto com seu aluno, Freud.O tratamento do filósofo é desafiado pelo seu próprio orgulho e sua dificuldade em confiar suas mazelas interiores a outra pessoa mesmo por desabafo.Num enredo interessante, o filme mostra que as pessoas que consideramos rudes e impenetráveis muitas vezes carecem apenas do jeito certo de serem conquistadas. Uma outra lição interessante é que as vezes as pessoas invejadas pelas suas realizações e fama são insatisfeitas e infelizes.A trama transmite a importância de falar, desabafar conflitos emocionais que muitas vezes adoecem o corpo desafiando a eficácia de bons medicamentos. Mostra também como o domínio dos nossos pensamentos pode significar a diferença quando precisamos superar uma perda ou um desejo indevido.Profundo e rico em lições de autoconhecimento, esse filme simula uma terapia inteligente onde há uma troca de experiências que resulta no crescimento pessoal e emocional dos envolvidos.Numa era em que cada vez mais estamos trancados em nossos próprios mundos e adoecendo coletivamente, esse filme nos leva a repensar valores como a amizade e o interesse genuíno pelo nosso semelhante, o que pode significar a diferença para uma pessoa que enfrenta o caos emocional.Um filme para ver e refletir que recomendo.



O livro de Irving D. Yalon, psicoterapeuta e professor americano, intitulado "Quando Nietzsche Chorou", faz parte já das leituras obrigatórias dos romances contemporâneos. Vai satisfazer muito os aficcionados à Filosofia e Psicanálise, como também a quem tem interesse por um romance muito bem escrito que entretem o leitor o tempo todo.
Mesclando ficção e realidade, aproveitando dados históricos de personagens importantes da Psicanálise e da Filosofia, como Breuer, Freud e Nietzsche, o autor serviu-se  dos relatos de um possível romance, muito cogitado na época pelos biografos, entre o filósofo alemão e Lou Andreas Salomé (famosa na época por seu comportamento extravagante e que depois casou-se com o poeta Rainer Maria Rilke).  Tal romance teria um ponto de enlace e intersecção psicológica com o famoso caso do Neurologista Breuer e sua paciente Anna O, obtendo com isso farto material  para sessões de ánalise mútua, recíproca , entre Breuer e Nietzsche. Um embate entre filosofia e psicanálise. Um diálogo entre o criador da psicanálise e o grande filósofo alemão, no qual eles mostram suas qualidades de pensadores, cientistas e também suas fragilidades humanas e amorosas. Ambos buscam a cura para suas almas. No relato de cada um surgem grandes pensamentos, reflexões, que e desembocam numa verdadeira catarse de emoções demasiadamente humanas.
Claro, trata-se de uma obra de ficção, tal encontro nunca aconteceu, mas o autor é muito criativo e sensível nessa produção literária. Bem informado sobre as duas personalidades dos protagonistas do romance, Irving D. Yalom, construiu uma obra comovente , sem ser piegas, nem muito menos falsamente fantasioso, pois sempre teve como alicerce de sua obra dados da realidade.
Sem contar que o livro é de fácil leitura, fluente mesmo. Você começa e não quer parar de ler.

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